quarta-feira, 28 de novembro de 2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
A Família no Catecismo da Igreja Católica:
sábado, 21 de janeiro de 2012
PEQUENA SÍNTESE DE VIDA CRISTÃ
Aqui fica a proposta de uma série de reflexões que, uma após a outra, possam compôr uma espécie de síntese de vida cristã.
Este blog da Matriz SÃO JOSÉ de Tupi, além de tentar proporcionar facilidade de conhecimento sobre atividades, eventos, pastorais, notícias da Matriz e das Capelas, lembramos uma das intenções ao criar este blog: evangelizar, catequisar, levar o leitor a viver com coerência – e a conhecer em certa profundidade – a própria fé. A autoria é do Bispo Emérito – Dom Hilário Moser sdb, que atualmente reside na Paróquia Sagrada Família em São José dos Campos (SP). Sendo assim, veja se você consegue perceber um fio condutor nas postagens que estamos publicando e na seguinte ordem:
1- Por que este blog? (anunciar o Evangelho).
2- Jesus é “o problema”.
3- Jesus é “a solução”.
4- O jegue e a fé (o que é a fé?).
5- Coerência batismal.
6- Ser Igreja.
7- Leigos e Leigas
8- Padres
9- Religião, o que é?
10- Sinais da salvação: os Sacramentos.
11- Os Mandamentos: dom de Deus.
12- Viver segundo o Espírito.
13- Junto à Mãe de Jesus.
14- Viver e morrer por Cristo.
Cada postagem supõe a anterior, formando assim como um pequeno “catecismo” dos elementos fundamentais da nossa fé, com vistas a vivê-la concretamente.
A idéia é seguir a ordem proposta, procurando perceber seu nexo interno, de tal modo que também você saiba, como ensina São Pedro, “dar razão da própria esperança” (1Pedro 3, 15). Ou seja, saber por que tem fé e por que procura viver de acordo com a fé que professa.
Ignorar essas coisas expõe as pessoas a se deixarem iludir por tantas idéias enganadoras que se espalham por aí e também a desconhecer a grande riqueza que Deus, por sua Igreja, nos oferece para vivermos como Ele espera de nós.
A ignorância religiosa, em particular, é um dos motivos pelos quais muitos católicos, pouco conhecedores da própria fé, se deixam seduzir por este ou aquele grupo religioso, em busca de soluções imediatas para seus problemas.
A fé não tem a finalidade primeira de solucionar nossos problemas, embora Deus possa dela servir-se também para esse objetivo.
A fé, antes de tudo, consiste em entregar-se confiantemente a Deus e viver segundo a sua Palavra, sejam quais forem os problemas que devemos enfrentar na vida.
Em outras palavras, trata-se de servir a Deus, não de servir-se de Deus para meus interesses, por mais legítimos que sejam.
A CNBB, para vir em ajuda do católico/a que deseja aprofundar o conhecimento da própria fé, publicou um opúsculo intitulado: “SOU CATÓLICO. VIVO A MINHA FÉ”.
Você encontra esse livro em qualquer livraria católica.
Eis os pontos abordados por esse autêntico “manual do católico”:
1 – A Revelação de Deus.
2 – Nossa fé católica: Jesus Cristo, a Igreja, o ser humano.
3 – Celebração do Mistério Pascal de Cristo.
4 – A vida nova em Cristo.
5 – Esclarecimentos sobre alguns pontos da fé católica.
6 – A oração do católico.
7 – Referências para o aprofundamento dos temas.
Vale a pena você conhecer esse livro precioso, lê-lo com calma, avaliar até que ponto você conhece a própria fé e esforçar-se por ser autêntico discípulo/a de Jesus.
Não esqueça que, diante de Deus, nós temos o tamanho da nossa fé. Os problemas deste mundo, por mais difíceis que sejam, desaparecerão com a morte.
A fé, pelo contrário, abre-nos as portas da vida eterna.
*****
1- Por que este blog? (anunciar o Evangelho).
Um dia, eu ia rumo a uma paróquia na diocese de Tubarão (SC) para crismar. Muitos carros indo e vindo. No acostamento, um homem de cabelos grisalhos puxava sua carrocinha cheia de papelão, plásticos, garrafas... Na parte traseira da carrocinha havia um cartaz bem grande, com imagens e frases diversas. Só consegui ler a primeira, em letra muito visível. Dizia: "Não me siga. Eu também ando perdido".
Quanta gente perdida anda pelo acostamento da vida, sem caminho, sem rumo certo!...
Será que eu posso ajudar? Penso que sim. Pois bem, este Blog quer servir de ajuda para todos que precisarem e sobretudo desejarem.
Hoje, para começar, eu gostaria de escrever um cartaz onde se lê:
Você se sente perdido? Jesus disse: "Eu sou o Caminho".
Você está mergulhado no erro? Jesus disse: "Eu sou a Verdade".
Você se sente morto? Jesus disse: "Eu sou a Vida"
Você se vê rodeado de trevas? Jesus disse: "Eu sou a Luz do mundo".
Você está com fome de Deus? Jesus disse: "Eu sou o pão do céu".
JESUS é o grande problema, se você se afasta dele.
JESUS é a grande solução, se você aperta a mão que Ele lhe estende.
2- Jesus é “o problema”.
Uma vez, muitos anos atrás, na Avenida São João em São Paulo, vi dois caminhões que bateram de frente, de leve, sem maiores danos. Na traseira de um se lia: “Vai com Deus”; na do outro: “Já vai tarde”.
É assim na vida: alguns caminham com Jesus; outros não o querem e, se Ele insiste, o mandam embora e ainda lhe gritam atrás: “Já vai tarde”.
É inútil, porém. Fatalmente, na vida, você acaba esbarrando em Jesus, por bem ou por mal.
Por que será? Porque Jesus é mesmo “pedra de tropeço”, “sinal de contradição”.
Foi o que disse o velho Simeão a Maria: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição” (Lucas 2,34).
Das duas, uma: ou você acolhe Jesus, ou o rejeita. Se você o rejeita, a tropeçada é sua, porque Ele sempre permanece de pé.
Jesus começou cedo a ser pedra de tropeço para muita gente. Quer ver?
Herodes quis matá-lo quando Ele ainda não tinha dois anos de idade.
O diabo o tentou de todas as maneiras.
Seus conterrâneos ameaçaram atirá-lo do alto de um precipício.
Fariseus, sumos sacerdotes, mestres da lei... armavam-lhe ciladas.
Judas planejou e pôs em prática sua desastrada e triste traição.
Anás, Caifás e sua turma condenaram Jesus iniquamente.
Pedro tropeçou vergonhosamente ao negar seu Mestre,
Pilatos e outro Herodes foram infames com Jesus.
Os soldados romanos, a multidão, acabaram com Ele.
E sob a cruz não havia quem dava risadas e dizia: “Já vai tarde”?
Pois é, para toda essa gente Jesus foi pedra de tropeço, sinal de contradição, foi “problema”.
Faz mais de 20 séculos que a história se repete.
Hoje, todo aquele que rejeita Jesus, sua Palavra, seu Evangelho, sua Igreja, todo aquele que pretende desviar-se dele, acaba tropeçando nele; e qualquer tropeçada é sempre dolorida.
Repare bem: se o “caminhãozinho” de sua vida diz a Jesus: “Já vai tarde”, você encontra por aí muito “caminhãozinho” dizendo: “Vai com Deus, vai com Jesus”.
Sim, porque Jesus está sempre a caminho... e fatalmente cria “problemas” para quem o rejeita; aliás, Ele mesmo é “o problema”.
Ao passo que para quem o acolhe, é sempre “solução”, é sempre “salvação”.
Você prefere “tropeçar” em Jesus, ou não será melhor “abraçar” Jesus?
3- Jesus é “a solução”.
Conta a lenda que S. Pedro, estando em Roma, assustou-se com a perseguição aos cristãos e planejou fugir. Não seria a primeira vez que ele daria para trás... Disfarçou-se o melhor que pôde, esgueirou-se ao longo dos muros, enveredou pela via Appia (estrada romana ainda existente em parte) e, de cabeça baixa, passo apressado, caminhou rápido, ruminando seus planos; sim, certamente conseguiria fugir em tempo...
Não tinha coragem de olhar para a frente. Quando finalmente levantou os olhos, percebeu ao longe um homem que se aproximava. Apurou a vista, e eis que ele reconhece o caminhante: era Jesus! E carregava uma cruz às costas...
- Jesus, o Senhor por aqui? O que veio fazer em Roma, assim?
- Pedro, venho a Roma para ser crucificado de novo!...
Pedro gelou de alto a baixo. Não conseguia manter seus olhos fitos nos de Jesus. Abaixou-os, envergonhado. Lembrou-se que, numa outra ocasião em que correra perigo, ele tinha “fugido” da situação e negara seu Mestre.
Acordando para a realidade do encontro com Jesus, Pedro deu meia volta e retornou a Roma: lá o esperava a cruz! Pregado nela, pediu que o virassem de cabeça para baixo, sentindo-se indigno de morrer da mesma forma que o Senhor.
O encontro de Jesus com Pedro salvou Pedro e a Igreja!
Relembrando a postagem anterior, Jesus, para Pedro, passou de “problema” a “solução”.
Como isso foi verdade para muitos no Evangelho! Vejamos alguns encontros com Jesus:
Os pastores e os reis magos em Belém.
O velho Simeão e a profetisa Ana na apresentação de Jesus no templo.
João Batista ao batizar Jesus no Jordão.
João e André, depois Pedro, depois Filipe, depois Bartolomeu... os doze apóstolos.
Os convivas nas bodas de Cana.
Nicodemos, o fariseu, um dos chefes dos judeus.
Levi (Mateus), o publicano.
Os que foram curados de seus males, perdoados de seus pecados, libertos do poder do demônio.
Os saciados pelos pães e peixes multiplicados.
A menina, o jovem de Naim, Lázaro, ressuscitados dos mortos.
Marta, Maria, Madalena, as santas mulheres que acompanhavam Jesus.
Os gregos que pediram: “Queremos ver Jesus”.
O cireneu que ajudou Jesus a carregar a cruz.
Dimas, o bom ladrão, que na última hora “robou” o céu...
Enfim, como seria bom ler todo o Evangelho sob o prisma dos “encontros salvadores” com Jesus! Eis aí uma sugestão para você.
Na estrada da vida, de um modo ou de outro, num ou noutro dia, todos se encontram com Jesus. Feliz de quem se deixar “seduzir” por Ele, acolher sua Palavra e o seguir. Para essa pessoa, Jesus nunca será “problema”, será sempre “solução”, porque Ele é o Caminho, a Verdade, a Vida, a Paz, a Luz, a Ressurreição.
Aqui, porém, não se trata de ficar na área de romantismo religioso, sentimentalismo, suspiros... Trata-se de procurar seguir Jesus de fato, como Ele disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder a sua vida por causa de mim a salvará” (Lucas 9,23-24).
A “solução” trazida por Jesus consiste em aderir a Ele, observar sua palavra, renunciar a tudo o que a Ele se opõe, entregar-se ao serviço do próximo, como Ele mesmo fez.
Pergunta final: o que resultou concretamente dos seus encontros com Jesus no batismo e na crisma? O que resulta dos seus encontros com Ele na reconciliação (confissão), na eucaristia, na oração, na Palavra de Deus, na sua comunidade, nas pessoas que encontra a cada momento, nos acontecimentos bons e ruins da vida?
Não faça dos encontros com Jesus um “problema”. A “solução” de todos os problemas está em tornar-se discípulo/a de Jesus, missionário/a do seu Reino.
4- O jegue e a fé (o que é a fé?).
Fui ordenado bispo no domingo de Cristo Rei de 1988. No domingo seguinte, celebrei a primeira missa “pontifical” no Norte do Paraná, na pequena cidade de Ribeirão do Pinhal. Ali, minha irmã religiosa era diretora do minúsculo hospital, e o pároco já me conhecia de outras visitas. A missa foi bonita, alegre, muito participada.
Como eu tinha sido nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife, os responsáveis pela liturgia resolveram organizar um ofertório tipicamente “nordestino”. E lá fui eu receber as oferendas: veio um pouco de tudo: cana de açúcar, mandioca, instrumentos de trabalho...
Atento em acolher os portadores das oferendas, não me dei conta do que, de repente, estava diante de mim: um jumento montado por um garoto... Realmente, nunca vira esse tipo de “oferenda” ao Senhor.
Aí veio a explicação: o Sr. vai trabalhar no Nordeste; seja como o jumento (ou “jegue”, como lá é chamado), que, além de ser animal manso, humilde, paciente, persistente, tem orelhas grandes... O Sr. também procure ter orelhas grandes e bem abertas para ouvir o sofrimento do povo...
Nesse momento, como se o jegue tivesse entendido, ele endireitou as orelhas!
Compreendi a lição: estar sempre de ouvidos atentos aos outros é a primeira condição para acolher uma pessoa, compreendê-la e fazer-lhe o bem.
Esta mesma atitude é a que Deus espera da gente: ouvidos atentos ao que Ele diz, prontidão em dar a resposta e decisão em executar sua vontade. Nisto consiste a fé! Precisava ser um jumento a dar-me essa lição...
A lição vale para todos. S. Paulo diz que “a fé vem pelo ouvido” (Romanos 10,17). Penso que não é por nada que Deus nos deu duas orelhas e uma só língua, esta, por sinal, barrada pelos dentes e pelos lábios... Por que será? Porque precisamos mais ouvir do que falar!
Deus fala continuamente, de mil maneiras. Ele fala em nosso coração, em nossa consciência, nas criaturas todas, particularmente nas pessoas, na comunidade, nos acontecimentos da vida e da história, na Bíblia, na Igreja, nos ministros de Deus, nos sacramentos, nos momentos de recolhimento... Deus fala sempre, fala continuamente!
Os concorrentes, porém, são muitos: nossos pensamentos e afetos, nossas ocupações e preocupações, nossos amigos e conhecidos, rádio e TV (sempre ligados!), jornais e revistas, celular, internet... Essas coisas falam, falam sem parar...
A quem prefiro dar atenção? A Deus que fala ou ao mundo que grita?
Como posso ouvir a Deus, se meus ouvidos estão sempre zoando por causa das vozes do mundo?
Par ouvir a Deus é preciso “levantar as orelhas para o alto”, fazer silêncio, mergulhar na calma, contemplar as coisas e os acontecimentos, lê-los por dentro..., porque em cada criatura ou acontecimento, olhando bem, vê-se o rosto de Deus, ouve-se sua voz: é precisamente nisto que consiste a fé, nisto consiste ouvir a Palavra de Deus.
A fé é muito mais do que acreditar no que aprendi no catecismo, no que a Igreja me “ensina”.
A fé é, antes de tudo, atenção amorosa à Palavra do Pai: ela vem a mim por meio de Jesus e da sua Igreja, sob a guia do Espírito Santo.
Para isso, exige-se silêncio, saber ouvir, saber olhar, saber contemplar, porque também os olhos “ouvem” o que Deus diz.
“O justo viverá pela fé” (Romanos 1,17), diz São Paulo.
Minha vida de discípulo/a de Jesus se resume nisto: ouvir a Palavra de Deus e fazer o possível para colocá-la em prática em cada dia.
É assim que viverei a “vida eterna”, a vida divina que Deus me comunicou no batismo.
Tudo o mais que faço em termos de prática da religião tem este objetivo: viver pela fé, viver a vida de Deus.
Isto supõe que eu preste atenção à sua Palavra; que eu volte atentamente “as orelhas para o alto”, como o jegue de Ribeirão do Pinhal.
5- Coerência batismal.
Eu tinha 10 anos e queria ser padre. Com essa pouca idade, fui morar na casa paroquial com os Salesianos de Rio dos Cedros (SC) que respondiam pela paróquia da minha terra.
Eram o P. Marcílio Lobo, paulista, pároco; P. João Delsale, gaúcho, vigário paroquial; e o Irmão Vicente Mola, italiano, sacristão e serviços gerais.
Eu ajudava como sabia e podia: era coroinha, tocava os sinos, servia à mesa, fazia de “office boy” para o que desse e viesse; em particular, cuidava das “conduções” dos padres: o cavalo do P. João e a mula do P. Marcílio...
Em redor da igreja era tudo verde; crescia uma graminha bonita e apetitosa; era ali que os dois animais pastavam.
A mula, mais “inteligente” que o cavalo, descobriu que na entrada da igreja havia duas pias de água benta.
Além de benta, a água era levemente salgada para não se corromper, como mandava a praxe.
A mula adorava aquela aguinha com sabor de sal, enxugava as pias; sentia-se feliz por matar a sede no templo do Senhor, sob o olhar complacente da Imaculada Conceição, padroeira da paróquia. Assim era.
Entretanto, por mais água benta que tenha bebido, ela nunca se tornou cristã...
A mula do P. Marcílio me faz pensar em certas pessoas que bebem da água viva que brota do coração de Cristo, nunca, porém, se tornam realmente cristãs.
Essa água viva é mais do que tudo, a vida divina que invade todo o nosso ser – corpo e alma – no momento do batismo.
A vida divina me faz um “pequeno deus”. Estou, porém, consciente disso?
Eis toda a questão: ter consciência, ser coerente, viver sabendo e querendo o que Deus quer de mim.
Há pessoas que, ao longo da vida, “bebem” abundantemente de tudo o que sabe e cheira a religião.
Pode-se dizer que vivem “bebendo água benta”, nunca, porém, se tornam realmente cristãs.
Por que será?
Antes de tudo, porque o batismo não tem incidência na vida delas.
Foi um acontecimento da infância que, aos poucos, se desfez nas brumas do tempo; dele sobrou – se sobrou – a lembrança que jaz amarelada no fundo de alguma gaveta, não penetrou, porém, no profundo do coração.
Hoje, haveria uma conversão geral em nossa Igreja – em nosso Brasil! -, se a multidão de batizados retomasse o caminho do próprio batismo e enveredasse pela estrada que leva ao centro do coração.
O que encontraria ali?
Encontraria todos os dons divinos que o batismo nos propicia: não são poucos, nem pequenos.
De fato, pelo batismo:
- É aniquilado em nós o pecado original.
- Vem morar em nosso corpo e em nossa alma a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
- É infundida em nós a vida divina que nos torna filhos/as de Deus.
- Recebemos as virtudes da fé, esperança e caridade que permitem que entremos em comunhão com o próprio Deus.
- Recebemos também os dons do Espírito Santo que “divinizam” nossa inteligência, vontade e liberdade.
- Somos “enxertados” em Jesus Cristo ressuscitado e formamos com Ele um só Corpo, um só Povo de Deus, uma só Igreja: passamos a pertencer à comunidade dos discípulos/s de Jesus.
- É impresso em nós o “caráter”, isto é, a marca de nossa pertença a Cristo Senhor.
Tudo isto é obra do batismo.
Você está consciente disto?
Pensa nisto de vez em quando?
Procura viver coerentemente com toda essa realidade viva e divina que carrega em seu coração?
Toda a água divina que você “beber” ao longo da vida deve servir para viver a realidade do batismo, que é a vida divina.
Palavra de Deus, oração, eucaristia, reconciliação, devoção a Nossa Senhora, práticas religiosas..., tudo só tem sentido se for para viver como filho/a de Deus, produzindo as obras de Deus, amadurecendo os frutos do Espírito, particularmente o amor aos irmãos/as.
Percebe, então, que, para ser católico autêntico, não bastam práticas religiosas, por mais abundantes e bem feitas que sejam.
É preciso que elas se transformem em vida cristã concreta no caminhar de cada dia.
Todas essas coisas são meios para alcançar o objetivo maior, que é viver a mesma vida de Deus que, depois da morte, se expandirá na vida eterna gloriosa e feliz.
Bento XVI disse: “O nosso futuro é a vida eterna”.
Mas a vida eterna começa no batismo e deve ser vivida todos os dias.
Para alimentá-la é que “bebemos” da água viva que Jesus, por meio de sua Igreja e do Espírito Santo, nos oferece todos os dias.
Não faça como a mula do P. Marcílio; beba, sim, beba o mais que puder, mas esforce-se para ser, o mais que puder, cristão/a, filho/a de Deus, irmão/a de todos.
Faça do seu batismo seu ponto de partida, seu esforço de caminhada, sua meta de chegada. Então será um autêntico discípulo/a de Jesus, um autêntico membro da Igreja.
Não basta “beber água benta”!
6- Ser Igreja.
Quem desce de Campos do Jordão (SP), a cidade mais alta do Brasil (1.700 m), quando chega ao pé da montanha, olhando à direita, vê ao longe sobre um pequeno monte uma árvore solitária.
Alta, esbelta, abre sua copa para o céu, destaca-se no horizonte, já foi fotografada como um cartão postal..., mas está sozinha!
Humm, isso não é bom.
Veja o que, um dia, num lugar distante, aconteceu. Um homem plantou árvores na encosta de uma montanha. Eram plantinhas frágeis, mal podiam se manter de pé.
Uma delas olhou em redor e disse – Eu aqui no meio das outras? Quem vai olhar para mim, perdida no meio de tantas colegas, por sinal, todinhas iguais? Vou-me embora daqui. Vou “me plantar” no alto daquela outra montanha: lá todo mundo vai me ver!
E foi...
As árvores cresceram, a montanha se cobriu de verde, um espetáculo majestoso.
A árvore solitária também cresceu e se deleitava consigo mesma, dizendo: – Todo mundo olha para mim! Quem distingue “alguma” árvore no meio daquela floresta do outro lado da montanha?
E a árvore estava feliz em sua solidão...
Veio uma tempestade: vento, trovões, raios, chuva, a floresta baloiçava, se contorcia... mas, as árvores, uma se apoiando nas outras, todas ficaram de pé.
Passado a tempestade, a floresta inteira voltou-se para o outro lado da montanha.
As árvores, aflitas, se perguntavam: – O que será que aconteceu com nossa amiga solitária?
Lá estava ela: jazia no chão, raízes à vista, tronco partido, galhos quebrados, desfolhada.
A solidão a tinha matado!
Aprenda a lição: você não é cristão/a sozinho, discípulo/a solitário; você faz parte da “floresta” da Igreja, você é membro do Corpo Místico de Cristo, você ajuda a compor o Povo de Deus.
Nós, batizados, não somos cristãos cada um por si.
Somos cristãos porque, pelo batismo, fomos “enxertados” no Corpo de Cristo, agregados à comunidade de Jesus.
Não somos “ilhas”, não somos “piões” que giram em torno de si mesmos, não vivemos cada um dentro da “própria toca”.
Aos membros da nossa Igreja falta muito a consciência de “ser Igreja”, de trabalhar como Igreja, de rezar como Igreja, de viver como Igreja.
Mesmo vivendo cada um a sua vida, todo o batizado/a está solidariamente unido a Jesus e a todos os que, pelo batismo, estão unidos a Jesus.
Isto é o que se chama “comunhão dos santos”, como dizemos no Creio: “Creio na comunhão dos santos”; santos, aqui, são todos os batizados, os que estão unidos a Jesus.
Isto é impossível de ser deletado: de dia e de noite, dormindo ou acordados, comendo ou passeando, estudando ou trabalhando, sofrendo ou nos divertindo, estamos sempre “juntos”.
Como ensina S. Paulo: “Quer na vida, quer na morte, pertencemos ao Senhor” (Romanos 14,7).
Pode-se também dizer: “Quer na vida, quer na morte, pertenço ao Corpo de Cristo, ao Povo de Deus, à comunidade da Igreja.
Somos “floresta eclesial, crística”, não árvores solitárias!
Há muito individualismo na Igreja. Há muitas pessoas que se sentem cristãs por conta própria: vivem “sua” religião sem tomar consciência de que não estão sozinhas; fazem “sua” oração, “suas” promessas, “suas” romarias, acendem “sua” vela, buscam os “seus” sacramento, pedem “suas” graças... tudo individual, tudo individualista, nada comunitário, nada eclesial.
São árvores solitárias!
Sem dúvida, sou “uma” pessoa, sou “um” indivíduo, tenho “meu” relacionamento com Deus. Não esqueça, porém, que se não existissem as outras pessoas, os outros indivíduos, como é que você saberia que é pessoa, que é indivíduo? Os outros são como o espelho de cada um de nós: sem eles, nem saberíamos quem somos, nem seríamos o que somos.
Aprenda, pois, esta lição. Aprenda a ser Igreja, a viver como Igreja, a rezar como Igreja. Aprenda a dizer: “Pai, nosso... Venha a nós o vosso Reino... O pão nosso... Perdoai-nos as nossas ofensas... Não nos deixeis cair... Livrai-nos do mal”: tudo no plural!
Cada um de nós é plural! Fazemos parte da floresta. Não teime em ser árvore solitária: uma tempestade acabará com você!
*****
7- Leigos e Leigas
Você conhece os Relatos de um Peregrino Russo? É um livro admirável, de autor desconhecido do século 19.
Um desses livros que a gente lê de um só fôlego e que tem sempre vontade de reler.
No Brasil foi publicado pos mais de uma editora católica.
O texto completo abrange sete relatos e é conhecido no mundo inteiro sob o título de O Peregrino Russo.
O livro começa assim: “Pela graça de Deus, sou homem e cristão; pelas ações, grande pecador; por estado, peregrino sem abrigo, da mais baixa condição, sempre vagando ao léu da sorte. De meu, tenho às costas uma sacola de pão seco, no meu casaco a santa Bíblia, e eis tudo”.
Admirável síntese!
O antigo Catecismo da Primeira Comunhão começava mais ou menos da mesma maneira. Pergunta – És cristão?
Resposta – Sim, sou cristão pela graça de Deus.
Como você vê, tanto o Peregrino Russo quanto o Catecismo insistem em que é por graça de Deus que você é cristão.
Que graça é esta?
A graça do batismo, expressão da fé que, por sua vez, é graça de Deus.
A graça do batismo me faz cristão, discípulo/a de Cristo, membro do Povo de Deus.
Povo, em grego, se diz laós; daí vem a palavra leigo.
Precisamente esta é a melhor definição de leigo: a pessoa que, pelo batismo, pertence ao Povo de Deus, à Igreja.
O Povo de Deus não é um agregado caótico, mas uma comunidade organizada (o que é próprio da natureza das coisas deste mundo).
Eis a razão pela qual, nele, há pastores, ou seja, pessoas que têm responsabilidades especiais na comunidade.
Essas responsabilidades, especificamente, por disposição do próprio Cristo, consistem em anunciar a Palavra de Deus, santificar os fiéis por meio dos sacramentos e pastorear (governar) o rebanho de Jesus.
Entre os pastores há certa diversidade, aliás, necessária para atender ao bem de todo o conjunto: há bispos, presbíteros (padres) e diáconos; à frente de todo o povo de Deus, está o papa, bispo de Roma.
A esses pastores, com o tempo, deu-se o nome de clérigos, para diferenciá-los dos leigos.
A palavra clérigo vem do grego kleros e significa sorte, herança (herança por sorte).
Quando foi feita, por sortes, a distribuição da Terra Prometida entre as 12 tribos de Israel, Josué disse: “Não haverá parte alguma para os levitas, entre vós, porque a sua herança é o sacerdócio do Senhor” (Josué 18,7).
De fato, a tribo de Levi tinha como missão unicamente o serviço do culto no Templo e devia ser mantida pelo dízimo dos outros membros do povo escolhido.
Eis então o sentido de clérigo: aquele que se dedica unicamente ao serviço do Senhor.
Essa qualificação lhe é conferida pelo sacramento da Ordem.
Na organização do Povo de Deus, aos clérigos são equiparados os religiosos/as, isto é, pessoas consagradas a Deus pelos votos de pobreza, castidade e obediência, com aprovação da Igreja.
Dessa forma, o Povo de Deus se compõe de leigos e clérigos (religiosos/as).
Os leigos são a maioria absoluta.
O mais importante, porém, é que todos (leigos e clérigos) são cristãos pela graça de Deus.
Isso, porém, não anula o fato de haver diversidade de tarefas para leigos e para clérigos.
Na realidade, pelo batismo, todo leigo é constituído sacerdote, profeta e pastor (rei): é o que se costuma chamar de sacerdócio dos fiéis.
Realmente, pela união com o Senhor Jesus (Cabeça do Corpo Místico), todo o batizado/a participa de sua missão de sacerdote, profeta e rei.
Participa a seu modo, como diz o Concílio Vaticano II, diversamente da maneira de participar dos que receberam o sacramento da Ordem.
O que caracteriza especificamente os leigos/as é sua índole secular (o mundo das realidades temporais), ao passo que aos clérigos cabe o sagrado ministério.
Diz o Concílio: “É específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no século, isto é, em todos e em cada um dos ofícios e trabalhos do mundo. Vivem nas condições ordinárias da vida familiar e social pelas quais sua existência é como que tecida. Lá são chamados por Deus para que, exercendo seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, a modo de fermento, de dentro, contribuam para a santificação do mundo” (Lumen Gentium 31).
É importante observar que, se há diversidade de tarefas específicas para leigos e clérigos, a missão da Igreja é única, e todos colaboram na mesma missão.
O Concílio enumera, em particular, os objetivos a serem visados com a participação dos leigos: a evangelização e santificação das pessoas, a reforma da ordem temporal e a ação caritativa, considerada o segredo do apostolado cristão.
Os campos do apostolado leigo apontados pelo Concílio são as comunidades da Igreja, a família, o ambiente social e o âmbito nacional e internacional.
As modalidades de colaboração são sem número: todas exigem uma sadia espiritualidade cristã.
Graças a Deus, a partir do Concílio Vaticano II (anos 60), cresceu enormemente a consciência da Igreja a respeito dos leigos, a consciência dos próprios leigos/as e sua participação na missão de transformar o mundo.
Há um grande esforço e entusiasmo na participação da ação pastoral da Igreja: pessoas, grupos, pastorais, associações, movimentos...
Isto mudou muito o conceito de Igreja, modificou substancialmente a maneira de trabalhar do clero, embora haja ainda um longo caminho a percorrer.
Não se deve esquecer, porém, que o lugar mais imediato onde a Igreja espera a colaboração dos leigos/as é a família, a sociedade em geral, o mundo do trabalho, a política, a cultura, enfim, as chamadas realidades terrenas.
Num documento de João Paulo II sobre os leigos/as (Christifideles Laici), ele chama a atenção para a importância de os leigos darem prioridade à transformação das realidades terrenas segundo o Evangelho, sem descuidar sua família e a própria profissionalização.
O certo, porém, é que, sendo a Igreja, em sua imensa maioria, composta de leigos/as, o mundo seria muito mais pagão sem eles, o Evangelho ficaria confinado a pequenos grupos e Jesus seria muito menos conhecido e seguido.
Destaque-se, em particular, a presença e ação das mulheres que, por natureza, parecem mais sensíveis a certas realidades evangélicas e eclesiais.
Sem elas, muitas famílias não seriam o que são, muitas comunidades não vibrariam como vibram, muitas pastorais, associações e movimentos não teriam o vigor que têm.
O fato é que Deus, que poderia salvar o mundo sozinho, resolveu precisar de todos nós: leigos/as, religiosos/as e clérigos.
Para todos e para cada um/a há um trabalho, pequeno ou grande, simples ou complexo, na vinha do Senhor.
Para todos e cada um/a haverá também um prêmio à espera de quem foi servo/a bom e fiel no muito e no pouco.
“Sim, sou cristão pela graça de Deus”. Que esta verdade se torne realidade em todos os dias da sua vida: isto quer dizer, como inculca o Documento de Aparecida, tornar-se cada dia discípulo missionário de Jesus. É o que Ele espera, seja lá o que você for na Igreja de Deus.
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8- Padres
Ao longo de meus anos de bispo tive a felicidade de conferir o sacramento da Ordem a muitos diáconos e padres: fazendo as contas, são 75 padres ordenados por mim até agora.
Cada vez que tenho a alegria de impor as mãos a um padre novo, sinto no coração um não sei quê feito de emoção, mistério e saudade, que se prolonga por vários dias.
“Só no céu compreenderemos o que é o sacerdote”, dizia S. João Maria Vianney, o Cura d’Ars, patrono dos párocos (e de todos os padres).
Sim, ordenar um padre é como chegar pertinho do céu: sente-se a alegria, a felicidade dos eleitos, participa-se da festa dos anjos e dos santos.
Quando o Filho de Deus, se tornou Homem no seio de Maria (foi então que se tornou Sumo e Eterno Sacerdote), lá estava um arcanjo, Gabriel, testemunha silenciosa da alegria pela chegada do Messias.
Quando, porém, Jesus nasceu em Belém, o Evangelho diz que pairava no ar uma multidão de anjos que cantavam “Glória a Deus nas alturas”, pois havia grande festa no céu.
Pergunto se não haveria festa no céu também quando Jesus se torna presente no meio de nós num padre novo?
Sem darmos peso demasiado às palavras, não é isso uma espécie de “nova encarnação” de Jesus?
Como, pois, não sentir no ar o perfume, as melodias, os cânticos dessa festa celestial?
E não é só o bispo ordenante que se dá conta de que algo divino aconteceu no coração do novo consagrado.
Todos sentem essa realidade: em primeiro lugar, o padre novo; depois, seus familiares, parentes, amigos, os convidados, os jovens, particularmente os jovens...
Terminada a ordenação, tem-se a impressão de acordar de um sonho. Todos querem abraçar o padre novo, beijar-lhe as mãos ainda perfumadas pelo óleo da unção sagrada.
Realmente, volta-se para casa com saudades do céu.
A festa fica na memória, no coração, muitas vezes até o fim da vida.
Realmente, só no céu entenderemos o que é o sacerdote.
Nós, padres, olhando para nós mesmos, não conseguimos nos entender.
Somos um mistério, em primeiro lugar, para nós mesmos.
Por isso, como padre, antes de tudo, eu devo fazer um ato de fé em mim mesmo: pela imposição das mãos e da oração consecratória do bispo, eu me tornei uma pessoa diferente.
Como posso ter a coragem de dizer: “eu te absolvo dos teus pecados”, “isto é meu corpo... isto é meu sangue”? Donde me vem tal poder?
Ora, se eu creio que os pecados, por meio de mim, foram realmente perdoados; que o pão e o vinho, pelas minhas palavras, de fato se tornaram o Corpo e o Sangue de Jesus, também devo crer que eu sou uma pessoa diferente.
Isto exige de mim um verdadeiro ato de fé!
Por isso, ao longo da vida, o padre necessita constantemente – eu diria, diariamente – de renovar sua consciência a respeito dessa diferença, não para se envaidecer, mas para não perder a dimensão divina de si mesmo.
Quando o padre perde essa consciência, também começa a duvidar de sua vocação e, muitas vezes, acaba afundando...
Não sem motivo S. Paulo recomendava a Timóteo: “Eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2 Timóteo 1, 6).
A consciência sacerdotal também se deteriora quando o padre – quem sabe, até levado por boas intenções –, se identifica com o mundo que ele deve salvar.
Sabemos que “o mundo está posto no maligno” (João 5, 19); e, como disse Jesus, referindo-se a “seus padres”, os apóstolos: “Eles estão no mundo, mas não são do mundo” (João 17, 16).
Proximidade com as pessoas não significa assumir comportamentos que o padre, como representante de Jesus, deveria corrigir em vez de adotar: “Tudo é bom, mas nem tudo me convém”, ensina S. Paulo (1 Coríntios 6, 12).
Realmente, no padre, tudo depende de sua consciência sacerdotal.
Dom Bosco dizia de si mesmo, que era padre, sempre padre: padre no altar, padre na rua, padre com seus meninos pobres, padre com os ministros do governo, sempre padre. Nem por isso deixava de ser popularíssimo!
Mas, voltemos ao mistério que somos nós.
Olhando para dentro de nós, padres, às vezes nos sentimos indignos de tamanho dom celestial.
Quem sou eu, afinal, para merecer tanta confiança da parte do Senhor?
O que Ele viu em mim para me chamar, quando o mundo está repleto de santos?
Mais ainda indignos nos sentimos, se considerarmos as limitações do exercício do nosso ministério, as lacunas, os passos em falso, as omissões...
Só Deus conhece a história verdadeira de cada padre.
Apesar disso, o dom de Deus é irrevogável; Deus não se arrepende de suas graças.
E faz mais: vai costurando nossos pedaços de vida com o fio de ouro de sua misericórdia.
Ele recompõe nossa vida, desde que, como Pedro no pretório, veja brilhar em nossos olhos as lágrimas do arrependimento.
Devemos ser agradecidos por esse fio de ouro que nos unifica.
Mas, qual será a melhor forma de sermos agradecidos?
Sem dúvida, celebrar a Eucaristia, que significa precisamente ação de graças.
Aliás, em última análise, como diz o ritual da ordenação, o padre existe em função da Eucaristia.
Tudo o que na Igreja se faz para evangelizar conduz ao altar do Senhor, porque é ali que se realiza o encontro entre Deus e os seres humanos, é ali que se realiza em profundidade a Igreja, a comunhão de todos com Jesus e dos batizados entre si.
De fato, a Eucaristia sintetiza toda a obra de Deus pela salvação do mundo e toda a redenção de Jesus.
Como diz muito bem o salmo: “O que retribuirei ao Senhor por todo o bem que Ele me fez? Erguerei o cálice do Senhor, invocando o seu Nome” (Salmo 16, 11-12).
É isso mesmo.
Não há melhor meio para agradecer ao Senhor a vocação sacerdotal do que a Eucaristia – celebrada diariamente, como tanto recomenda a Igreja –, celebrada conscientemente, santamente.
Uma vez li uma frase que me deixou forte impressão: “Se você, padre, vacila, agarre-se ao altar da Missa e terá forças para não cair”.
É verdade, nós, padres, existimos para a Eucaristia e é na Eucaristia que está toda a nossa força.
Você que é padre, neste ANO SACERDOTAL diga com frequência: Obrigado, Senhor, pelo meu sacerdócio! E procure ser digno de dele!
9- Religião, o que é?
Um dia, em Angola (África), entrei numa igreja.
Num dos altares laterais havia uma imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Diante dela, uma mulher rezava; falava a meia-voz, todos podiam escutar; confesso, fiquei escutando...
A mulher dizia: “Nossa Senhora, se você der um jeito no meu marido, que bebe, eu vou Lhe dar este dinheirinho aqui neste altar”.
E mostrava a Nossa Senhora algumas moedas...
A Santa Mãe de Deus deve ter sorrido.
Nós também sorrimos... e perdoamos a ingenuidade da pobrezinha, mas não podemos ignorar a lição “em negativo”. Religião não é comércio!
O que é, pois, Religião?
Aprendamos do mesmo Deus!
“Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6,4).
Estas palavras são a base da Aliança entre Javé e o povo de Israel.
Valem para nós também.
De fato, em nossa profissão de fé, dizemos: “Creio em um só Deus”; realmente, não existem outros deuses.
Se Deus é nosso único Senhor e nós somos seus filhos/as, é de esperar que, por palavras e atitudes, demonstremos que Ele é realmente o nosso Deus.
Cabe-nos, portanto, antes e acima de tudo, amá-lo e adorá-lo: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Deuteronômio 6,4-5).
- Como devo tratar a Deus enquanto meu único Senhor?
- Da forma que Ele merece.
É precisamente a essa “forma” de relacionamento com Deus que damos o nome de religião.
Eis aqui algumas formas de atos religiosos:
- a adoração: ela consiste em reconhecer a Deus como nosso Criador, Pai, Salvador, Senhor de tudo o que existe, Amor infinito e misericordioso;
- a oração: ela exprime, por pensamentos, afetos, palavras e atos, nosso louvor, nossa ação de graças, nossos pedidos de ajuda e nosso arrependimento pelos pecados;
- o sacrifício: é um gesto ritual que assume formas diversas, para dizer a Deus nosso louvor, nossa submissão, nossa humildade, nosso pedido de perdão. Sacrifício perfeito foi o de Jesus na cruz; nossos sacrifícios se unem ao dele para prestar culto ao Pai;
- as promessas e os votos: são formas diversificadas de nos comprometermos com Deus a realizar esta ou aquela obra de bem em sua honra.
É por meio dessas atitudes concretas (há outras) que você presta culto a Deus, ou seja, que pratica a religião.
A religião pode ser expressa tanto por atos exteriores quanto por atos interiores (no seu íntimo).
Os atos exteriores podem se tanto particulares quanto públicos, individuais ou comunitários, de ordem pessoal ou de ordem litúrgica (oração oficial da Igreja).
Seja qual for o ato religioso praticado, a religião sempre consiste em conhecer e reconhecer (veja bem: não só conhecer, saber, mas também reconhecer na prática) que Deus é nosso Criador e Pai.
Note, porém, que a alma de toda a religião é o amor com que você responde ao amor de Deus por você.
Se faltar essa alma, a religião é vazia de sentido, é pura encenação.
Daqui se deduz que a religião também pode ser deturpada.
Isto acontece de várias maneiras:
- quando ela é puramente formal, isto é, feita só de exterioridades, ritualismo, aparências;
- quando se torna comercial, ao pretender barganhar com Deus algum favor, “comprar” alguma graça;
- quando ela se corrompe por prestar a Deus um culto inadequado, inconveniente;
- quando ela é falsa, por não se dirigir ao verdadeiro Deus ou então por lidar com um conceito equivocado de Deus.
Diante dessas possibilidades negativas, Deus, compadecido de nós, revelou-nos, particularmente por meio de seu Filho Jesus, como devemos amá-lo e prestar-lhe culto.
Por isso, seguindo Jesus (cuja Palavra, hoje, nos é transmitida por sua Igreja), saberemos também como convém prestar culto, praticar a religião.
Jesus nos ensina a verdadeira religião.
Mais ainda, Ele é a verdadeira religião.
Por que? Porque, Filho de Deus feito Homem, Ele encabeça a humanidade em tudo (menos no pecado), portanto, também no culto a Deus.
Assim, toda a humanidade, em Jesus, acolhe o amor do Pai e, por Ele, retribui amor e adoração ao Pai.
Não é sem motivo que toda nossa oração termina pelas palavras: Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho...
E, na celebração da Eucaristia, o celebrante oferece ao Pai o Corpo e o Sangue de seu Filho, dizendo: Por Cristo, com Cristo e em Cristo...
Além disso, Jesus é o verdadeiro Templo de Deus (cf. João 2, 19-22).
Ora, nós estamos “dentro’ desse Templo, pois pelo batismo nos tornamos membros do Corpo de Cristo.
Assim, estamos sempre unidos a Jesus e fazemos nossa sua oração, fazemos nosso seu sacrifício.
Nele, estamos todos nós; por isso, Jesus é a nossa verdadeira religião.
Tenha consciência disto.
Pratique a verdadeira religião.
Lembre-se que a religião é para servir a Deus, não para se servir de Deus em função dos próprios interesses ou caprichos.
Sirva a Deus desinteressadamente, por amor, unicamente por amor.
*****
São José, rogai por nós!
NOSSA SENHORA, Mãe das Dores e de Misericórdia, que a luz que emana das chagas gloriosas de Vosso Filho Jesus, destruam as forças de nossos inimigos pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, AMÉM!
Links
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• http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Indice.asp?RedaSel=5&CategSel=16&PagN=1
• http://www.paroquiasantoafonso.org.br
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• Comunidade Face de Cristo
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• http://arquidiocesedefortaleza.org.br
• www.ciscodoamor.blogspot.com
• www.doce-jesus.blogspot.com
•
PEQUENA SÍNTESE DE VIDA CRISTÃ
" Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; seguí-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou."
Bispos na Conferência de Aparecida
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
1ª Carta de São João, capítulo 04: (Bíblia da CNBB)
1. Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo.
2. Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: de Deus é todo espírito que professa Jesus Cristo que veio na carne.
3. E todo espírito que se recusa a professar Jesus não é de Deus: é do Anticristo. Ouvistes dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.
4. Filhinhos, vós sois de Deus e vencestes aos que são do Anticristo. Pois em vós está quem é maior do que aquele que está no mundo.
5. Eles são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvido.
6. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro.
7. Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus.
8. Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor.
9. Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos a vida por meio dele.
10. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados.
11. Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros.
12. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nos e seu amor em nós é perfeito.
13. A prova de que permanecemos nele, e ele em nós, é que ele nos deu do seu Espírito.
14. E nós vimos, e damos testemunho: o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15. Todo aquele que professa que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
16. E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.
17. Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em que tenhamos firme confiança no dia do julgamento; pois tais como é Jesus, somos nós neste mundo.
18. No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor.
19. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro.
20. Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê.
21. E este é o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também seu irmão.
domingo, 16 de maio de 2010
10- Sinais da salvação: os Sacramentos:
Você já reparou que a nossa vida é feita de sinais?
Seria capaz de contar quantos sinais você emite num só dia?
Da cabeça aos pés, o corpo está sempre sinalizando alguma coisa.
O rosto sinaliza, os olhos sinalizam, a boca sinaliza, a cabeça sinaliza, tudo em nós sinaliza.
É impossível viver sem sinais.
Comunicação é vida!
Quem não se comunica... é porque está morto!
Observe um defunto: silêncio, nada se mexe, tudo parado...
A ausência de sinais é o único “sinal” que ele transmite: a vida acabou.
É a morte!
Os nossos sinais são sinais de vida humana (os animais têm os seus, os vegetais também, até os minerais os têm).
Ora, a vida “divina” também precisa de sinais.
Estranho?
Não, pois Deus quis que a sua salvação (que é divina) pudesse ser “vista, ouvida, tocada, sentida, conhecida” por nós, que somos humanos.
Este é o sentido de o Filho de Deus ter-se tornado ser humano.
Tudo o que Ele fez por nós “divinamente” foi revestido de sinais humanos para que nós pudéssemos perceber e compreender a salvação; do contrário, como poderíamos saber?
Toda esta conversa é fundamental para que você compreenda o que são os sacramentos.
Os sacramentos, o que são, para que servem, como se recebem?
É por meio deles que Jesus nos santifica e salva.
Acha que é pouco?
E para começar, não esqueça: os sacramentos são feitos de sinais por meio dos quais chega até nós a salvação.
Antes de tudo, você precisa compreender o plano de Deus para nos salvar.
Ele pode ser resumido assim: Deus, Pai de bondade e misericórdia, enviou ao mundo seu Filho.
Jesus que, em tudo, foi igual a nós, menos no pecado, deu sua vida por nós na cruz, ressuscitou, comunicou o Espírito Santo a seus discípulos/as no Pentecostes.
A Igreja, obedecendo à ordem de Cristo de evangelizar o mundo, levou (e continua a levar) adiante, na força do Espírito, o plano de salvação do nosso Pai.
Jesus, por sua vez, prometeu ficar conosco até o fim dos tempos.
Você pode estranhar e perguntar: por que foi assim?
Não poderia ter sido diferente?
Deus não podia ter-nos salvo sem que o Filho se fizesse Homem e, mais ainda, sem que Ele tivesse que enfrentar a morte dolorosa na cruz?
Sem dúvida.
Entretanto, o Pai julgou mais oportuno que fosse assim.
Foi vontade sua que, da mesma forma que o ser humano, feito de carne, pecou, também a salvação chegasse a nós por meio da carne humana.
Sim, foi por meio da humanidade (corpo e alma) de Jesus que o mundo foi salvo e é por meio dela que a salvação continua a chegar até nós.
Se é verdade que, na ressurreição, Jesus se tornou invisível, hoje Ele se torna visível e age por meio de sua Igreja, particularmente de seus sacramentos.
A palavra “sacramento” vem de sacro ou sagrado, e significa ação ou celebração sagrada.
Do ponto de vista visível, essas ações sagradas se compõem de sinais, isto é, de palavras, gestos, coisas e pessoas (ministros).
Do ponto de vista invisível, elas produzem efeitos espirituais de santificação e salvação (graça) operados por Jesus em favor de quem delas participa.
Assim, todo sacramento é um encontro pessoal com Jesus Ressuscitado que age por meio da Igreja.
Evidentemente, isso só é possível para quem tem fé.
Sem fé, os sacramentos não têm sentido.
Espero que você ainda lembre quais são os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação, eucaristia, penitência ou reconciliação, unção dos enfermos, ordem e
matrimônio.
São sete, nem mais nem menos, por que?
Creio que se pode dizer que são sete porque correspondem a sete situações fundamentais da vida humana: o nascimento, o crescimento, o alimento, os erros cometidos, a doença, o casamento e, na Igreja, a necessidade de ministros:
- ao nascimento corresponde o sacramento do batismo;
- ao crescimento, a crisma;
- ao alimento, a eucaristia;
- aos nossos erros, a reconciliação;
- às doenças, a unção dos enfermos;
- ao casamento e à família o matrimônio;
- ao ministério na Igreja, a ordem.
É bom saber também que os sacramentos podem ser distribuídos em três pequenos grupos:
- sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia);
- sacramentos de cura (penitência e unção dos enfermos);
- sacramentos do serviço e da comunhão (matrimônio e ordem).
Além disso, alguns sacramentos imprimem caráter, ou seja, uma espécie de carimbo, de marca, que identifica a pessoa com Cristo.
O caráter permanece em nós também como disposição para recuperar a vida divina quando perdida pelo pecado; como garantia do amor fiel de Deus para conosco; como vocação ao culto divino e ao serviço da Igreja.
O caráter é indelével, isto é, nem o pecado o apaga.
São três os sacramentos que imprimem caráter: o batismo, a crisma e a ordem.
Por incrível que pareça, os sacramentos nos transmitem a salvação por meio de ritos muito simples.
O rito dos sacramentos é feito de sinais apropriados (foram citados acima) para significar aquela graça (dom) divina específica que cada um deles nos comunica.
Além das palavras apropriadas usadas pelo ministro em cada sacramento, os outros sinais são:
- no batismo, a água;
- na confirmação, a imposição das mãos e o óleo do crisma;
- na eucaristia, o pão e o vinho;
- na reconciliação, a confissão e o arrependimento dos pecados;
- na unção dos enfermos, o óleo dos enfermos;
- na ordem, a imposição das mãos;
- no matrimônio, o consentimento dos noivos.
O ministro de cada sacramento varia conforme o caso:
- para o batismo, o padre (em caso de urgência, qualquer pessoa, contanto que tenha a intenção de fazer o que a Igreja faz quando batiza);
- para a crisma, o bispo (excepcionalmente ele pode delegar um padre);
- para a eucaristia, a reconciliação e a unção dos enfermos, o padre;
- para a ordem, só o bispo;
- para o matrimônio, os próprios noivos.
Do ministro se exige que realize com exatidão o rito prescrito pela Igreja e tenha a intenção de querer o que a Igreja quer quando administra tal sacramento; do contrário, já não se trata do que Cristo quis por meio dos sacramentos, e o sacramento é nulo.
Como é fácil perceber, os sacramentos não produzem todos o mesmo efeito; se assim fosse, bastaria um só sacramento.
Jesus providenciou um sacramento para cada uma das situações humanas mais decisivas, como vimos.
Cada sacramento produz uma graça própria que nos santifica naquela situação específica que estamos vivendo:
- pelo batismo, somos purificados do pecado original e nos tornamos filhos/as de Deus;
- pela crisma ou confirmação nos é comunicado de modo especial o Espírito Santo;
- pela eucaristia participamos do sacrifício de Jesus e recebemos seu Corpo e Sangue;
- pela penitência ou reconciliação são perdoados os nossos pecados;
- pela unção dos enfermos nos tornamos semelhantes ao Cristo sofredor e adquirimos forças para suportar a enfermidade;
- pelo matrimônio cria-se entre os esposos um vínculo perpétuo e exclusivo em função da comunhão familiar;
- pela ordem, o ordenado torna-se semelhante a Cristo profeta, sacerdote e pastor.
Como você vê, Jesus se põe ao nosso lado em cada situação da nossa vida a fim de nos ajudar a viver conforme Ele nos ensinou.
É dessa maneira, isto é, por meio dos sacramentos, que Ele continua a nos santificar e salvar.
Se você quiser receber com fruto os sacramentos, é preciso ter grande fé, do contrário perdem o sentido.
Os sacramentos nos inserem sempre mais na comunhão da Igreja e nos comprometem com sua missão.
Não podem ser só um meio de ir para o céu; já a partir deste mundo devem levar-nos a anunciar e construir o Reino de Deus.
Além disso, eles alimentam e fazem crescer em nós a vida divina, a fé, a esperança e a caridade.
Recebendo-os com a devida preparação, eles nos fazem viver como verdadeiros discípulos/as de Jesus, de acordo com seu Evangelho.
Receber os Sacramentos e depois não ser coerentes com eles é brincar com Deus. Deus sempre nos leva a sério; nós também precisamos levar a sério Deus e seus meios de salvação.
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Para conhecer melhor os sacramentos, cf. HILÁRIO MOSER, Os sacramentos: O que são? Para que servem? Como recebê-los?, Editora Salesiana, São Paulo, 2006.
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