PARÓQUIA SÃO JOSÉ de TUPI – DIOCESE DE PIRACICABA – SP

Rua São José, 163 - Tupi – CEP 13.428-421 - Fone: (19) 3438-7146 - e- mail: saojosedetupi@diocesedepiracicaba.org.br e psaojosetupi@hotmail.com

Criação: 10/01/2011 - Instalação: 06/02/2011 - Região Piracicaba II

MISSAS (na Matriz) aos domingos - às 08 e 19 horas

Pároco: Pe. Renato Luís Andreatto

SITE OFICIAL - (Fotos dos eventos): (http://www.paroquiasaojosedetupi.com.br/

CAPELAS:

Nossa Senhora Aparecida (Fazenda Morro Grande) – MISSA às 6ªs – 19:30 horas

Blog: http://nsaparecidacapela.blogspot.com.br/

São Roque (Conceição I) – MISSA aos sábados – 18:00 horas

Blog: http://saoroquecapela.blogspot.com/

São Francisco de Assis (Jd. Bartira) – MISSA aos sábados – 19:30 horas

Blogs: http://capelasaofranciscodeassis.blogspot.com/ e

http://grupodeoracaomensageirosdapaz2.blogspot.com.br/

Santa Isabel de Portugal (Faz. Santa Isabel) – MISSA aos sábados – 15 horas

Blog: http://capelasantaisabel.blogspot.com/

São Paulo Apóstolo (Jd. Bom Jesus) – MISSA aos domingos – às 10 horas

Blog: http://capelasaopaulo.blogspot.com/

EXPEDIENTE DA SECRETARIA:

APOSTOLADO DA ORAÇÃO:

BLOG: http://alianca-amissa.blogspot.com.br/

PASTORAL FAMILIAR:

BLOG: http://pastoralfamiliarparoquiasaojosetupi.blogspot.com.br/

CALENDÁRIO PAROQUIAL 2012 = Datas fixas

DATAS FIXAS

Grupo de Oração

Todas às Segundas-feiras – Intercessão e Reunião de Núcleo do Grupo de Oração – RCC – Matriz às 18:45 horas

Todas as Quartas-feiras – GRUPO DE ORAÇÃO – RCC – Capela São Francisco – às 19:30 horas

Todas às Quartas-feiras – Ensaio de canto do ministério de música – RCC – Matriz às 19:30

Todas as Quintas-feiras – GRUPO DE ORAÇÃO – RCC – Matriz – às 19:30 horas

Todas as Quintas-feiras – Reunião dos Servos do Grupo de Oração – RCC – Capela São Francisco às 19:00 horas

Pastoral Catequética

Matriz:

Segunda-feira às 19:30 horas

Quarta-feira Ás 19:30 Quinta-feira as 19:30 horas

- 2ª Etapa da Eucaristia - Catequese de Adultos - Catequese de Perseverança

- Pais de Catequisandos

Sábados às 9:30 horas

Sábado às 16:00 horas horas

- 1ª Etapa da Eucaristia – Crisma

- Pré Catequese

Capela São Francisco de Assis:

Terça-feira às 19:00 horas

Sábado às 14:00 horas

- 2ª Etapa da Eucaristia - 1ª Etapa da Eucaristia

- Pré Catequese

Capela São Paulo Apóstolo

Sábado as 9:00 horas

- 1ª Etapa da Catequese

- 2ª Etapa da Catequese

- Pré Catequese

Capela Nossa Senhora Aparecida

Terça-feira às 19:30 horas

- 1ª Etapa da Catequese

Tríduo em Louvor a São Paulo

“O MARTÍRIO”

Terceiro dia do Tríduo em Louvor a São Paulo

Na liturgia deste terceiro dia do Tríduo vemos que o homem é orientado a fazer sua escolha para a vida.
Vermos que muitos são os caminhos a escolher.

Ao exortar o povo de Israel à fidelidade a Deus, a leitura do Deuteronômio, apresenta-lhe Moisés a grande alternativa: ou amar o Senhor, obedecer aos seus mandamentos e, portanto conseguir suas bênçãos, ou voltar atrás, seguir outros deuses e, portanto, ir ao encontro das maldições divinas (morte do próprio homem): “Ponho diante de tia a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida para que vivas” (Dt. 30, 15-20).

Deus é o “Vivo”, a fonte da vida e só quem o escolhe e a sua Palavra, escolhe a vida e desta viverá.
Não basta uma escolha feita uma vez para sempre, mas deve ser uma escolha renovada e vivida dia por dia, nas maiores circunstâncias como nas mais modestas e simples, nas celebrações, missas ou nas atividades que exercemos dia a dia.

- Tudo deve ser visto, considerado ou escolhido à luz da fé, em vista de Deus, em harmonia com a vida, com Deus, com o próximo.

A fraqueza humana de um lado, e de outro, as preocupações da vida cotidiana muitas vezes afastam o homem deste empenho essencial.
E como podemos superar a falha humana?
- a Igreja convida constantemente a um recolhimento (oração) para que possa o cristão meditar e ouvir a Palavra de Deus;
- realizar verdadeiros exercícios espirituais ordenados à revisão e à reforma da vida;
- celebrar e dispor a abertura do coração para o arrependimento sacramental da penitência, que culmina na obra as Salvação.

O cristianismo não admite escolher Deus e, ao mesmo tempo, seguir o mundo, ceder às paixões, acariciar o egoísmo, alimentar a cobiça ou a injustiça social.

Quem hesita e não sabe colocar-se totalmente da parte de Deus, do Evangelho, de Cristo, demonstra não estar profundamente convicto de que Deus é o único Senhor que merece ser amado e servido de todo o coração.

É necessário, portanto, meditar de novo sobre a leitura de hoje: “escolhe, pois, a vida, para que vivas... amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele, porque é ele a tua vida”.

No Evangelho vemos que Jesus apenas havia acabado de anunciar sua Paixão, quando começou a dizer a todos: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me (Lc. 9,22-25)

- Eis a obrigação de todos os fiéis: tomar a própria cruz e seguir a Cristo até morrer com ele e, portanto, com ele e nele ressuscitar.
- Eis o único modo de celebrar o mistério pascal, não somente como espectadores, mas como atores que dele participam pessoal e vitalmente.

Quem se revolta contra a cruz, recusa a mortificação, alimenta as paixões e quer, a todo custo, garantir para si uma vida cômoda, feliz; este muitas vezes vai ao encontro do pecado e, portanto, da morte espiritual.

“Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo”.

Mas Jesus deixa claro entre linhas que: não é tanto a mortificação, a renúncia de si que valem, e sim, o abraçá-las “por mim”, disse o Senhor, ou seja, por seu amor, no desejo de passar, superar com sua Paixão, Morte e, portanto, com sua Ressurreição.
Jesus não é um chefe que dá apenas as ordens aos seus, que dá diretrizes a seguir, é um irmão que experimenta, explora o caminho para fazer os seus seguirem seus passos.

- Antes de pregar a renúncia, pratica-a; antes de oferecer a cruz, carrega-a.
Ensina, assim, a salvar a própria vida, pondo-a em perigo sem reserva, como ele mesmo fez.

O “caminho” do cristão é “seguir” a Cristo em seus passos.

Como Jesus sofreu, morreu e ressuscitou pela salvação de todos os homens, assim quer o cristão participar do seu mistério para cooperar com Ele na salvação dos irmãos.

Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

"A Missão" Segundo dia do Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo Ao longo da história, Deus sempre chama pessoas e as envia para realizar os seus planos. As Leituras bíblicas de hoje nos falam do CHAMADO A MISSÃO: Vemos na liturgia deste segundo dia do Tríduo os PASSOS DA VOCAÇÃO: - A iniciativa é sempre de Deus - A primeira reação é sempre a mesma: "não sou capaz". "Não sou digno". - Mas quando nos colocamos numa atitude de disponibilidade, Deus nos purifica e fortalece, e acabamos dando conta do recado. Na Leitura da Carta aos Coríntios, PAULO conta o seu Chamado. (1 Cor 15,1-11) Ele se considera o "último" dos apóstolos... como um "abortivo". Mas no encontro com Cristo a caminho de Damasco, responde: "Senhor, que queres que eu faça?". No Evangelho temos o Chamado dos Primeiros APÓSTOLOS. (Lc. 5,1-11) - Jesus na Barca de Pedro fala ao povo... e depois os convida a pescar... - Pedro confia na sua palavra e acontece a pesca milagrosa... - Pedro também se sente indigno... - Jesus convida: "Doravante serás pescador de gente.". - E eles aceitam o convite: "Largam tudo e o seguem...". O texto apresenta uma Catequese sobre: O QUE É SER CRISTÃO: - É ESTAR com Jesus "no mesmo barco". É desse barco (a comunidade cristã), que Jesus fala ao mundo. - É ESCUTAR a proposta de Jesus, fazer o que ele diz, mesmo quando suas propostas podem parecer ilógicas e incoerentes. "Porque tu o dizes, lançarei as redes". - É RECONHECER Jesus como "o SENHOR": É o que Pedro faz, ao perceber que a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos. - É ACEITAR a missão que Jesus propõe: Ser pescador de gente: Significa continuar a obra libertadora de Jesus. - É DEIXAR tudo e seguir Jesus. A generosidade e o dom total devem ser sinais distintivos dos que o seguem. O texto é rico de outros detalhes: - Jesus proclama a Palavra da Barca de Pedro: Essa barca representa a comunidade cristã. (Jesus foi expulso da sinagoga) Embora ocupada por pecadores, é dessa barca que ecoou a voz de Deus. - O Anúncio da Palavra acontece num dia de semana: no ambiente de trabalho, sem ser no sábado... A Palavra de Deus deve ser anunciada sempre e em todos os lugares... - "Avança para águas mais profundas"... É o convite para os novos pescadores superarem a rotina da ação pastoral, sempre agarrada às margens que não dão mais peixe! Precisa buscar sempre um novo jeito de "pescar". - É Pedro quem conduz a barca para o lugar indicado... e a ele Jesus diz: "Serás pescador de homens..." A ele é confiado um ministério especial na Igreja, que navega nos mares da história... - A Pesca milagrosa não é resultado da habilidade de Pedro, mas da força da Palavra de Deus. Por que muito trabalho não produz fruto? Em nome de quem estamos pescando? - A Missão é ser pescador de gente: Jesus escolhe pessoas simples para uma missão tão importante... Deus não olha tanto as qualidades humanas... mas a generosidade... - Essa Missão é confiada a toda a Comunidade, apesar de suas limitações. Deus só espera a disponibilidade em acolher o seu convite e deixar tudo... Todos somos chamados por Deus a sermos profetas como Isaías, e pescadores de homens como Pedro. - O chamado pode chegar até nós através do padre... da comunidade... Vocês não imaginam como é difícil essa missão de convidar!... "Quem poderia, não aceita... e quem aceitaria, a comunidade não aprova!..." Qual é a nossa Resposta? Acolhemos com a generosidade... - de Paulo: "Senhor, que queres que eu faça?" - dos primeiros Apóstolos: "Largaram tudo e o seguiram" - Às vezes, esquecendo que somos pecadores, podemos confiar demais em nós, ou então não confiar em nós e na ação de Deus em nós. - Se confiarmos na força da Palavra de Deus e tivermos a coragem de deixar tudo, a pesca milagrosa continuará acontecendo, ainda hoje... Cristo ainda hoje precisa de pescadores de gente. Ele pode contar com você?

Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

"A CONVERSÃO"

Primeiro dia do Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

O amor de Deus para com os homens é tão gratuito que não podemos pretender ter direito a ele, é tão absoluto que jamais podemos dizer que nos falta.
Só o amor é capaz de transformar, mas com uma condição: que seja gratuito e livre.

A liturgia do Primeiro dia do tríduo de São Paulo nos revela o chamado a CONVERSÃO.
A leitura do Êxodo nos revela o passo de infidelidade do povo de Deus. Pouco depois de concluir a Aliança com Israel, vê Deus que, na ausência de Moisés, o povo fez um bezerro de ouro para adorar; indignado com tal infidelidade, pensa em puni-lo com a destruição.
E revela a Moisés o que pretende fazer: “Vejo que este tem a cabeça dura. Deixa, pois, que se acenda minha cólera contra eles e os reduzirei a nada, mas de ti farei uma grande nação” (Êx. 32, 9-10).

Moisés intervém ao povo – não pensa só em si; o que quer é salvar o povo querido e, como outrora Abraão, lança uma súplica cheia de audácia.
Não pode alegar um certo número de justos – porque o povo todo pecou – mas se apóia ousadamente no amor a Deus para com Israel.

Moisés num ato de defesa ao povo, recorda-lhe os prodígios que fez por ele desde o Egito, recorda-lhe as promessas feitas aos patriarcas, diz-lhe sem rodeios que deve poupar o povo pela honra de seu nome!

Ousadia de Moisés – mas apostando na conversão do povo. Acreditando no seu povo.

Nesta prece, ergue-se Moisés como gigante em luta com Deus para obter a salvação do povo. E Deus o atende.

Mas o grande Moisés é apenas apagada figura de outro mediador imensamente mais poderoso, Jesus, que não necessita lutar com Deus, a fim de obter misericórdia para a humanidade pecadora – por ser ele mesmo o resgate do pecado – aquele que convida a conversão.

Assim é as duas parábolas da misericórdia que meditamos neste primeiro dia do tríduo de São Paulo no Evangelho de Lucas (15, 1- 10). É nelas posta em particular relevo a alegria de quem encontra o que perdeu.

O pastor, encontra sua ovelha, “põe-na aos ombros cheio de alegria, volta à casa e chama os amigos e vizinhos para se alegrarem com ele” (v. 5).
A mulher, depois de ter procurado em todo canto para ver se encontra sua moeda, faz o mesmo: “Alegrai-vos comigo porque encontrei a moeda perdida” (v. 9).

As vezes fica a pergunta pra nós: Será que Deus então mais ama os pecadores convertidos do que os filhos que permanecem sempre fiéis?”

Minha resposta: Já não é grandíssima festa estar sempre com Deus e desfrutar todos os dias de seus bens?

Não querem as palavras do Evangelho afirmar que prefira Deus os pecadores justos, mas apenas pôr em evidência a alegria com que acolhe os pecadores penitentes e ensinar os homens a se alegrarem com a conversão dos irmãos, abrindo a estes o coração com bondade semelhante à de Deus.

Para tanto, é bom recordarmos fato de conversão como a de São Paulo, em que ele mesmo fala de seu passado, proclamando a misericórdia que recebeu de Deus e com entusiasmo confessa: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro” (1Tim. 1, 15).

Quanta festa deve ter havido no céu pela conversão deste homem que com tanta plenitude correspondeu à Graça divina!
E quem pode dizer que não necessita se converter para chegar à fidelidade de São Paulo?

Matéria do Jornal "Folha de São Paulo" - dia 17 de janeiro de 2012:

Matéria publicada na Folha de São Paulo, 17 de janeiro de 2012.
Ilhéus cria 'lei do pai-nosso' para alunos municipais
Regra prevê oração diária antes das aulas
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
Quando voltarem às aulas em fevereiro, os 25 mil estudantes das escolas municipais de Ilhéus (a 413 km de Salvador) rezarão um pai-nosso antes de começar a estudar.
É o que prevê lei aprovada pelos vereadores da cidade no litoral sul da Bahia e sancionada, no mês passado, pelo prefeito Newton Lima (PT).
O autor é o vereador Alzimário Belmonte Vieira (PP), 49, um professor de educação física devoto da Igreja Batista.
Eleito em 2008 como Professor Gurita, ele diz que rezar o pai-nosso diariamente na escola é uma maneira de formar "cidadãos melhores".
"A lei vai despertar o interesse pela importância da oração em nossa vida."
A escolha, afirma, se deu porque é uma oração comum às denominações cristãs.
Indagado se a regra não interfere no direito à liberdade religiosa, previsto na Constituição, ele diz que ela não prevê punição.
"O Estado é laico e a lei não obriga ninguém a mudar de religião. Quem não quiser orar não ora. Não tem punição de jeito nenhum."
Procurado, o Ministério da Educação não se manifestou.
Para especialistas em políticas educacionais, a lei é inconstitucional, pois atinge a liberdade de consciência.
"É totalmente irregular, não sei como passa uma coisa dessas. Causa constrangimento e viola a liberdade de consciência dos alunos", diz Roseli Fischmann, da Universidade Metodista de São Paulo e da USP.
A Folha não conseguiu localizar o prefeito.


"Não se pode acreditar que é possível ser feliz procurando a infelicidade alheia".

Sêneca

"JUSTIÇA É CEGA!"

"JUSTIÇA É CEGA!"

"DEFESA DA HONRA = SIM !

VINGANÇA = NÃO !

"Encontrei muitas pessoas tristes, desaprendendo como conversar" (ANTES):

(DEPOIS E ATUAL): "MAIS ALTO, CORAÇÃO!!! "Sonho de Ícaro"


Labor Improbus Omnia Vincit / Audax in Intelectu et in Labore
Omnes Similes Sumus



Santo Antônio de Posse:

Santo Antônio de Posse

Gnome-searchtool blue.png Santo Antônio de Posse é uma pequena cidade desconhecida. Você pode estar perdendo seu tempo à-toa ao ler sobre essa joça. É a única cidade do mundo com apenas um CEP.

Sciences de la terre.svg.png
Cquote1.pngVocê quis dizer: Santo Antão do PóCquote2.png Google sobre Santo Antônio de Posse

Cquote1.png Graças a Deus que existe! Cquote2.png Engenheiro Coelho sobre Santo Antônio de Posse Cquote1.png Pelo menos temos o Aterro Mantovani Cquote2.png Santo Antônio de Posse sobre Engenheiro Coelho Cquote1.png Beije minha mão safado Cquote2.png Coronel A. Bertinho sobre qualquer um em Santo Antônio de Posse Cquote1.png Suma da minha propriedade! Cquote2.png Coronel A. Bertinho sobre qualquer um que entre em Santo Antônio de Posse sem ser convidado Cquote1.png O Neto fraayy mehagahgak 10 do corahkjbaakj Cquote2.png Carlitos Tevez sobre Neto, cidadão Possense Cquote1.png Cidade idiota! Cquote2.png Eustáquio sobre Santo Antônio de Posse Cquote1.png Nunca vi cidade mais linda do que essa Cquote2.png Stevie Wonder sobre Santo Antônio de Posse

Índice

[esconder]

[editar] Sobre

O Coronel A. Bertinho

Santo Antônio de Posse disputa pau a pau com Engenheiro Coelho, o título de cidade mais caipira do estado de São Paulo.

A cidade é comandada atualmente pelo Coronel A. Bertinho, também conhecido apenas como Coroné, ou ainda como Dotô Coroné, pela população com renda inferior à meio salário minimo (o que representa 99,99% da população).

[editar] Origem

Típico cidadão Possense

A origem dessa roça cidade, está perdido nos anais do tempo, mas as teorias mais aceitas são as seguintes:

  1. Um fazendeiro rico que possuia terras onde hoje fica a cidade de Santo Antônio de Posse, arrumou uma briga com o Sub-Prefeito de Martim Francisco. O fazendeiro começou a soltar gatos no distrito de Martim Francisco, e em retaliação, o Sub-Prefeito soltou um casal de baianos na fazenda, o que originou a cidade.
  2. Seria um presente divino, para que as piores cidades do mundo tivessem em que se consolar, já que hoje podesse dizer que Santo Antonio de Posse, pertence a Bahia e não mais a São Paulo.

[editar] Economia

Toda a economia da cidade gira em torno de A. Bertinho. Ele é o prefeito, dono da única empresa da cidade, do único ponto de venda de garapa e do único prostíbulo da cidade, conhecido como Fumaça.

Qualquer pessoa que quiser abrir um negócio em Santo Antônio de Posse, tem que pedir autorização para o Coronel A. Bertinho, pedindo "A benção" para ele, e beijando sua mão.

[editar] Geografia

Área Verde. Local de entretenimento da cidade.

[editar] Taxa de Natalidade

A cidade esta em pleno progresso nesse quesito, afinal de contas, não possui nenhum cinema, nem teatro, nem casa noturna, nem shopping, nem nenhuma outra porra de opção de entretenimento. Energia elétrica e água encanada são conquistas recentes do município. A baianda por não ter o que fazer, e por não terem dinheiro para sairem da cidade, só tem a opção de fazer sexo para passar o tempo.

[editar] Briga pela posse da Posse

Atualmente ocorre uma briga pela posse de Santo Antônio de Posse. O arquiteto, engenheiro, professor de Português, Matemática, Física, Química e Ricaço, Valdir "Dono da Posse" Palmeira Corinthiano, de 43 anos está em uma grande disputa com o Coronel A. Bertinho. Dizem pela cidade que Valdir se recusou a pedir "A benção" e não beijou a mão do Coronel A. Bertinho. Este, por sua vez, ficou emo resolveu expulsá-lo da cidade. Mas não se sabe como nem porque, Valdir se tornou um ricaço e voltou para a cidade jurando vingança pelo acontecido e atualmente seu maior sonho é comprar a cidade depois demolir tudo e criar uma única mansão imensa, só que o Coronel A. Bertinho não quer que isso aconteça, então não vende a cidade, o que obriga o senhor supracitado a brigar com unhas e dentes pela conquista da Posse (Ou não). Enfim, é uma briga para saber quem será o verdadeiro "Dono da Posse".

[editar] Renda per Capita

ai ele corre corre e corre mais ainda

[editar] Pontos Turísticos

A cidade ficou conhecida nacionalmente, por possuir o Aterro Mantovani, o local mais poluído do planeta. Os moradores da cidade, fazem romaria e pic-nic nos arredores do Aterro.

[editar] Curiosidades

O jogador Neto, ainda no colo do Vovô
  • É a cidade natal do jogador Neto, ao contrário do que afirma Merchan Neves, que diz que Neto é gaúcho de Erechim.
  • É a cidade natal do Coronel A. Bertinho
  • É a capital da poluição da Ditadura Democrática do Brasil
  • É a cidade com maior concentração de baianos por metro quadrado do mundo.
  • É a cidade com a maior porcentagem de Kombis per capita do mundo
  • É a única cidade do Estado de São Paulo que ainda tem leis de trânsito para carroças e para os burros que as guiam.
  • Ultimo farol de transito instalado recentemente no Pais foi em Santo Antonio de Posse.
  • Um projeto de lei visa alterar o nome da cidade para São Bertinho de Posse ou Santo Antonio de Grimaldi, mas ainda está sendo estudado se o voto válido será como sempre o do coronel ou o voto dele mesmo, essa é a dúvida.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

APOCALIPSE


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Família no Catecismo da Igreja Católica:



Catecismo da Igreja Católica


F.2 FAMÍLIA cf. Matrimônio

F.2.1 Atenção à própria família no Domingo
§2186 Os cristãos que dispõem de lazer devem lembrar-se de seus irmãos que têm as mesmas necessidades e os mesmos direito mas não podem repousar por causa da pobreza e da miséria. O domingo é tradicionalmente consagrado pela piedade cristã às boas obras e aos humildes serviços de que carecem os doentes, os enfermos, os idosos. Os cristãos santificarão ainda o domingo dispensando à sua família e aos parentes o tempo e a atenção que dificilmente podem dispensar nos outros dias da semana. O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e de meditação, que favorecem o crescimento da vida interior cristã.
F.2.2 Constituição natureza e fins da família
§2201 A família no plano de Deus NATUREZA DA FAMÍLIA A comunidade conjugal está fundada no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos esposos, a procriação e a educação dos filhos. O amor dos esposos e a geração dos filhos instituem entre os membros de uma mesma família relações pessoais e responsabilidades primordiais.
§2202 Um homem e uma mulher unidos em casamento formam com seus filhos uma família. Esta disposição precede todo reconhecimento por parte da autoridade pública; impõe-se a ela (isto é, não depende da autoridade civil para se constituir) e deve ser considerada como a referência normal, em função da qual devem ser avaliadas as diversas formas de parentesco.
§2203 Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos e de deveres.
§2249 A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos.
§2363 Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família.
Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade.
F.2.3 Defesa social da família
§2209 A família deve ser ajudada e defendida pelas medidas sociais apropriadas. Quando as famílias não são capazes de desempenhar suas funções, outros organismos sociais têm o dever de ajudá-las e de apoiar a instituição familiar. De acordo com o princípio da subsidiariedade, as comunidades mais amplas cuidarão de não usurpar seus poderes ou de interferir na vida da família.
§2210 A importância da família para a vida e o bem-estar da sociedade acarreta uma responsabilidade particular desta última no apoio e no fortalecimento do casamento e da família. Que o poder civil considere como dever grave "reconhecer e proteger a verdadeira natureza do casamento e da família, defender a moralidade pública e favorecer a prosperidade dos lares".
§2211 A comunidade política tem o dever de honrar a família, de assisti-la, de lhe garantir sobretudo:
* O direito de se constituir, de ter filhos e de educá-los de acordo com suas próprias convicções morais e religiosas;
* a proteção da estabilidade do vínculo conjugal e da instituição familiar;
* a liberdade de professar a própria fé, de transmiti-la, de educar nela os filhos, com os meios e as Instituições necessárias;
* o direito à propriedade privada, à liberdade de empreendimento, ao trabalho, à moradia, à emigração;
* de acordo com as instituições dos países, o direito à assistência médica, à assistência aos idosos, aos abonos familiares;
* a proteção da segurança e da saúde, sobretudo em relação aos perigos, como drogas, pornografia, alcoolismo etc.;
* a liberdade de formar associações com outras famílias e, assim, serem representadas junto às autoridades civis.
F.2.4 Deveres da família para com jovens e velhos
§2208 A família deve viver de maneira que seus membros aprendam a cuidar e a responsabilizar-se pelos jovens e pelos velhos pelos doentes ou deficientes e pelos pobres. São numerosas as famílias que, em certos momentos, não são capazes de proporcionar essa ajuda. Cabe então a outras pessoas, a outras famílias e, subsidiariamente, à sociedade prover às suas necessidades: "A religião pura e sem mácula diante de Deus, nosso Pai, consiste nisto: visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo" (Tg 1,27).
F.2.5 Deveres dos filhos
§2214 DEVERES DOS FILHOS A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une e é exigido pelo preceito divino.
§2215 O respeito pelos pais (piedade filial) é produto do reconhecimento para com aqueles que, pelo dom da vida, por seu amor e por seu trabalho puseram seus filhos no mundo e permitiram que crescessem em estatura, em sabedoria e graça. "Honra teu pai de todo o coração e não esqueças as dores de tua mãe. Lembra-te que foste gerado por eles. O que lhes darás pelo que te deram?" (Eclo 7,27-28).
§2216 O respeito filial se revela pela docilidade e pela obediência verdadeiras. "Meu filho, guarda os preceitos de teu pai, não rejeites a instrução de tua mãe... Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te guardarão; quando despertares, te falarão" (Pr 6,20-22). "Um filho sábio ama a correção do pai, e o zombador não escuta a reprimenda" (Pr 13,1).
§2217 Enquanto o filho viver na casa de seus pais, deve obedecer a toda solicitação dos pais que vise ao seu bem ou ao da família. 'Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, pois isso é agradável ao Senhor" (Cl 3,20). Os filhos têm ainda de obedecer às prescrições razoáveis de seus educadores e de todos aqueles aos quais os pais os confiaram. Mas, se o filho estiver convicto em consciência de que é moralmente mau obedecer a tal ordem, que não a siga.
Quando crescerem, os filhos continuarão a respeitar seus pais. Antecipar-se-ão aos desejos deles, solicitarão de bom grado seus conselhos e aceitarão suas justas admoestações. A obediência aos pais cessa com a emancipação dos filhos, mas o respeito, que sempre lhes é devido, não cessará de modo algum, pois (tal respeito) tem sua raiz no temor de Deus, um dos dons do Espírito Santo.
§2218 O quarto mandamento lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais. Enquanto puderem, devem dar-lhes ajuda material e moral nos anos da velhice e durante o tempo de doença, de solidão ou de angústia. Jesus lembra este dever de reconhecimento.
O Senhor glorificou o pai nos filhos e fortaleceu a autoridade da mãe sobre a prole. Aquele que respeita o pai obtém o perdão dos pecados; o que honra sua mãe é como quem junta um tesouro. Aquele que respeita o pai encontrará alegria nos filhos e no dia de sua oração será atendido. Aquele que honra o pai viverá muito, e o que obedece ao Senhor alegrará sua mãe (Eclo 3,2-6).
Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida. Mesmo se seu entendimento faltar, sê indulgente com ele, não o menosprezes, tu que estás em pleno vigor... E como um blasfemador aquele que despreza seu pai, e um amaldiçoado pelo Senhor aquele que irrita sua mãe (Eclo 3,12.16).
§2219 O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar e diz respeito também às relações entre irmãos e irmãs. O respeito aos pais ilumina todo o ambiente familiar. "Coroa dos anciãos são os netos" (Pr 17,6). "Suportai-vos uns aos outros na caridade, em toda humildade, doçura e paciência" (Ef 4,2).
§2220 Os cristãos devem uma gratidão especial àqueles de quem receberam o dom da fé, a graça do Batismo e a vida na Igreja Pode tratar-se dos pais, de outros membros da família, dos avós. dos pastores, dos catequistas, de outros professores ou amigos. "Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti, a mesma que habitou primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti" (2 Tm 1,5).
F.2.6 Deveres dos pais
§2221 DEVERES DOS PAIS A fecundidade do amor conjugal não se reduz só à procriação dos filhos, mas deve se estender à sua educação moral e formação espiritual. "O papel dos pais na educação é tão importante que é quase impossível substituí-los." O direito e o devei de educação são primordiais e inalienáveis para os pais.
§2222 Os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educar os filhos no cumprimento da Lei de Deus, mostrando-se eles mesmos obedientes à vontade do Pai dos Céus.
§2223 Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar "as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais." Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais. Sabendo reconhecer diante deles seus próprios defeitos, ser-lhes-á mais fácil guiá-los e corrigi-los:
"Aquele que ama o filho usará com freqüência o chicote; aquele que educa seu filho terá motivo de satisfação" (Eclo 30,1-2). "E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor" (Ef 6,4).
§2224 O lar constitui um ambiente natural para a iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias. Os pais ensinarão os filhos a se precaverem dos comprometimentos e das desordens que ameaçam as sociedades humanas.
§2225 Pela graça do sacramento do matrimônio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Por isso os iniciarão desde tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os "primeiros arautos". Associá-los-ão desde a primeira infância à vida da Igreja. A experiência da vida em família pode alimentar as disposições afetivas que por toda a vida constituirão autênticos preâmbulos e apoios de uma fé viva.
§2226 A educação para a fé por parte dos pais deve começar desde a mais tenra infância. Ocorre já quando os membros da família se ajudam a crescer na fé pelo testemunho de uma vida cristã de acordo com o Evangelho. A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a orar e a descobrir sua vocação de filhos de Deus. A paróquia é a comunidade eucarística e o centro da vida litúrgica das famílias cristãs; ela é um lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.
F.2.7 Direito de formar uma família
§1908 Em segundo lugar, o bem comum exige o bem-estar social e o desenvolvimento do próprio grupo o desenvolvimento é o resumo de todos os deveres sociais. E claro, cabe à autoridade servir de árbitro, em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares. Mas ela deve tornar acessível a cada um aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura, informação conveniente, direito de fundar um lar etc.
F.2.8 Direitos dos pais
§2229 Como primeiros responsáveis pela educação dos filhos, os pais têm o direito de escolher para eles uma escola que corresponda as suas próprias convicções. Este direito é fundamental. Os pais têm, enquanto possível, o dever de escolher as escolas que melhor possam ajudá-los em sua tarefa de educadores cristãos. Os poderes públicos têm o dever de garantir esse direito dos pais e de assegurar as condições reais de seu exercício.
§2230 Quando se tornam adultos, os filhos têm o dever e o direito de escolher sua profissão e seu estado de vida. Assumirão essas novas responsabilidades na relação confiante com os pais, cujas opiniões e conselhos pedirão e receberão de boa vontade. Os pais cuidarão de não constranger seus filhos nem na escolha de uma profissão nem na de um consorte. Este dever de discrição não os impede, muito ao contrário, de ajudá-los com conselhos prudentes, particularmente quando estes têm em vista constituir uma família.
F.2.9 Educação da própria família
§1914 A participação se realiza, antes de tudo, assumindo os setores pelos quais se tem a responsabilidade pessoal: pelo cuidado na educação da prole, por um trabalho consciencioso, o homem participa no bem dos outros e da sociedade.
F.2.10 Educação e respeito dos filhos
§2221 DEVERES DOS PAIS A fecundidade do amor conjugal não se reduz só à procriação dos filhos, mas deve se estender à sua educação moral e formação espiritual. "O papel dos pais na educação é tão importante que é quase impossível substituí-los." O direito e o devei de educação são primordiais e inalienáveis para os pais.
§2222 Os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educar os filhos no cumprimento da Lei de Deus, mostrando-se eles mesmos obedientes à vontade do Pai dos Céus.
§2223 Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar "as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais." Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais. Sabendo reconhecer diante deles seus próprios defeitos, ser-lhes-á mais fácil guiá-los e corrigi-los:
"Aquele que ama o filho usará com freqüência o chicote; aquele que educa seu filho terá motivo de satisfação" (Eclo 30,1-2). "E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor" (Ef 6,4).
§2224 O lar constitui um ambiente natural para a iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias. Os pais ensinarão os filhos a se precaverem dos comprometimentos e das desordens que ameaçam as sociedades humanas.
§2228 Durante a infância, O respeito e a afeição dos pais se traduzem inicialmente pelo cuidado e pela atenção que dedicam em educar seus filhos, em prover suas necessidades físicas e espirituais. Na fase de crescimento, o mesmo respeito e a mesma dedicação levam os pais a educá-los no reto uso da razão e da liberdade.
§2229 Como primeiros responsáveis pela educação dos filhos, os pais têm o direito de escolher para eles uma escola que corresponda as suas próprias convicções. Este direito é fundamental. Os pais têm, enquanto possível, o dever de escolher as escolas que melhor possam ajudá-los em sua tarefa de educadores cristãos. Os poderes públicos têm o dever de garantir esse direito dos pais e de assegurar as condições reais de seu exercício.
§2230 Quando se tornam adultos, os filhos têm o dever e o direito de escolher sua profissão e seu estado de vida. Assumirão essas novas responsabilidades na relação confiante com os pais, cujas opiniões e conselhos pedirão e receberão de boa vontade. Os pais cuidarão de não constranger seus filhos nem na escolha de uma profissão nem na de um consorte. Este dever de discrição não os impede, muito ao contrário, de ajudá-los com conselhos prudentes, particularmente quando estes têm em vista constituir uma família.
F.2.11 Evangelização dos filhos
§2225 Pela graça do sacramento do matrimônio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Por isso os iniciarão desde tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os "primeiros arautos". Associá-los-ão desde a primeira infância à vida da Igreja. A experiência da vida em família pode alimentar as disposições afetivas que por toda a vida constituirão autênticos preâmbulos e apoios de uma fé viva.
§2226 A educação para a fé por parte dos pais deve começar desde a mais tenra infância. Ocorre já quando os membros da família se ajudam a crescer na fé pelo testemunho de uma vida cristã de acordo com o Evangelho. A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a orar e a descobrir sua vocação de filhos de Deus. A paróquia é a comunidade eucarística e o centro da vida litúrgica das famílias cristãs; ela é um lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.
F.2.12 Família cristã
§2204 A FAMÍLIA CRISTÃ "Uma revelação e atuação específica da comunhão eclesial é constituída pela família cristã, que também, por isso, se pode e deve chamar igreja doméstica." E uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; na Igreja ela tem uma importância singular, como se vê no Novo Testamento.
§2205 A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar da oração e do sacrifício de Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária.
§2206 As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém sobretudo do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar "uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e também uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos".
F.2.13 Família de Deus
§2232 A família e o Reino Embora os vínculos familiares sejam importantes, não são absolutos. Da mesma forma que a criança cresce para sua maturidade e autonomia humanas e espirituais, assim também sua vocação singular, que vem de Deus, se consolida com mais clareza e força. Os pais respeitarão este chamamento e favorecerão a resposta dos filhos em segui-lo. É preciso convencer-se de que a primeira vocação do cristão é a de seguir Jesus. "Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10,37).
F.2.14 Família de Jesus
§533 A vida oculta de Nazaré permite a todo homem estar unido a Jesus nos caminhos mais cotidianos da vida:
Nazaré é a escola na qual se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho... Primeiramente, uma lição de silêncio. Que nasça em nós a estima do silêncio, esta admirável e indispensável condição do espírito... Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza austera e simples, seu caráter sagrado e inviolável... Uma lição de trabalho. Nazaré, ó casa do "Filho do Carpinteiro", é aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei severa e redentora do trabalho humano...; assim como gostaríamos finalmente de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu Irmão divino.
§564 Por sua submissão a Maria e José, assim como por seu humilde trabalho durante longos anos em Nazaré, Jesus nos dá o exemplo da santidade na vida cotidiana da família e do trabalho.
F.2.15 Família e quarto Mandamento
Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias terra que o Senhor, teu Deus, te dá (Ex 20,12).
Era-lhes submisso (Lc 2,51).
O próprio Senhor Jesus recorda a força desse "mandamento de Deus" O Apóstolo ensina: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isso é justo. 'Honra teu pai e tua mãe' é primeiro mandamento com promessas: 'para seres feliz e teres uma longa vida sobre a terra"' (Ef 6,1-3).
§2197 O quarto mandamento encabeça a segunda tábua. Indica ordem da caridade. Deus quis que, depois dele mesmo, honrássemos nossos pais, a quem devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. Devemos honrar e respeitar todos aqueles que Deus, para o nosso bem, revestiu de sua autoridade.
§2198 Esse preceito está expresso sob a forma positiva de deveres a cumprir. Anuncia os mandamentos que seguem e que se referem a um respeito particular pela vida, pelo casamento, pelos bens terrestres, pela palavra dada. Constitui um dos fundamentos da doutrina social da Igreja.
§2199 O quarto mandamento dirige-se expressamente aos filhos em suas relações com seu pai e sua mãe, porque esta relação é a mais universal. Diz respeito também as relações de parentesco com Os membros do grupo familiar. Manda prestar honra, afeição e reconhecimento aos avós e aos antepassados. Estende-se, enfim, aos deveres dos alunos para com seu professor, dos empregados para com seus patrões, dos subordinados para com seus chefes, dos cidadãos para com sua pátria e para com os que a administram ou a governam.
Este mandamento implica e subentende os deveres dos pais, tutores, professores, chefes, magistrados, governantes, de todos os que exercem uma autoridade sobre outros ou sobre uma comunidade.
§2200 A observância do quarto mandamento acarreta sua recompensa: "Honra teu pai e tua mãe para teres uma longa vida na terra, que o Senhor Deus te dá" (Ex 20,12). O respeito a esse mandamento alcança, juntamente com os frutos espirituais, frutos temporais de paz e de prosperidade. Ao contrário, a não observância desse mandamento acarreta grandes danos para as comunidades e para as pessoas.
F.2.16 Família e Reino de Deus
§2232 A família e o Reino Embora os vínculos familiares sejam importantes, não são absolutos. Da mesma forma que a criança cresce para sua maturidade e autonomia humanas e espirituais, assim também sua vocação singular, que vem de Deus, se consolida com mais clareza e força. Os pais respeitarão este chamamento e favorecerão a resposta dos filhos em segui-lo. É preciso convencer-se de que a primeira vocação do cristão é a de seguir Jesus. "Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10,37).
F.2.17 Família no desígnio de Deus
§2201 A família no plano de Deus NATUREZA DA FAMÍLIA A comunidade conjugal está fundada no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos esposos, a procriação e a educação dos filhos. O amor dos esposos e a geração dos filhos instituem entre os membros de uma mesma família relações pessoais e responsabilidades primordiais.
§2202 Um homem e uma mulher unidos em casamento formam com seus filhos uma família. Esta disposição precede todo reconhecimento por parte da autoridade pública; impõe-se a ela (isto é, não depende da autoridade civil para se constituir) e deve ser considerada como a referência normal, em função da qual devem ser avaliadas as diversas formas de parentesco.
§2203 Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas iguais em dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família implica uma diversidade de responsabilidades, de direitos e de deveres.
F.2.18 Família célula originária da vida social
§1882 Certas sociedades, como a família e a cidade, correspondem mais imediatamente à natureza do homem. São-lhe necessárias. A fim de favorecer a participação do maior número na vida social, é preciso encorajar a criação de associações e instituições de livre escolha, "com fins econômicos, culturais, sociais, esportivos, recreativos, profissionais, políticos, tanto no âmbito interno das comunidades políticas como no plano mundial". Esta "socialização" exprime, igualmente, a tendência natural que impele os seres humanos a se associarem para atingir objetivos que ultrapassam as capacidades individuais. Desenvolve as qualidades da pessoa, particularmente seu espírito de iniciativa e responsabilidade. Ajuda a garantir seus direitos.
§2207 A família e a sociedade A família é a célula originária da vida social. E a sociedade natural na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida. A autoridade, a estabilidade e a vida de relações dentro dela constituem os fundamentos da liberdade, da segurança e da fraternidade no conjunto social. A família é a comunidade na qual, desde a infância se podem assimilar os valores morais, tais como honrar a Deus e usar corretamente a liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade.
F.2.19 Família comunidade ativa
§2206 As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém sobretudo do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar "uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e também uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos".
§1655 A Igreja doméstica Cristo 5quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a "família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que, "com toda a sua casa", se tomavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua casa" fosse salva. Essas famílias que se tomavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo.
§1656 Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hóstia à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concílio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Ecclesia domestica". E no seio da família que os pais são "para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada".
§1656 Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hóstia à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concílio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Ecclesia domestica". E no seio da família que os pais são "para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada".
§1658 Não podemos esquecer também certas pessoas que, por causa das condições concretas em que precisam viver - muitas vezes contra a sua vontade -, estão particularmente próximas do coração de Jesus e merecem uma atenciosa afeição e solicitude da Igreja e principalmente dos pastores: o grande número de pessoas celibatárias. Muitas dessas pessoas ficam sem família humana, muitas vezes por causa das condições de pobreza. Há entre elas algumas que vivem essa situação no espírito das bem-aventuranças, servindo a Deus e ao próximo de modo exemplar. A todas elas é preciso abrir as portas dos lares, "Igrejas domésticas", e da grande família que é a Igreja. "Ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos 'estão cansados e oprimidos'."
§1666 O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã.
§2204 A FAMÍLIA CRISTÃ "Uma revelação e atuação específica da comunhão eclesial é constituída pela família cristã, que também, por isso, se pode e deve chamar igreja doméstica." E uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; na Igreja ela tem uma importância singular, como se vê no Novo Testamento.
§2205 A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar da oração e do sacrifício de Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária.-
Servidores da oração
§2685 A família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimônio, ela é "a Igreja doméstica", onde os filhos de Deus aprendem a orar "como Igreja" e a perseverar na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é o primeiro testemunho da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.
F.2.21 Família imagem da Trindade e reflexo da obra criadora do Pai
§2205 A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar da oração e do sacrifício de Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária.
F.2.22 Famílias numerosas sinal da bênção divina
§2373 O DOM DO FILHO A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais.
F.2.23 Igreja família de Deus família de Cristo
§1 Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada. Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade de sua família, a Igreja. Faz isto por meio do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros de sua vida bem-aventurada.
§759 "O Pai eterno, por libérrimo e arcano desígnio de sua sabedoria e bondade, criou todo o universo; decidiu elevar os homens à comunhão da vida divina", à qual chama todos os homens em seu Filho: "Todos os que crêem em Cristo, o Pai quis chamá-los a formarem a santa Igreja". Esta "família de Deus" se constitui e se realiza gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai. Com efeito, "desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada".
§764 "Este Reino manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo." Acolher a palavra de Jesus é "acolher o próprio Reino". O germe e o começo do Reino são o "pequeno rebanho" (Lc 12,32) dos que Jesus veio convocar em torno de si, dos quais ele mesmo é o pastor". Eles constituem a verdadeira família de Jesus. Aos que assim reuniu em torno dele, ensinou uma "maneira de agir" nova e também uma oração própria.
§959 ... na única família de Deus. "Todos os que somos filhos de Deus e constituímos uma única família em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os outros em mútua caridade e num mesmo louvor à Santíssima Trindade, realizamos a vocação própria da Igreja."
§1655 A Igreja doméstica Cristo 5quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a "família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que, "com toda a sua casa", se tomavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua casa" fosse salva. Essas famílias que se tomavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo.
§2233 Tornar-se discípulo de Jesus é aceitar o convite de pertencer à família de Deus, de viver conforme a sua maneira de viver: "Aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Mt 12,50).
Os pais aceitarão e respeitarão com alegria e ação de graças o chamamento do Senhor a um de seus filhos de segui-lo na virgindade pelo Reino, na vida consagrada ou no ministério sacerdotal.
F.2.24 Ofensas à família
§2390 Existe união livre quando o homem e a mulher se recusam a dar uma forma jurídica e pública a uma ligação que implica intimidade sexual.
A expressão é enganosa: com efeito, que significado pode ter uma união na qual as pessoas não se comprometem mutuamente e revelam, assim, uma falta de confiança na outra, em si mesma ou no futuro?
A expressão abrange situações diferentes: concubinato, recusa do casamento enquanto tal, incapacidade de assumir compromissos a longo prazo. Todas essas situações ofendem a dignidade do matrimônio, destroem a própria idéia da família, enfraquecem o sentido da fidelidade. São contrárias à lei moral. O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental.
F.2.25 Oração em família
§2183 "Por falta de ministro sagrado ou por outra causa grave, se a participação na celebração eucarística se tornar impossível, recomenda-se vivamente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada segundo as prescrições do Bispo diocesano, ou então se dediquem à oração durante um tempo conveniente, a sós ou em família, ou em grupos de famílias, de acordo com a oportunidade."
Servidores da oração
§2685 A família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimônio, ela é "a Igreja doméstica", onde os filhos de Deus aprendem a orar "como Igreja" e a perseverar na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é o primeiro testemunho da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.
§2691 Lugares favoráveis à oração
§2691 A Igreja, casa de Deus, é o lugar próprio para a oração litúrgica da comunidade paroquial. E também o lugar privilegiado da adoração da presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento. A escolha de um lugar favorável é importante para a verdade da oração:
* para a oração pessoal, pode ser um "recanto de oração", com as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para aí estar "no segredo" diante do Pai. Numa família cristã, essa espécie de peque no oratório favorece a oração em comum;
* nas regiões onde existem mosteiros, a vocação dessas comunidades é favorecer a partilha da Oração das Horas com os fiéis e permitir a solidão necessária a uma oração pessoal mais intensa;
* as peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu. São tradicionalmente tempos fortes de renovação da oração. Os santuários são para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver "como Igreja" as formas da oração cristã.
§2834 "Reza e trabalha." "Rezai como se tudo dependesse de Deus e trabalhai como se tudo dependesse de vós." Tendo realizado nosso trabalho, o alimento fica sendo um dom de nosso Pai; convém pedi-lo e disso render-lhe graças. É esse o sentido da bênção da mesa numa família cristã.
F.2.27 Ordenação da família para a fecundidade
§1652 A ABERTURA · FECUNDIDADE O instituto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos, e por causa dessas coisas (a procriação e a educação dos filhos), (o instituto do Matrimônio e o amor dos esposos) são como que coroados de maior glória.
Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos próprios pais. Deus mesmo disse: "Não convém ao homem ficar sozinho" (Gn 2,18), e "criou de início o homem como varão e mulher" (Mt 19,4); querendo conferir ao homem participação especial em sua obra criadora, abençoou o varão e a mulher dizendo: "Crescei e multiplicai-vos" (Gn 1,28). Donde se segue que o cultivo do verdadeiro amor conjugal e toda a estrutura da vida familiar que daí promana, sem desprezar os outros fins do Matrimônio, tendem a dispor os cônjuges a cooperar corajosamente como amor do Criador e do Salvador que, por intermédio dos esposos, quer incessantemente aumentar e enriquecer sua família.
§1653 A fecundidade do amor conjugal se estende aos frutos vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos. Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e da família é estar a serviço da vida.
§1654 Os esposos a quem Deus não concedeu ter filhos podem, no entanto, ter uma vida conjugal cheia de sentido, humana e cristãmente. Seu Matrimônio pode irradiar uma fecundidade de caridade, acolhimento e sacrifício.
F.2.27 Perigos que ameaçam a família
§2436 E injusto não pagar aos organismos de seguridade social as cotas estipuladas pelas autoridades legítimas.
A privação do trabalho por causa do desemprego é quase sempre, para quem a sofre, um atentado à dignidade e uma ameaça ao equilíbrio da vida. Além do prejuízo pessoal para o desempregado, corre também inúmeros riscos o seu 1ar.
F.2.28 Pessoas sem família
§1658 Não podemos esquecer também certas pessoas que, por causa das condições concretas em que precisam viver - muitas vezes contra a sua vontade -, estão particularmente próximas do coração de Jesus e merecem uma atenciosa afeição e solicitude da Igreja e principalmente dos pastores: o grande número de pessoas celibatárias. Muitas dessas pessoas ficam sem família humana, muitas vezes por causa das condições de pobreza. Há entre elas algumas que vivem essa situação no espírito das bem-aventuranças, servindo a Deus e ao próximo de modo exemplar. A todas elas é preciso abrir as portas dos lares, "Igrejas domésticas", e da grande família que é a Igreja. "Ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos 'estão cansados e oprimidos'."
F.2.29 Respeito à vocação dos filhos
§2232 A família e o Reino Embora os vínculos familiares sejam importantes, não são absolutos. Da mesma forma que a criança cresce para sua maturidade e autonomia humanas e espirituais, assim também sua vocação singular, que vem de Deus, se consolida com mais clareza e força. Os pais respeitarão este chamamento e favorecerão a resposta dos filhos em segui-lo. É preciso convencer-se de que a primeira vocação do cristão é a de seguir Jesus. "Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10,37).
§2233 Tornar-se discípulo de Jesus é aceitar o convite de pertencer à família de Deus, de viver conforme a sua maneira de viver: "Aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Mt 12,50).
Os pais aceitarão e respeitarão com alegria e ação de graças o chamamento do Senhor a um de seus filhos de segui-lo na virgindade pelo Reino, na vida consagrada ou no ministério sacerdotal.
F.2.30 Respeito dos filhos para com os pais
§2214 DEVERES DOS FILHOS A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une e é exigido pelo preceito divino.
§2215 O respeito pelos pais (piedade filial) é produto do reconhecimento para com aqueles que, pelo dom da vida, por seu amor e por seu trabalho puseram seus filhos no mundo e permitiram que crescessem em estatura, em sabedoria e graça. "Honra teu pai de todo o coração e não esqueças as dores de tua mãe. Lembra-te que foste gerado por eles. O que lhes darás pelo que te deram?" (Eclo 7,27-28).
§2216 O respeito filial se revela pela docilidade e pela obediência verdadeiras. "Meu filho, guarda os preceitos de teu pai, não rejeites a instrução de tua mãe... Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te guardarão; quando despertares, te falarão" (Pr 6,20-22). "Um filho sábio ama a correção do pai, e o zombador não escuta a reprimenda" (Pr 13,1).
§2217 Enquanto o filho viver na casa de seus pais, deve obedecer a toda solicitação dos pais que vise ao seu bem ou ao da família. 'Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, pois isso é agradável ao Senhor" (Cl 3,20). Os filhos têm ainda de obedecer às prescrições razoáveis de seus educadores e de todos aqueles aos quais os pais os confiaram. Mas, se o filho estiver convicto em consciência de que é moralmente mau obedecer a tal ordem, que não a siga.
Quando crescerem, os filhos continuarão a respeitar seus pais. Antecipar-se-ão aos desejos deles, solicitarão de bom grado seus conselhos e aceitarão suas justas admoestações. A obediência aos pais cessa com a emancipação dos filhos, mas o respeito, que sempre lhes é devido, não cessará de modo algum, pois (tal respeito) tem sua raiz no temor de Deus, um dos dons do Espírito Santo.
§2218 O quarto mandamento lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais. Enquanto puderem, devem dar-lhes ajuda material e moral nos anos da velhice e durante o tempo de doença, de solidão ou de angústia. Jesus lembra este dever de reconhecimento.
§2219 O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar e diz respeito também às relações entre irmãos e irmãs. O respeito aos pais ilumina todo o ambiente familiar. "Coroa dos anciãos são os netos" (Pr 17,6). "Suportai-vos uns aos outros na caridade, em toda humildade, doçura e paciência" (Ef 4,2).
O Senhor glorificou o pai nos filhos e fortaleceu a autoridade da mãe sobre a prole. Aquele que respeita o pai obtém o perdão dos pecados; o que honra sua mãe é como quem junta um tesouro. Aquele que respeita o pai encontrará alegria nos filhos e no dia de sua oração será atendido. Aquele que honra o pai viverá muito, e o que obedece ao Senhor alegrará sua mãe (Eclo 3,2-6).
Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida. Mesmo se seu entendimento faltar, sê indulgente com ele, não o menosprezes, tu que estás em pleno vigor... E como um blasfemador aquele que despreza seu pai, e um amaldiçoado pelo Senhor aquele que irrita sua mãe (Eclo 3,12.16).
§2220 Os cristãos devem uma gratidão especial àqueles de quem receberam o dom da fé, a graça do Batismo e a vida na Igreja Pode tratar-se dos pais, de outros membros da família, dos avós. dos pastores, dos catequistas, de outros professores ou amigos. "Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti, a mesma que habitou primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti" (2 Tm 1,5).
F.2.31 Sacerdócio batismal
§1657 E na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, "na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa". O lar é, assim, a primeira escola de vida cristã e "uma escola de enriquecimento humano". E aí que se aprende a resistência à fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado e, sobretudo, o culto divino pela oração e oferenda de sua vida.

sábado, 21 de janeiro de 2012

PEQUENA SÍNTESE DE VIDA CRISTÃ

PEQUENA SÍNTESE DE VIDA CRISTÃ

 Aqui fica a proposta de uma série de reflexões que, uma após a outra, possam compôr uma espécie de síntese de vida cristã.
Este blog da Matriz SÃO JOSÉ de Tupi, além de tentar proporcionar facilidade de conhecimento sobre atividades, eventos, pastorais, notícias da Matriz e das Capelas, lembramos uma das intenções ao criar este blog: evangelizar, catequisar, levar o leitor a viver com coerência – e a conhecer em certa profundidade – a própria fé. A autoria é do Bispo Emérito – Dom Hilário Moser sdb, que atualmente reside na Paróquia Sagrada Família em São José dos Campos (SP). Sendo assim, veja se você consegue perceber um fio condutor nas postagens que estamos publicando e na seguinte ordem:

1- Por que este blog? (anunciar o Evangelho).
2- Jesus é “o problema”.
3- Jesus é “a solução”.
4- O jegue e a fé (o que é a fé?).
5- Coerência batismal.
6- Ser Igreja.
7- Leigos e Leigas
8- Padres
9- Religião, o que é?
10- Sinais da salvação: os Sacramentos.
11- Os Mandamentos: dom de Deus.


12- Viver segundo o Espírito.
13- Junto à Mãe de Jesus.
14- Viver e morrer por Cristo.

Cada postagem supõe a anterior, formando assim como um pequeno “catecismo” dos elementos fundamentais da nossa fé, com vistas a vivê-la concretamente.
A idéia é seguir a ordem proposta, procurando perceber seu nexo interno, de tal modo que também você saiba, como ensina São Pedro, “dar razão da própria esperança” (1Pedro 3, 15). Ou seja, saber por que tem fé e por que procura viver de acordo com a fé que professa.
Ignorar essas coisas expõe as pessoas a se deixarem iludir por tantas idéias enganadoras que se espalham por aí e também a desconhecer a grande riqueza que Deus, por sua Igreja, nos oferece para vivermos como Ele espera de nós.
A ignorância religiosa, em particular, é um dos motivos pelos quais muitos católicos, pouco conhecedores da própria fé, se deixam seduzir por este ou aquele grupo religioso, em busca de soluções imediatas para seus problemas.
A fé não tem a finalidade primeira de solucionar nossos problemas, embora Deus possa dela servir-se também para esse objetivo.
A fé, antes de tudo, consiste em entregar-se confiantemente a Deus e viver segundo a sua Palavra, sejam quais forem os problemas que devemos enfrentar na vida.
Em outras palavras, trata-se de servir a Deus, não de servir-se de Deus para meus interesses, por mais legítimos que sejam.
A CNBB, para vir em ajuda do católico/a que deseja aprofundar o conhecimento da própria fé, publicou um opúsculo intitulado: “SOU CATÓLICO. VIVO A MINHA FÉ”.
Você encontra esse livro em qualquer livraria católica.
Eis os pontos abordados por esse autêntico “manual do católico”:
1 – A Revelação de Deus.
2 – Nossa fé católica: Jesus Cristo, a Igreja, o ser humano.
3 – Celebração do Mistério Pascal de Cristo.
4 – A vida nova em Cristo.
5 – Esclarecimentos sobre alguns pontos da fé católica.
6 – A oração do católico.
7 – Referências para o aprofundamento dos temas.
Vale a pena você conhecer esse livro precioso, lê-lo com calma, avaliar até que ponto você conhece a própria fé e esforçar-se por ser autêntico discípulo/a de Jesus.
Não esqueça que, diante de Deus, nós temos o tamanho da nossa fé. Os problemas deste mundo, por mais difíceis que sejam, desaparecerão com a morte.
A fé, pelo contrário, abre-nos as portas da vida eterna.
*****



1-    Por que este blog? (anunciar o Evangelho).



Um dia, eu ia rumo a uma paróquia na diocese de Tubarão (SC) para crismar. Muitos carros indo e vindo. No acostamento, um homem de cabelos grisalhos puxava sua carrocinha cheia de papelão, plásticos, garrafas... Na parte traseira da carrocinha havia um cartaz bem grande, com imagens e frases diversas. Só consegui ler a primeira, em letra muito visível. Dizia: "Não me siga. Eu também ando perdido".
Quanta gente perdida anda pelo acostamento da vida, sem caminho, sem rumo certo!...
Será que eu posso ajudar? Penso que sim. Pois bem, este Blog quer servir de ajuda para todos que precisarem e sobretudo desejarem.
Hoje, para começar, eu gostaria de escrever um cartaz onde se lê:
Você se sente perdido? Jesus disse: "Eu sou o Caminho".
Você está mergulhado no erro? Jesus disse: "Eu sou a Verdade".
Você se sente morto? Jesus disse: "Eu sou a Vida"
Você se vê rodeado de trevas? Jesus disse: "Eu sou a Luz do mundo".
Você está com fome de Deus? Jesus disse: "Eu sou o pão do céu".
JESUS é o grande problema, se você se afasta dele.
JESUS é a grande solução, se você aperta a mão que Ele lhe estende.









2- Jesus é “o problema”.

Uma vez, muitos anos atrás, na Avenida São João em São Paulo, vi dois caminhões que bateram de frente, de leve, sem maiores danos. Na traseira de um se lia: “Vai com Deus”; na do outro: “Já vai tarde”.
É assim na vida: alguns caminham com Jesus; outros não o querem e, se Ele insiste, o mandam embora e ainda lhe gritam atrás: “Já vai tarde”.
É inútil, porém. Fatalmente, na vida, você acaba esbarrando em Jesus, por bem ou por mal.
Por que será? Porque Jesus é mesmo “pedra de tropeço”, “sinal de contradição”.
Foi o que disse o velho Simeão a Maria: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição” (Lucas 2,34).
Das duas, uma: ou você acolhe Jesus, ou o rejeita. Se você o rejeita, a tropeçada é sua, porque Ele sempre permanece de pé.
Jesus começou cedo a ser pedra de tropeço para muita gente. Quer ver?
Herodes quis matá-lo quando Ele ainda não tinha dois anos de idade.
O diabo o tentou de todas as maneiras.
Seus conterrâneos ameaçaram atirá-lo do alto de um precipício.
Fariseus, sumos sacerdotes, mestres da lei... armavam-lhe ciladas.
Judas planejou e pôs em prática sua desastrada e triste traição.
Anás, Caifás e sua turma condenaram Jesus iniquamente.
Pedro tropeçou vergonhosamente ao negar seu Mestre, 
Pilatos e outro Herodes foram infames com Jesus.
Os soldados romanos, a multidão, acabaram com Ele.
E sob a cruz não havia quem dava risadas e dizia: “Já vai tarde”?
Pois é, para toda essa gente Jesus foi pedra de tropeço, sinal de contradição, foi “problema”.
Faz mais de 20 séculos que a história se repete.
Hoje, todo aquele que rejeita Jesus, sua Palavra, seu Evangelho, sua Igreja, todo aquele que pretende desviar-se dele, acaba tropeçando nele; e qualquer tropeçada é sempre dolorida.
Repare bem: se o “caminhãozinho” de sua vida diz a Jesus: “Já vai tarde”, você encontra por aí muito “caminhãozinho” dizendo: “Vai com Deus, vai com Jesus”.
Sim, porque Jesus está sempre a caminho... e fatalmente cria “problemas” para quem o rejeita; aliás, Ele mesmo é “o problema”.
Ao passo que para quem o acolhe, é sempre “solução”, é sempre “salvação”.
Você prefere “tropeçar” em Jesus, ou não será melhor “abraçar” Jesus?







3- Jesus é “a solução”.





Conta a lenda que S. Pedro, estando em Roma, assustou-se com a perseguição aos cristãos e planejou fugir. Não seria a primeira vez que ele daria para trás... Disfarçou-se o melhor que pôde, esgueirou-se ao longo dos muros, enveredou pela via Appia (estrada romana ainda existente em parte) e, de cabeça baixa, passo apressado, caminhou rápido, ruminando seus planos; sim, certamente conseguiria fugir em tempo...
Não tinha coragem de olhar para a frente. Quando finalmente levantou os olhos, percebeu ao longe um homem que se aproximava. Apurou a vista, e eis que ele reconhece o caminhante: era Jesus! E carregava uma cruz às costas...
- Jesus, o Senhor por aqui? O que veio fazer em Roma, assim?
- Pedro, venho a Roma para ser crucificado de novo!...
Pedro gelou de alto a baixo. Não conseguia manter seus olhos fitos nos de Jesus. Abaixou-os, envergonhado. Lembrou-se que, numa outra ocasião em que correra perigo, ele tinha “fugido” da situação e negara seu Mestre.
Acordando para a realidade do encontro com Jesus, Pedro deu meia volta e retornou a Roma: lá o esperava a cruz! Pregado nela, pediu que o virassem de cabeça para baixo, sentindo-se indigno de morrer da mesma forma que o Senhor.
O encontro de Jesus com Pedro salvou Pedro e a Igreja!
Relembrando a postagem anterior, Jesus, para Pedro, passou de “problema” a “solução”.
Como isso foi verdade para muitos no Evangelho! Vejamos alguns encontros com Jesus:
Os pastores e os reis magos em Belém.
O velho Simeão e a profetisa Ana na apresentação de Jesus no templo.
João Batista ao batizar Jesus no Jordão.
João e André, depois Pedro, depois Filipe, depois Bartolomeu... os doze apóstolos.
Os convivas nas bodas de Cana.
Nicodemos, o fariseu, um dos chefes dos judeus.
Levi (Mateus), o publicano.
Os que foram curados de seus males, perdoados de seus pecados, libertos do poder do demônio.
Os saciados pelos pães e peixes multiplicados.
A menina, o jovem de Naim, Lázaro, ressuscitados dos mortos.
Marta, Maria, Madalena, as santas mulheres que acompanhavam Jesus.
Os gregos que pediram: “Queremos ver Jesus”.
O cireneu que ajudou Jesus a carregar a cruz.
Dimas, o bom ladrão, que na última hora “robou” o céu...
Enfim, como seria bom ler todo o Evangelho sob o prisma dos “encontros salvadores” com Jesus! Eis aí uma sugestão para você.
Na estrada da vida, de um modo ou de outro, num ou noutro dia, todos se encontram com Jesus. Feliz de quem se deixar “seduzir” por Ele, acolher sua Palavra e o seguir. Para essa pessoa, Jesus nunca será “problema”, será sempre “solução”, porque Ele é o Caminho, a Verdade, a Vida, a Paz, a Luz, a Ressurreição.
Aqui, porém, não se trata de ficar na área de romantismo religioso, sentimentalismo, suspiros... Trata-se de procurar seguir Jesus de fato, como Ele disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder a sua vida por causa de mim a salvará” (Lucas 9,23-24).
A “solução” trazida por Jesus consiste em aderir a Ele, observar sua palavra, renunciar a tudo o que a Ele se opõe, entregar-se ao serviço do próximo, como Ele mesmo fez.
Pergunta final: o que resultou concretamente dos seus encontros com Jesus no batismo e na crisma? O que resulta dos seus encontros com Ele na reconciliação (confissão), na eucaristia, na oração, na Palavra de Deus, na sua comunidade, nas pessoas que encontra a cada momento, nos acontecimentos bons e ruins da vida?
Não faça dos encontros com Jesus um “problema”. A “solução” de todos os problemas está em tornar-se discípulo/a de Jesus, missionário/a do seu Reino.









4- O jegue e a fé (o que é a fé?).


Fui ordenado bispo no domingo de Cristo Rei de 1988. No domingo seguinte, celebrei a primeira missa “pontifical” no Norte do Paraná, na pequena cidade de Ribeirão do Pinhal. Ali, minha irmã religiosa era diretora do minúsculo hospital, e o pároco já me conhecia de outras visitas. A missa foi bonita, alegre, muito participada.
Como eu tinha sido nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife, os responsáveis pela liturgia resolveram organizar um ofertório tipicamente “nordestino”. E lá fui eu receber as oferendas: veio um pouco de tudo: cana de açúcar, mandioca, instrumentos de trabalho...
Atento em acolher os portadores das oferendas, não me dei conta do que, de repente, estava diante de mim: um jumento montado por um garoto... Realmente, nunca vira esse tipo de “oferenda” ao Senhor.
Aí veio a explicação: o Sr. vai trabalhar no Nordeste; seja como o jumento (ou “jegue”, como lá é chamado), que, além de ser animal manso, humilde, paciente, persistente, tem orelhas grandes... O Sr. também procure ter orelhas grandes e bem abertas para ouvir o sofrimento do povo...
Nesse momento, como se o jegue tivesse entendido, ele endireitou as orelhas! 
Compreendi a lição: estar sempre de ouvidos atentos aos outros é a primeira condição para acolher uma pessoa, compreendê-la e fazer-lhe o bem.
Esta mesma atitude é a que Deus espera da gente: ouvidos atentos ao que Ele diz, prontidão em dar a resposta e decisão em executar sua vontade. Nisto consiste a fé! Precisava ser um jumento a dar-me essa lição...
A lição vale para todos. S. Paulo diz que “a fé vem pelo ouvido” (Romanos 10,17). Penso que não é por nada que Deus nos deu duas orelhas e uma só língua, esta, por sinal, barrada pelos dentes e pelos lábios... Por que será? Porque precisamos mais ouvir do que falar!
Deus fala continuamente, de mil maneiras. Ele fala em nosso coração, em nossa consciência, nas criaturas todas, particularmente nas pessoas, na comunidade, nos acontecimentos da vida e da história, na Bíblia, na Igreja, nos ministros de Deus, nos sacramentos, nos momentos de recolhimento... Deus fala sempre, fala continuamente!
Os concorrentes, porém, são muitos: nossos pensamentos e afetos, nossas ocupações e preocupações, nossos amigos e conhecidos, rádio e TV (sempre ligados!), jornais e revistas, celular, internet... Essas coisas falam, falam sem parar...
A quem prefiro dar atenção? A Deus que fala ou ao mundo que grita?
Como posso ouvir a Deus, se meus ouvidos estão sempre zoando por causa das vozes do mundo?
Par ouvir a Deus é preciso “levantar as orelhas para o alto”, fazer silêncio, mergulhar na calma, contemplar as coisas e os acontecimentos, lê-los por dentro..., porque em cada criatura ou acontecimento, olhando bem, vê-se o rosto de Deus, ouve-se sua voz: é precisamente nisto que consiste a fé, nisto consiste ouvir a Palavra de Deus.
A fé é muito mais do que acreditar no que aprendi no catecismo, no que a Igreja me “ensina”.
A fé é, antes de tudo, atenção amorosa à Palavra do Pai: ela vem a mim por meio de Jesus e da sua Igreja, sob a guia do Espírito Santo.
Para isso, exige-se silêncio, saber ouvir, saber olhar, saber contemplar, porque também os olhos “ouvem” o que Deus diz.
“O justo viverá pela fé” (Romanos 1,17), diz São Paulo.
Minha vida de discípulo/a de Jesus se resume nisto: ouvir a Palavra de Deus e fazer o possível para colocá-la em prática em cada dia.
É assim que viverei a “vida eterna”, a vida divina que Deus me comunicou no batismo.
Tudo o mais que faço em termos de prática da religião tem este objetivo: viver pela fé, viver a vida de Deus.
Isto supõe que eu preste atenção à sua Palavra; que eu volte atentamente “as orelhas para o alto”, como o jegue de Ribeirão do Pinhal.








5- Coerência batismal.

Eu tinha 10 anos e queria ser padre. Com essa pouca idade, fui morar na casa paroquial com os Salesianos de Rio dos Cedros (SC) que respondiam pela paróquia da minha terra.
Eram o P. Marcílio Lobo, paulista, pároco; P. João Delsale, gaúcho, vigário paroquial; e o Irmão Vicente Mola, italiano, sacristão e serviços gerais.
Eu ajudava como sabia e podia: era coroinha, tocava os sinos, servia à mesa, fazia de “office boy” para o que desse e viesse; em particular, cuidava das “conduções” dos padres: o cavalo do P. João e a mula do P. Marcílio...
Em redor da igreja era tudo verde; crescia uma graminha bonita e apetitosa; era ali que os dois animais pastavam.
A mula, mais “inteligente” que o cavalo, descobriu que na entrada da igreja havia duas pias de água benta.
Além de benta, a água era levemente salgada para não se corromper, como mandava a praxe.
A mula adorava aquela aguinha com sabor de sal, enxugava as pias; sentia-se feliz por matar a sede no templo do Senhor, sob o olhar complacente da Imaculada Conceição, padroeira da paróquia. Assim era.
Entretanto, por mais água benta que tenha bebido, ela nunca se tornou cristã...
A mula do P. Marcílio me faz pensar em certas pessoas que bebem da água viva que brota do coração de Cristo, nunca, porém, se tornam realmente cristãs.
Essa água viva é mais do que tudo, a vida divina que invade todo o nosso ser – corpo e alma – no momento do batismo. 
A vida divina me faz um “pequeno deus”. Estou, porém, consciente disso?
Eis toda a questão: ter consciência, ser coerente, viver sabendo e querendo o que Deus quer de mim.
Há pessoas que, ao longo da vida, “bebem” abundantemente de tudo o que sabe e cheira a religião.
Pode-se dizer que vivem “bebendo água benta”, nunca, porém, se tornam realmente cristãs.
Por que será?
Antes de tudo, porque o batismo não tem incidência na vida delas.
Foi um acontecimento da infância que, aos poucos, se desfez nas brumas do tempo; dele sobrou – se sobrou – a lembrança que jaz amarelada no fundo de alguma gaveta, não penetrou, porém, no profundo do coração.
Hoje, haveria uma conversão geral em nossa Igreja – em nosso Brasil! -, se a multidão de batizados retomasse o caminho do próprio batismo e enveredasse pela estrada que leva ao centro do coração.
O que encontraria ali?
Encontraria todos os dons divinos que o batismo nos propicia: não são poucos, nem pequenos.
De fato, pelo batismo:
- É aniquilado em nós o pecado original.
- Vem morar em nosso corpo e em nossa alma a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
- É infundida em nós a vida divina que nos torna filhos/as de Deus.
- Recebemos as virtudes da fé, esperança e caridade que permitem que entremos em comunhão com o próprio Deus.
- Recebemos também os dons do Espírito Santo que “divinizam” nossa inteligência, vontade e liberdade.
- Somos “enxertados” em Jesus Cristo ressuscitado e formamos com Ele um só Corpo, um só Povo de Deus, uma só Igreja: passamos a pertencer à comunidade dos discípulos/s de Jesus.
- É impresso em nós o “caráter”, isto é, a marca de nossa pertença a Cristo Senhor.
Tudo isto é obra do batismo.
Você está consciente disto?
Pensa nisto de vez em quando?
Procura viver coerentemente com toda essa realidade viva e divina que carrega em seu coração?
Toda a água divina que você “beber” ao longo da vida deve servir para viver a realidade do batismo, que é a vida divina.
Palavra de Deus, oração, eucaristia, reconciliação, devoção a Nossa Senhora, práticas religiosas..., tudo só tem sentido se for para viver como filho/a de Deus, produzindo as obras de Deus, amadurecendo os frutos do Espírito, particularmente o amor aos irmãos/as.
Percebe, então, que, para ser católico autêntico, não bastam práticas religiosas, por mais abundantes e bem feitas que sejam.
É preciso que elas se transformem em vida cristã concreta no caminhar de cada dia.
Todas essas coisas são meios para alcançar o objetivo maior, que é viver a mesma vida de Deus que, depois da morte, se expandirá na vida eterna gloriosa e feliz.
Bento XVI disse: “O nosso futuro é a vida eterna”.
Mas a vida eterna começa no batismo e deve ser vivida todos os dias.
Para alimentá-la é que “bebemos” da água viva que Jesus, por meio de sua Igreja e do Espírito Santo, nos oferece todos os dias.
Não faça como a mula do P. Marcílio; beba, sim, beba o mais que puder, mas esforce-se para ser, o mais que puder, cristão/a, filho/a de Deus, irmão/a de todos.
Faça do seu batismo seu ponto de partida, seu esforço de caminhada, sua meta de chegada. Então será um autêntico discípulo/a de Jesus, um autêntico membro da Igreja.
Não basta “beber água benta”!









6- Ser Igreja.


Quem desce de Campos do Jordão (SP), a cidade mais alta do Brasil (1.700 m), quando chega ao pé da montanha, olhando à direita, vê ao longe sobre um pequeno monte uma árvore solitária.
Alta, esbelta, abre sua copa para o céu, destaca-se no horizonte, já foi fotografada como um cartão postal..., mas está sozinha!
Humm, isso não é bom.
Veja o que, um dia, num lugar distante, aconteceu. Um homem plantou árvores na encosta de uma montanha. Eram plantinhas frágeis, mal podiam se manter de pé.
Uma delas olhou em redor e disse – Eu aqui no meio das outras? Quem vai olhar para mim, perdida no meio de tantas colegas, por sinal, todinhas iguais? Vou-me embora daqui. Vou “me plantar” no alto daquela outra montanha: lá todo mundo vai me ver!
E foi...
As árvores cresceram, a montanha se cobriu de verde, um espetáculo majestoso.
A árvore solitária também cresceu e se deleitava consigo mesma, dizendo: – Todo mundo olha para mim! Quem distingue “alguma” árvore no meio daquela floresta do outro lado da montanha?
E a árvore estava feliz em sua solidão...
Veio uma tempestade: vento, trovões, raios, chuva, a floresta baloiçava, se contorcia... mas, as árvores, uma se apoiando nas outras, todas ficaram de pé.
Passado a tempestade, a floresta inteira voltou-se para o outro lado da montanha.
As árvores, aflitas, se perguntavam: – O que será que aconteceu com nossa amiga solitária?
Lá estava ela: jazia no chão, raízes à vista, tronco partido, galhos quebrados, desfolhada.
A solidão a tinha matado!


Aprenda a lição: você não é cristão/a sozinho, discípulo/a solitário; você faz parte da “floresta” da Igreja, você é membro do Corpo Místico de Cristo, você ajuda a compor o Povo de Deus.
Nós, batizados, não somos cristãos cada um por si.
Somos cristãos porque, pelo batismo, fomos “enxertados” no Corpo de Cristo, agregados à comunidade de Jesus.
Não somos “ilhas”, não somos “piões” que giram em torno de si mesmos, não vivemos cada um dentro da “própria toca”.
Aos membros da nossa Igreja falta muito a consciência de “ser Igreja”, de trabalhar como Igreja, de rezar como Igreja, de viver como Igreja.
Mesmo vivendo cada um a sua vida, todo o batizado/a está solidariamente unido a Jesus e a todos os que, pelo batismo, estão unidos a Jesus.
Isto é o que se chama “comunhão dos santos”, como dizemos no Creio: “Creio na comunhão dos santos”; santos, aqui, são todos os batizados, os que estão unidos a Jesus.
Isto é impossível de ser deletado: de dia e de noite, dormindo ou acordados, comendo ou passeando, estudando ou trabalhando, sofrendo ou nos divertindo, estamos sempre “juntos”.
Como ensina S. Paulo: “Quer na vida, quer na morte, pertencemos ao Senhor” (Romanos 14,7).
Pode-se também dizer: “Quer na vida, quer na morte, pertenço ao Corpo de Cristo, ao Povo de Deus, à comunidade da Igreja.
Somos “floresta eclesial, crística”, não árvores solitárias!
Há muito individualismo na Igreja. Há muitas pessoas que se sentem cristãs por conta própria: vivem “sua” religião sem tomar consciência de que não estão sozinhas; fazem “sua” oração, “suas” promessas, “suas” romarias, acendem “sua” vela, buscam os “seus” sacramento, pedem “suas” graças... tudo individual, tudo individualista, nada comunitário, nada eclesial.
São árvores solitárias!
Sem dúvida, sou “uma” pessoa, sou “um” indivíduo, tenho “meu” relacionamento com Deus. Não esqueça, porém, que se não existissem as outras pessoas, os outros indivíduos, como é que você saberia que é pessoa, que é indivíduo? Os outros são como o espelho de cada um de nós: sem eles, nem saberíamos quem somos, nem seríamos o que somos.
Aprenda, pois, esta lição. Aprenda a ser Igreja, a viver como Igreja, a rezar como Igreja. Aprenda a dizer: “Pai, nosso... Venha a nós o vosso Reino... O pão nosso... Perdoai-nos as nossas ofensas... Não nos deixeis cair... Livrai-nos do mal”: tudo no plural!
Cada um de nós é plural! Fazemos parte da floresta. Não teime em ser árvore solitária: uma tempestade acabará com você!
*****

7- Leigos e Leigas


Você conhece os Relatos de um Peregrino Russo? É um livro admirável, de autor desconhecido do século 19.
Um desses livros que a gente lê de um só fôlego e que tem sempre vontade de reler.
No Brasil foi publicado pos mais de uma editora católica.
O texto completo abrange sete relatos e é conhecido no mundo inteiro sob o título de O Peregrino Russo.


O livro começa assim: “Pela graça de Deus, sou homem e cristão; pelas ações, grande pecador; por estado, peregrino sem abrigo, da mais baixa condição, sempre vagando ao léu da sorte. De meu, tenho às costas uma sacola de pão seco, no meu casaco a santa Bíblia, e eis tudo”.
Admirável síntese!
O antigo Catecismo da Primeira Comunhão começava mais ou menos da mesma maneira. Pergunta – És cristão?
Resposta – Sim, sou cristão pela graça de Deus.
Como você vê, tanto o Peregrino Russo quanto o Catecismo insistem em que é por graça de Deus que você é cristão.
Que graça é esta?
A graça do batismo, expressão da fé que, por sua vez, é graça de Deus.
A graça do batismo me faz cristão, discípulo/a de Cristo, membro do Povo de Deus.
Povo, em grego, se diz laós; daí vem a palavra leigo.
Precisamente esta é a melhor definição de leigo: a pessoa que, pelo batismo, pertence ao Povo de Deus, à Igreja.
O Povo de Deus não é um agregado caótico, mas uma comunidade organizada (o que é próprio da natureza das coisas deste mundo).
Eis a razão pela qual, nele, há pastores, ou seja, pessoas que têm responsabilidades especiais na comunidade.
Essas responsabilidades, especificamente, por disposição do próprio Cristo, consistem em anunciar a Palavra de Deus, santificar os fiéis por meio dos sacramentos e pastorear (governar) o rebanho de Jesus.
Entre os pastores há certa diversidade, aliás, necessária para atender ao bem de todo o conjunto: há bispos, presbíteros (padres) e diáconos; à frente de todo o povo de Deus, está o papa, bispo de Roma.
A esses pastores, com o tempo, deu-se o nome de clérigos, para diferenciá-los dos leigos.
A palavra clérigo vem do grego kleros e significa sorte, herança (herança por sorte).
Quando foi feita, por sortes, a distribuição da Terra Prometida entre as 12 tribos de Israel, Josué disse: “Não haverá parte alguma para os levitas, entre vós, porque a sua herança é o sacerdócio do Senhor” (Josué 18,7).
De fato, a tribo de Levi tinha como missão unicamente o serviço do culto no Templo e devia ser mantida pelo dízimo dos outros membros do povo escolhido.
Eis então o sentido de clérigo: aquele que se dedica unicamente ao serviço do Senhor.
Essa qualificação lhe é conferida pelo sacramento da Ordem.
Na organização do Povo de Deus, aos clérigos são equiparados os religiosos/as, isto é, pessoas consagradas a Deus pelos votos de pobreza, castidade e obediência, com aprovação da Igreja.
Dessa forma, o Povo de Deus se compõe de leigos e clérigos (religiosos/as).
Os leigos são a maioria absoluta.
O mais importante, porém, é que todos (leigos e clérigos) são cristãos pela graça de Deus.
Isso, porém, não anula o fato de haver diversidade de tarefas para leigos e para clérigos.
Na realidade, pelo batismo, todo leigo é constituído sacerdote, profeta e pastor (rei): é o que se costuma chamar de sacerdócio dos fiéis.
Realmente, pela união com o Senhor Jesus (Cabeça do Corpo Místico), todo o batizado/a participa de sua missão de sacerdote, profeta e rei.
Participa a seu modo, como diz o Concílio Vaticano II, diversamente da maneira de participar dos que receberam o sacramento da Ordem.
O que caracteriza especificamente os leigos/as é sua índole secular (o mundo das realidades temporais), ao passo que aos clérigos cabe o sagrado ministério.
Diz o Concílio: “É específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no século, isto é, em todos e em cada um dos ofícios e trabalhos do mundo. Vivem nas condições ordinárias da vida familiar e social pelas quais sua existência é como que tecida. Lá são chamados por Deus para que, exercendo seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, a modo de fermento, de dentro, contribuam para a santificação do mundo” (Lumen Gentium 31).
É importante observar que, se há diversidade de tarefas específicas para leigos e clérigos, a missão da Igreja é única, e todos colaboram na mesma missão.
O Concílio enumera, em particular, os objetivos a serem visados com a participação dos leigos: a evangelização e santificação das pessoas, a reforma da ordem temporal e a ação caritativa, considerada o segredo do apostolado cristão.
Os campos do apostolado leigo apontados pelo Concílio são as comunidades da Igreja, a família, o ambiente social e o âmbito nacional e internacional.
As modalidades de colaboração são sem número: todas exigem uma sadia espiritualidade cristã.
Graças a Deus, a partir do Concílio Vaticano II (anos 60), cresceu enormemente a consciência da Igreja a respeito dos leigos, a consciência dos próprios leigos/as e sua participação na missão de transformar o mundo.
Há um grande esforço e entusiasmo na participação da ação pastoral da Igreja: pessoas, grupos, pastorais, associações, movimentos...
Isto mudou muito o conceito de Igreja, modificou substancialmente a maneira de trabalhar do clero, embora haja ainda um longo caminho a percorrer.
Não se deve esquecer, porém, que o lugar mais imediato onde a Igreja espera a colaboração dos leigos/as é a família, a sociedade em geral, o mundo do trabalho, a política, a cultura, enfim, as chamadas realidades terrenas.
Num documento de João Paulo II sobre os leigos/as (Christifideles Laici), ele chama a atenção para a importância de os leigos darem prioridade à transformação das realidades terrenas segundo o Evangelho, sem descuidar sua família e a própria profissionalização.
O certo, porém, é que, sendo a Igreja, em sua imensa maioria, composta de leigos/as, o mundo seria muito mais pagão sem eles, o Evangelho ficaria confinado a pequenos grupos e Jesus seria muito menos conhecido e seguido.
Destaque-se, em particular, a presença e ação das mulheres que, por natureza, parecem mais sensíveis a certas realidades evangélicas e eclesiais.
Sem elas, muitas famílias não seriam o que são, muitas comunidades não vibrariam como vibram, muitas pastorais, associações e movimentos não teriam o vigor que têm.
O fato é que Deus, que poderia salvar o mundo sozinho, resolveu precisar de todos nós: leigos/as, religiosos/as e clérigos.
Para todos e para cada um/a há um trabalho, pequeno ou grande, simples ou complexo, na vinha do Senhor.
Para todos e cada um/a haverá também um prêmio à espera de quem foi servo/a bom e fiel no muito e no pouco.
“Sim, sou cristão pela graça de Deus”. Que esta verdade se torne realidade em todos os dias da sua vida: isto quer dizer, como inculca o Documento de Aparecida, tornar-se cada dia discípulo missionário de Jesus. É o que Ele espera, seja lá o que você for na Igreja de Deus.
*****










8- Padres

Ao longo de meus anos de bispo tive a felicidade de conferir o sacramento da Ordem a muitos diáconos e padres: fazendo as contas, são 75 padres ordenados por mim até agora.
Cada vez que tenho a alegria de impor as mãos a um padre novo, sinto no coração um não sei quê feito de emoção, mistério e saudade, que se prolonga por vários dias.

“Só no céu compreenderemos o que é o sacerdote”, dizia S. João Maria Vianney, o Cura d’Ars, patrono dos párocos (e de todos os padres).
Sim, ordenar um padre é como chegar pertinho do céu: sente-se a alegria, a felicidade dos eleitos, participa-se da festa dos anjos e dos santos.
Quando o Filho de Deus, se tornou Homem no seio de Maria (foi então que se tornou Sumo e Eterno Sacerdote), lá estava um arcanjo, Gabriel, testemunha silenciosa da alegria pela chegada do Messias.
Quando, porém, Jesus nasceu em Belém, o Evangelho diz que pairava no ar uma multidão de anjos que cantavam “Glória a Deus nas alturas”, pois havia grande festa no céu.
Pergunto se não haveria festa no céu também quando Jesus se torna presente no meio de nós num padre novo?
Sem darmos peso demasiado às palavras, não é isso uma espécie de “nova encarnação” de Jesus?
Como, pois, não sentir no ar o perfume, as melodias, os cânticos dessa festa celestial?
E não é só o bispo ordenante que se dá conta de que algo divino aconteceu no coração do novo consagrado.
Todos sentem essa realidade: em primeiro lugar, o padre novo; depois, seus familiares, parentes, amigos, os convidados, os jovens, particularmente os jovens...
Terminada a ordenação, tem-se a impressão de acordar de um sonho. Todos querem abraçar o padre novo, beijar-lhe as mãos ainda perfumadas pelo óleo da unção sagrada.
Realmente, volta-se para casa com saudades do céu.
A festa fica na memória, no coração, muitas vezes até o fim da vida.
Realmente, só no céu entenderemos o que é o sacerdote.
Nós, padres, olhando para nós mesmos, não conseguimos nos entender.
Somos um mistério, em primeiro lugar, para nós mesmos.
Por isso, como padre, antes de tudo, eu devo fazer um ato de fé em mim mesmo: pela imposição das mãos e da oração consecratória do bispo, eu me tornei uma pessoa diferente.
Como posso ter a coragem de dizer: “eu te absolvo dos teus pecados”, “isto é meu corpo... isto é meu sangue”? Donde me vem tal poder?
Ora, se eu creio que os pecados, por meio de mim, foram realmente perdoados; que o pão e o vinho, pelas minhas palavras, de fato se tornaram o Corpo e o Sangue de Jesus, também devo crer que eu sou uma pessoa diferente.
Isto exige de mim um verdadeiro ato de fé!
Por isso, ao longo da vida, o padre necessita constantemente – eu diria, diariamente – de renovar sua consciência a respeito dessa diferença, não para se envaidecer, mas para não perder a dimensão divina de si mesmo.
Quando o padre perde essa consciência, também começa a duvidar de sua vocação e, muitas vezes, acaba afundando...
Não sem motivo S. Paulo recomendava a Timóteo: “Eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (2 Timóteo 1, 6).
A consciência sacerdotal também se deteriora quando o padre – quem sabe, até levado por boas intenções –, se identifica com o mundo que ele deve salvar.
Sabemos que “o mundo está posto no maligno” (João 5, 19); e, como disse Jesus, referindo-se a “seus padres”, os apóstolos: “Eles estão no mundo, mas não são do mundo” (João 17, 16).
Proximidade com as pessoas não significa assumir comportamentos que o padre, como representante de Jesus, deveria corrigir em vez de adotar: “Tudo é bom, mas nem tudo me convém”, ensina S. Paulo (1 Coríntios 6, 12).
Realmente, no padre, tudo depende de sua consciência sacerdotal.
Dom Bosco dizia de si mesmo, que era padre, sempre padre: padre no altar, padre na rua, padre com seus meninos pobres, padre com os ministros do governo, sempre padre. Nem por isso deixava de ser popularíssimo!
Mas, voltemos ao mistério que somos nós.
Olhando para dentro de nós, padres, às vezes nos sentimos indignos de tamanho dom celestial.
Quem sou eu, afinal, para merecer tanta confiança da parte do Senhor?
O que Ele viu em mim para me chamar, quando o mundo está repleto de santos?
Mais ainda indignos nos sentimos, se considerarmos as limitações do exercício do nosso ministério, as lacunas, os passos em falso, as omissões...
Só Deus conhece a história verdadeira de cada padre.
Apesar disso, o dom de Deus é irrevogável; Deus não se arrepende de suas graças.
E faz mais: vai costurando nossos pedaços de vida com o fio de ouro de sua misericórdia.
Ele recompõe nossa vida, desde que, como Pedro no pretório, veja brilhar em nossos olhos as lágrimas do arrependimento.
Devemos ser agradecidos por esse fio de ouro que nos unifica.
Mas, qual será a melhor forma de sermos agradecidos?
Sem dúvida, celebrar a Eucaristia, que significa precisamente ação de graças.
Aliás, em última análise, como diz o ritual da ordenação, o padre existe em função da Eucaristia.
Tudo o que na Igreja se faz para evangelizar conduz ao altar do Senhor, porque é ali que se realiza o encontro entre Deus e os seres humanos, é ali que se realiza em profundidade a Igreja, a comunhão de todos com Jesus e dos batizados entre si.
De fato, a Eucaristia sintetiza toda a obra de Deus pela salvação do mundo e toda a redenção de Jesus.
Como diz muito bem o salmo: “O que retribuirei ao Senhor por todo o bem que Ele me fez? Erguerei o cálice do Senhor, invocando o seu Nome” (Salmo 16, 11-12).
É isso mesmo.
Não há melhor meio para agradecer ao Senhor a vocação sacerdotal do que a Eucaristia – celebrada diariamente, como tanto recomenda a Igreja –, celebrada conscientemente, santamente.
Uma vez li uma frase que me deixou forte impressão: “Se você, padre, vacila, agarre-se ao altar da Missa e terá forças para não cair”.
É verdade, nós, padres, existimos para a Eucaristia e é na Eucaristia que está toda a nossa força.
Você que é padre, neste ANO SACERDOTAL diga com frequência: Obrigado, Senhor, pelo meu sacerdócio! E procure ser digno de dele!








9- Religião, o que é?


Um dia, em Angola (África), entrei numa igreja.
Num dos altares laterais havia uma imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Diante dela, uma mulher rezava; falava a meia-voz, todos podiam escutar; confesso, fiquei escutando...
A mulher dizia: “Nossa Senhora, se você der um jeito no meu marido, que bebe, eu vou Lhe dar este dinheirinho aqui neste altar”.
E mostrava a Nossa Senhora algumas moedas...
A Santa Mãe de Deus deve ter sorrido.
Nós também sorrimos... e perdoamos a ingenuidade da pobrezinha, mas não podemos ignorar a lição “em negativo”. Religião não é comércio!
O que é, pois, Religião?
Aprendamos do mesmo Deus!
“Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6,4).
Estas palavras são a base da Aliança entre Javé e o povo de Israel.
Valem para nós também.
De fato, em nossa profissão de fé, dizemos: “Creio em um só Deus”; realmente, não existem outros deuses.
Se Deus é nosso único Senhor e nós somos seus filhos/as, é de esperar que, por palavras e atitudes, demonstremos que Ele é realmente o nosso Deus.
Cabe-nos, portanto, antes e acima de tudo, amá-lo e adorá-lo: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Deuteronômio 6,4-5).
- Como devo tratar a Deus enquanto meu único Senhor?
- Da forma que Ele merece.
É precisamente a essa “forma” de relacionamento com Deus que damos o nome de religião.



Eis aqui algumas formas de atos religiosos:
- a adoração: ela consiste em reconhecer a Deus como nosso Criador, Pai, Salvador, Senhor de tudo o que existe, Amor infinito e misericordioso;
- a oração: ela exprime, por pensamentos, afetos, palavras e atos, nosso louvor, nossa ação de graças, nossos pedidos de ajuda e nosso arrependimento pelos pecados;
- o sacrifício: é um gesto ritual que assume formas diversas, para dizer a Deus nosso louvor, nossa submissão, nossa humildade, nosso pedido de perdão. Sacrifício perfeito foi o de Jesus na cruz; nossos sacrifícios se unem ao dele para prestar culto ao Pai;
- as promessas e os votos: são formas diversificadas de nos comprometermos com Deus a realizar esta ou aquela obra de bem em sua honra.
É por meio dessas atitudes concretas (há outras) que você presta culto a Deus, ou seja, que pratica a religião.
A religião pode ser expressa tanto por atos exteriores quanto por atos interiores (no seu íntimo).
Os atos exteriores podem se tanto particulares quanto públicos, individuais ou comunitários, de ordem pessoal ou de ordem litúrgica (oração oficial da Igreja).
Seja qual for o ato religioso praticado, a religião sempre consiste em conhecer e reconhecer (veja bem: não só conhecer, saber, mas também reconhecer na prática) que Deus é nosso Criador e Pai.
Note, porém, que a alma de toda a religião é o amor com que você responde ao amor de Deus por você.
Se faltar essa alma, a religião é vazia de sentido, é pura encenação.
Daqui se deduz que a religião também pode ser deturpada.
Isto acontece de várias maneiras:
- quando ela é puramente formal, isto é, feita só de exterioridades, ritualismo, aparências;
- quando se torna comercial, ao pretender barganhar com Deus algum favor, “comprar” alguma graça;
- quando ela se corrompe por prestar a Deus um culto inadequado, inconveniente;
- quando ela é falsa, por não se dirigir ao verdadeiro Deus ou então por lidar com um conceito equivocado de Deus.
Diante dessas possibilidades negativas, Deus, compadecido de nós, revelou-nos, particularmente por meio de seu Filho Jesus, como devemos amá-lo e prestar-lhe culto.
Por isso, seguindo Jesus (cuja Palavra, hoje, nos é transmitida por sua Igreja), saberemos também como convém prestar culto, praticar a religião.
Jesus nos ensina a verdadeira religião.
Mais ainda, Ele é a verdadeira religião.
Por que? Porque, Filho de Deus feito Homem, Ele encabeça a humanidade em tudo (menos no pecado), portanto, também no culto a Deus.
Assim, toda a humanidade, em Jesus, acolhe o amor do Pai e, por Ele, retribui amor e adoração ao Pai.
Não é sem motivo que toda nossa oração termina pelas palavras: Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho...
E, na celebração da Eucaristia, o celebrante oferece ao Pai o Corpo e o Sangue de seu Filho, dizendo: Por Cristo, com Cristo e em Cristo...
Além disso, Jesus é o verdadeiro Templo de Deus (cf. João 2, 19-22).
Ora, nós estamos “dentro’ desse Templo, pois pelo batismo nos tornamos membros do Corpo de Cristo.
Assim, estamos sempre unidos a Jesus e fazemos nossa sua oração, fazemos nosso seu sacrifício.
Nele, estamos todos nós; por isso, Jesus é a nossa verdadeira religião.
Tenha consciência disto.
Pratique a verdadeira religião.
Lembre-se que a religião é para servir a Deus, não para se servir de Deus em função dos próprios interesses ou caprichos.
Sirva a Deus desinteressadamente, por amor, unicamente por amor.

*****


























































São José, rogai por nós!
NOSSA SENHORA, Mãe das Dores e de Misericórdia, que a luz que emana das chagas gloriosas de Vosso Filho Jesus, destruam as forças de nossos inimigos pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, AMÉM!



Links
•    http://www.eliomardelima.blogspot.com
•    http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Indice.asp?RedaSel=5&CategSel=16&PagN=1
•    http://www.paroquiasantoafonso.org.br
•    Comunidade Shalom
•    Comunidade Face de Cristo
•    http://www.cancaonova.com/
•    http://www.redevida.com.br/
•    http://www.caritasbrasileira.org/
•    http://cnbb.org.br
•    http://arquidiocesedefortaleza.org.br
•    www.ciscodoamor.blogspot.com
•    www.doce-jesus.blogspot.com
•   

PEQUENA SÍNTESE DE VIDA CRISTÃ
" Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; seguí-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou."

Bispos na Conferência de Aparecida

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

SALMOS (Bíblia da CNBB):

1ª Carta de São João, capítulo 04: (Bíblia da CNBB)

I São João, 4
1. Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo.
2. Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: de Deus é todo espírito que professa Jesus Cristo que veio na carne.
3. E todo espírito que se recusa a professar Jesus não é de Deus: é do Anticristo. Ouvistes dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.
4. Filhinhos, vós sois de Deus e vencestes aos que são do Anticristo. Pois em vós está quem é maior do que aquele que está no mundo.
5. Eles são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvido.
6. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro.
7. Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus.
8. Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor.
9. Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos a vida por meio dele.
10. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados.
11. Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros.
12. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nos e seu amor em nós é perfeito.
13. A prova de que permanecemos nele, e ele em nós, é que ele nos deu do seu Espírito.
14. E nós vimos, e damos testemunho: o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15. Todo aquele que professa que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
16. E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.
17. Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em que tenhamos firme confiança no dia do julgamento; pois tais como é Jesus, somos nós neste mundo.
18. No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor.
19. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro.
20. Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê.
21. E este é o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também seu irmão.

domingo, 16 de maio de 2010

10- Sinais da salvação: os Sacramentos:

Você já reparou que a nossa vida é feita de sinais?
Seria capaz de contar quantos sinais você emite num só dia?
Da cabeça aos pés, o corpo está sempre sinalizando alguma coisa.
O rosto sinaliza, os olhos sinalizam, a boca sinaliza, a cabeça sinaliza, tudo em nós sinaliza.
É impossível viver sem sinais.

É por meio de sinais que nos comunicamos.
Comunicação é vida!
Quem não se comunica... é porque está morto!
Observe um defunto: silêncio, nada se mexe, tudo parado...
A ausência de sinais é o único “sinal” que ele transmite: a vida acabou.
É a morte!
Os nossos sinais são sinais de vida humana (os animais têm os seus, os vegetais também, até os minerais os têm).
Ora, a vida “divina” também precisa de sinais.








Estranho?
Não, pois Deus quis que a sua salvação (que é divina) pudesse ser “vista, ouvida, tocada, sentida, conhecida” por nós, que somos humanos.
Este é o sentido de o Filho de Deus ter-se tornado ser humano.
Tudo o que Ele fez por nós “divinamente” foi revestido de sinais humanos para que nós pudéssemos perceber e compreender a salvação; do contrário, como poderíamos saber?
Toda esta conversa é fundamental para que você compreenda o que são os sacramentos.
Os sacramentos, o que são, para que servem, como se recebem?
É por meio deles que Jesus nos santifica e salva.
Acha que é pouco?
E para começar, não esqueça: os sacramentos são feitos de sinais por meio dos quais chega até nós a salvação.
Antes de tudo, você precisa compreender o plano de Deus para nos salvar.
Ele pode ser resumido assim: Deus, Pai de bondade e misericórdia, enviou ao mundo seu Filho.
Jesus que, em tudo, foi igual a nós, menos no pecado, deu sua vida por nós na cruz, ressuscitou, comunicou o Espírito Santo a seus discípulos/as no Pentecostes.
A Igreja, obedecendo à ordem de Cristo de evangelizar o mundo, levou (e continua a levar) adiante, na força do Espírito, o plano de salvação do nosso Pai.
Jesus, por sua vez, prometeu ficar conosco até o fim dos tempos.
Você pode estranhar e perguntar: por que foi assim?
Não poderia ter sido diferente?
Deus não podia ter-nos salvo sem que o Filho se fizesse Homem e, mais ainda, sem que Ele tivesse que enfrentar a morte dolorosa na cruz?
Sem dúvida.
Entretanto, o Pai julgou mais oportuno que fosse assim.
Foi vontade sua que, da mesma forma que o ser humano, feito de carne, pecou, também a salvação chegasse a nós por meio da carne humana.
Sim, foi por meio da humanidade (corpo e alma) de Jesus que o mundo foi salvo e é por meio dela que a salvação continua a chegar até nós.
Se é verdade que, na ressurreição, Jesus se tornou invisível, hoje Ele se torna visível e age por meio de sua Igreja, particularmente de seus sacramentos.
A palavra “sacramento” vem de sacro ou sagrado, e significa ação ou celebração sagrada.
Do ponto de vista visível, essas ações sagradas se compõem de sinais, isto é, de palavras, gestos, coisas e pessoas (ministros).
Do ponto de vista invisível, elas produzem efeitos espirituais de santificação e salvação (graça) operados por Jesus em favor de quem delas participa.
Assim, todo sacramento é um encontro pessoal com Jesus Ressuscitado que age por meio da Igreja.
Evidentemente, isso só é possível para quem tem fé.
Sem fé, os sacramentos não têm sentido.
Espero que você ainda lembre quais são os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação, eucaristia, penitência ou reconciliação, unção dos enfermos, ordem e







matrimônio.
São sete, nem mais nem menos, por que?
Creio que se pode dizer que são sete porque correspondem a sete situações fundamentais da vida humana: o nascimento, o crescimento, o alimento, os erros cometidos, a doença, o casamento e, na Igreja, a necessidade de ministros:
- ao nascimento corresponde o sacramento do batismo;
- ao crescimento, a crisma;
- ao alimento, a eucaristia;
- aos nossos erros, a reconciliação;
- às doenças, a unção dos enfermos;
- ao casamento e à família o matrimônio;
- ao ministério na Igreja, a ordem.
É bom saber também que os sacramentos podem ser distribuídos em três pequenos grupos:
- sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia);
- sacramentos de cura (penitência e unção dos enfermos);
- sacramentos do serviço e da comunhão (matrimônio e ordem).
Além disso, alguns sacramentos imprimem caráter, ou seja, uma espécie de carimbo, de marca, que identifica a pessoa com Cristo.
O caráter permanece em nós também como disposição para recuperar a vida divina quando perdida pelo pecado; como garantia do amor fiel de Deus para conosco; como vocação ao culto divino e ao serviço da Igreja.
O caráter é indelével, isto é, nem o pecado o apaga.
São três os sacramentos que imprimem caráter: o batismo, a crisma e a ordem.
Por incrível que pareça, os sacramentos nos transmitem a salvação por meio de ritos muito simples.
O rito dos sacramentos é feito de sinais apropriados (foram citados acima) para significar aquela graça (dom) divina específica que cada um deles nos comunica.
Além das palavras apropriadas usadas pelo ministro em cada sacramento, os outros sinais são:
- no batismo, a água;
- na confirmação, a imposição das mãos e o óleo do crisma;
- na eucaristia, o pão e o vinho;
- na reconciliação, a confissão e o arrependimento dos pecados;
- na unção dos enfermos, o óleo dos enfermos;
- na ordem, a imposição das mãos;
- no matrimônio, o consentimento dos noivos.
O ministro de cada sacramento varia conforme o caso:
- para o batismo, o padre (em caso de urgência, qualquer pessoa, contanto que tenha a intenção de fazer o que a Igreja faz quando batiza);
- para a crisma, o bispo (excepcionalmente ele pode delegar um padre);
- para a eucaristia, a reconciliação e a unção dos enfermos, o padre;
- para a ordem, só o bispo;
- para o matrimônio, os próprios noivos.
Do ministro se exige que realize com exatidão o rito prescrito pela Igreja e tenha a intenção de querer o que a Igreja quer quando administra tal sacramento; do contrário, já não se trata do que Cristo quis por meio dos sacramentos, e o sacramento é nulo.
Como é fácil perceber, os sacramentos não produzem todos o mesmo efeito; se assim fosse, bastaria um só sacramento.
Jesus providenciou um sacramento para cada uma das situações humanas mais decisivas, como vimos.
Cada sacramento produz uma graça própria que nos santifica naquela situação específica que estamos vivendo:
- pelo batismo, somos purificados do pecado original e nos tornamos filhos/as de Deus;
- pela crisma ou confirmação nos é comunicado de modo especial o Espírito Santo;
- pela eucaristia participamos do sacrifício de Jesus e recebemos seu Corpo e Sangue;
- pela penitência ou reconciliação são perdoados os nossos pecados;
- pela unção dos enfermos nos tornamos semelhantes ao Cristo sofredor e adquirimos forças para suportar a enfermidade;
- pelo matrimônio cria-se entre os esposos um vínculo perpétuo e exclusivo em função da comunhão familiar;
- pela ordem, o ordenado torna-se semelhante a Cristo profeta, sacerdote e pastor.
Como você vê, Jesus se põe ao nosso lado em cada situação da nossa vida a fim de nos ajudar a viver conforme Ele nos ensinou.
É dessa maneira, isto é, por meio dos sacramentos, que Ele continua a nos santificar e salvar.
Se você quiser receber com fruto os sacramentos, é preciso ter grande fé, do contrário perdem o sentido.
Os sacramentos nos inserem sempre mais na comunhão da Igreja e nos comprometem com sua missão.
Não podem ser só um meio de ir para o céu; já a partir deste mundo devem levar-nos a anunciar e construir o Reino de Deus.
Além disso, eles alimentam e fazem crescer em nós a vida divina, a fé, a esperança e a caridade.
Recebendo-os com a devida preparação, eles nos fazem viver como verdadeiros discípulos/as de Jesus, de acordo com seu Evangelho.
Receber os Sacramentos e depois não ser coerentes com eles é brincar com Deus. Deus sempre nos leva a sério; nós também precisamos levar a sério Deus e seus meios de salvação.
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Para conhecer melhor os sacramentos, cf. HILÁRIO MOSER, Os sacramentos: O que são? Para que servem? Como recebê-los?, Editora Salesiana, São Paulo, 2006.

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