PARÓQUIA SÃO JOSÉ de TUPI – DIOCESE DE PIRACICABA – SP

Rua São José, 163 - Tupi – CEP 13.428-421 - Fone: (19) 3438-7146 - e- mail: saojosedetupi@diocesedepiracicaba.org.br e psaojosetupi@hotmail.com

Criação: 10/01/2011 - Instalação: 06/02/2011 - Região Piracicaba II

MISSAS (na Matriz) aos domingos - às 08 e 19 horas

Pároco: Pe. Renato Luís Andreatto

SITE OFICIAL - (Fotos dos eventos): (http://www.paroquiasaojosedetupi.com.br/

CAPELAS:

Nossa Senhora Aparecida (Fazenda Morro Grande) – MISSA às 6ªs – 19:30 horas

Blog: http://nsaparecidacapela.blogspot.com.br/

São Roque (Conceição I) – MISSA aos sábados – 18:00 horas

Blog: http://saoroquecapela.blogspot.com/

São Francisco de Assis (Jd. Bartira) – MISSA aos sábados – 19:30 horas

Blogs: http://capelasaofranciscodeassis.blogspot.com/ e

http://grupodeoracaomensageirosdapaz2.blogspot.com.br/

Santa Isabel de Portugal (Faz. Santa Isabel) – MISSA aos sábados – 15 horas

Blog: http://capelasantaisabel.blogspot.com/

São Paulo Apóstolo (Jd. Bom Jesus) – MISSA aos domingos – às 10 horas

Blog: http://capelasaopaulo.blogspot.com/

EXPEDIENTE DA SECRETARIA:

APOSTOLADO DA ORAÇÃO:

BLOG: http://alianca-amissa.blogspot.com.br/

PASTORAL FAMILIAR:

BLOG: http://pastoralfamiliarparoquiasaojosetupi.blogspot.com.br/

CALENDÁRIO PAROQUIAL 2012 = Datas fixas

DATAS FIXAS

Grupo de Oração

Todas às Segundas-feiras – Intercessão e Reunião de Núcleo do Grupo de Oração – RCC – Matriz às 18:45 horas

Todas as Quartas-feiras – GRUPO DE ORAÇÃO – RCC – Capela São Francisco – às 19:30 horas

Todas às Quartas-feiras – Ensaio de canto do ministério de música – RCC – Matriz às 19:30

Todas as Quintas-feiras – GRUPO DE ORAÇÃO – RCC – Matriz – às 19:30 horas

Todas as Quintas-feiras – Reunião dos Servos do Grupo de Oração – RCC – Capela São Francisco às 19:00 horas

Pastoral Catequética

Matriz:

Segunda-feira às 19:30 horas

Quarta-feira Ás 19:30 Quinta-feira as 19:30 horas

- 2ª Etapa da Eucaristia - Catequese de Adultos - Catequese de Perseverança

- Pais de Catequisandos

Sábados às 9:30 horas

Sábado às 16:00 horas horas

- 1ª Etapa da Eucaristia – Crisma

- Pré Catequese

Capela São Francisco de Assis:

Terça-feira às 19:00 horas

Sábado às 14:00 horas

- 2ª Etapa da Eucaristia - 1ª Etapa da Eucaristia

- Pré Catequese

Capela São Paulo Apóstolo

Sábado as 9:00 horas

- 1ª Etapa da Catequese

- 2ª Etapa da Catequese

- Pré Catequese

Capela Nossa Senhora Aparecida

Terça-feira às 19:30 horas

- 1ª Etapa da Catequese

Tríduo em Louvor a São Paulo

“O MARTÍRIO”

Terceiro dia do Tríduo em Louvor a São Paulo

Na liturgia deste terceiro dia do Tríduo vemos que o homem é orientado a fazer sua escolha para a vida.
Vermos que muitos são os caminhos a escolher.

Ao exortar o povo de Israel à fidelidade a Deus, a leitura do Deuteronômio, apresenta-lhe Moisés a grande alternativa: ou amar o Senhor, obedecer aos seus mandamentos e, portanto conseguir suas bênçãos, ou voltar atrás, seguir outros deuses e, portanto, ir ao encontro das maldições divinas (morte do próprio homem): “Ponho diante de tia a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida para que vivas” (Dt. 30, 15-20).

Deus é o “Vivo”, a fonte da vida e só quem o escolhe e a sua Palavra, escolhe a vida e desta viverá.
Não basta uma escolha feita uma vez para sempre, mas deve ser uma escolha renovada e vivida dia por dia, nas maiores circunstâncias como nas mais modestas e simples, nas celebrações, missas ou nas atividades que exercemos dia a dia.

- Tudo deve ser visto, considerado ou escolhido à luz da fé, em vista de Deus, em harmonia com a vida, com Deus, com o próximo.

A fraqueza humana de um lado, e de outro, as preocupações da vida cotidiana muitas vezes afastam o homem deste empenho essencial.
E como podemos superar a falha humana?
- a Igreja convida constantemente a um recolhimento (oração) para que possa o cristão meditar e ouvir a Palavra de Deus;
- realizar verdadeiros exercícios espirituais ordenados à revisão e à reforma da vida;
- celebrar e dispor a abertura do coração para o arrependimento sacramental da penitência, que culmina na obra as Salvação.

O cristianismo não admite escolher Deus e, ao mesmo tempo, seguir o mundo, ceder às paixões, acariciar o egoísmo, alimentar a cobiça ou a injustiça social.

Quem hesita e não sabe colocar-se totalmente da parte de Deus, do Evangelho, de Cristo, demonstra não estar profundamente convicto de que Deus é o único Senhor que merece ser amado e servido de todo o coração.

É necessário, portanto, meditar de novo sobre a leitura de hoje: “escolhe, pois, a vida, para que vivas... amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele, porque é ele a tua vida”.

No Evangelho vemos que Jesus apenas havia acabado de anunciar sua Paixão, quando começou a dizer a todos: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me (Lc. 9,22-25)

- Eis a obrigação de todos os fiéis: tomar a própria cruz e seguir a Cristo até morrer com ele e, portanto, com ele e nele ressuscitar.
- Eis o único modo de celebrar o mistério pascal, não somente como espectadores, mas como atores que dele participam pessoal e vitalmente.

Quem se revolta contra a cruz, recusa a mortificação, alimenta as paixões e quer, a todo custo, garantir para si uma vida cômoda, feliz; este muitas vezes vai ao encontro do pecado e, portanto, da morte espiritual.

“Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo”.

Mas Jesus deixa claro entre linhas que: não é tanto a mortificação, a renúncia de si que valem, e sim, o abraçá-las “por mim”, disse o Senhor, ou seja, por seu amor, no desejo de passar, superar com sua Paixão, Morte e, portanto, com sua Ressurreição.
Jesus não é um chefe que dá apenas as ordens aos seus, que dá diretrizes a seguir, é um irmão que experimenta, explora o caminho para fazer os seus seguirem seus passos.

- Antes de pregar a renúncia, pratica-a; antes de oferecer a cruz, carrega-a.
Ensina, assim, a salvar a própria vida, pondo-a em perigo sem reserva, como ele mesmo fez.

O “caminho” do cristão é “seguir” a Cristo em seus passos.

Como Jesus sofreu, morreu e ressuscitou pela salvação de todos os homens, assim quer o cristão participar do seu mistério para cooperar com Ele na salvação dos irmãos.

Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

"A Missão" Segundo dia do Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo Ao longo da história, Deus sempre chama pessoas e as envia para realizar os seus planos. As Leituras bíblicas de hoje nos falam do CHAMADO A MISSÃO: Vemos na liturgia deste segundo dia do Tríduo os PASSOS DA VOCAÇÃO: - A iniciativa é sempre de Deus - A primeira reação é sempre a mesma: "não sou capaz". "Não sou digno". - Mas quando nos colocamos numa atitude de disponibilidade, Deus nos purifica e fortalece, e acabamos dando conta do recado. Na Leitura da Carta aos Coríntios, PAULO conta o seu Chamado. (1 Cor 15,1-11) Ele se considera o "último" dos apóstolos... como um "abortivo". Mas no encontro com Cristo a caminho de Damasco, responde: "Senhor, que queres que eu faça?". No Evangelho temos o Chamado dos Primeiros APÓSTOLOS. (Lc. 5,1-11) - Jesus na Barca de Pedro fala ao povo... e depois os convida a pescar... - Pedro confia na sua palavra e acontece a pesca milagrosa... - Pedro também se sente indigno... - Jesus convida: "Doravante serás pescador de gente.". - E eles aceitam o convite: "Largam tudo e o seguem...". O texto apresenta uma Catequese sobre: O QUE É SER CRISTÃO: - É ESTAR com Jesus "no mesmo barco". É desse barco (a comunidade cristã), que Jesus fala ao mundo. - É ESCUTAR a proposta de Jesus, fazer o que ele diz, mesmo quando suas propostas podem parecer ilógicas e incoerentes. "Porque tu o dizes, lançarei as redes". - É RECONHECER Jesus como "o SENHOR": É o que Pedro faz, ao perceber que a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos. - É ACEITAR a missão que Jesus propõe: Ser pescador de gente: Significa continuar a obra libertadora de Jesus. - É DEIXAR tudo e seguir Jesus. A generosidade e o dom total devem ser sinais distintivos dos que o seguem. O texto é rico de outros detalhes: - Jesus proclama a Palavra da Barca de Pedro: Essa barca representa a comunidade cristã. (Jesus foi expulso da sinagoga) Embora ocupada por pecadores, é dessa barca que ecoou a voz de Deus. - O Anúncio da Palavra acontece num dia de semana: no ambiente de trabalho, sem ser no sábado... A Palavra de Deus deve ser anunciada sempre e em todos os lugares... - "Avança para águas mais profundas"... É o convite para os novos pescadores superarem a rotina da ação pastoral, sempre agarrada às margens que não dão mais peixe! Precisa buscar sempre um novo jeito de "pescar". - É Pedro quem conduz a barca para o lugar indicado... e a ele Jesus diz: "Serás pescador de homens..." A ele é confiado um ministério especial na Igreja, que navega nos mares da história... - A Pesca milagrosa não é resultado da habilidade de Pedro, mas da força da Palavra de Deus. Por que muito trabalho não produz fruto? Em nome de quem estamos pescando? - A Missão é ser pescador de gente: Jesus escolhe pessoas simples para uma missão tão importante... Deus não olha tanto as qualidades humanas... mas a generosidade... - Essa Missão é confiada a toda a Comunidade, apesar de suas limitações. Deus só espera a disponibilidade em acolher o seu convite e deixar tudo... Todos somos chamados por Deus a sermos profetas como Isaías, e pescadores de homens como Pedro. - O chamado pode chegar até nós através do padre... da comunidade... Vocês não imaginam como é difícil essa missão de convidar!... "Quem poderia, não aceita... e quem aceitaria, a comunidade não aprova!..." Qual é a nossa Resposta? Acolhemos com a generosidade... - de Paulo: "Senhor, que queres que eu faça?" - dos primeiros Apóstolos: "Largaram tudo e o seguiram" - Às vezes, esquecendo que somos pecadores, podemos confiar demais em nós, ou então não confiar em nós e na ação de Deus em nós. - Se confiarmos na força da Palavra de Deus e tivermos a coragem de deixar tudo, a pesca milagrosa continuará acontecendo, ainda hoje... Cristo ainda hoje precisa de pescadores de gente. Ele pode contar com você?

Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

"A CONVERSÃO"

Primeiro dia do Tríduo em Louvor a São Paulo Apóstolo

O amor de Deus para com os homens é tão gratuito que não podemos pretender ter direito a ele, é tão absoluto que jamais podemos dizer que nos falta.
Só o amor é capaz de transformar, mas com uma condição: que seja gratuito e livre.

A liturgia do Primeiro dia do tríduo de São Paulo nos revela o chamado a CONVERSÃO.
A leitura do Êxodo nos revela o passo de infidelidade do povo de Deus. Pouco depois de concluir a Aliança com Israel, vê Deus que, na ausência de Moisés, o povo fez um bezerro de ouro para adorar; indignado com tal infidelidade, pensa em puni-lo com a destruição.
E revela a Moisés o que pretende fazer: “Vejo que este tem a cabeça dura. Deixa, pois, que se acenda minha cólera contra eles e os reduzirei a nada, mas de ti farei uma grande nação” (Êx. 32, 9-10).

Moisés intervém ao povo – não pensa só em si; o que quer é salvar o povo querido e, como outrora Abraão, lança uma súplica cheia de audácia.
Não pode alegar um certo número de justos – porque o povo todo pecou – mas se apóia ousadamente no amor a Deus para com Israel.

Moisés num ato de defesa ao povo, recorda-lhe os prodígios que fez por ele desde o Egito, recorda-lhe as promessas feitas aos patriarcas, diz-lhe sem rodeios que deve poupar o povo pela honra de seu nome!

Ousadia de Moisés – mas apostando na conversão do povo. Acreditando no seu povo.

Nesta prece, ergue-se Moisés como gigante em luta com Deus para obter a salvação do povo. E Deus o atende.

Mas o grande Moisés é apenas apagada figura de outro mediador imensamente mais poderoso, Jesus, que não necessita lutar com Deus, a fim de obter misericórdia para a humanidade pecadora – por ser ele mesmo o resgate do pecado – aquele que convida a conversão.

Assim é as duas parábolas da misericórdia que meditamos neste primeiro dia do tríduo de São Paulo no Evangelho de Lucas (15, 1- 10). É nelas posta em particular relevo a alegria de quem encontra o que perdeu.

O pastor, encontra sua ovelha, “põe-na aos ombros cheio de alegria, volta à casa e chama os amigos e vizinhos para se alegrarem com ele” (v. 5).
A mulher, depois de ter procurado em todo canto para ver se encontra sua moeda, faz o mesmo: “Alegrai-vos comigo porque encontrei a moeda perdida” (v. 9).

As vezes fica a pergunta pra nós: Será que Deus então mais ama os pecadores convertidos do que os filhos que permanecem sempre fiéis?”

Minha resposta: Já não é grandíssima festa estar sempre com Deus e desfrutar todos os dias de seus bens?

Não querem as palavras do Evangelho afirmar que prefira Deus os pecadores justos, mas apenas pôr em evidência a alegria com que acolhe os pecadores penitentes e ensinar os homens a se alegrarem com a conversão dos irmãos, abrindo a estes o coração com bondade semelhante à de Deus.

Para tanto, é bom recordarmos fato de conversão como a de São Paulo, em que ele mesmo fala de seu passado, proclamando a misericórdia que recebeu de Deus e com entusiasmo confessa: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro” (1Tim. 1, 15).

Quanta festa deve ter havido no céu pela conversão deste homem que com tanta plenitude correspondeu à Graça divina!
E quem pode dizer que não necessita se converter para chegar à fidelidade de São Paulo?

Matéria do Jornal "Folha de São Paulo" - dia 17 de janeiro de 2012:

Matéria publicada na Folha de São Paulo, 17 de janeiro de 2012.
Ilhéus cria 'lei do pai-nosso' para alunos municipais
Regra prevê oração diária antes das aulas
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
Quando voltarem às aulas em fevereiro, os 25 mil estudantes das escolas municipais de Ilhéus (a 413 km de Salvador) rezarão um pai-nosso antes de começar a estudar.
É o que prevê lei aprovada pelos vereadores da cidade no litoral sul da Bahia e sancionada, no mês passado, pelo prefeito Newton Lima (PT).
O autor é o vereador Alzimário Belmonte Vieira (PP), 49, um professor de educação física devoto da Igreja Batista.
Eleito em 2008 como Professor Gurita, ele diz que rezar o pai-nosso diariamente na escola é uma maneira de formar "cidadãos melhores".
"A lei vai despertar o interesse pela importância da oração em nossa vida."
A escolha, afirma, se deu porque é uma oração comum às denominações cristãs.
Indagado se a regra não interfere no direito à liberdade religiosa, previsto na Constituição, ele diz que ela não prevê punição.
"O Estado é laico e a lei não obriga ninguém a mudar de religião. Quem não quiser orar não ora. Não tem punição de jeito nenhum."
Procurado, o Ministério da Educação não se manifestou.
Para especialistas em políticas educacionais, a lei é inconstitucional, pois atinge a liberdade de consciência.
"É totalmente irregular, não sei como passa uma coisa dessas. Causa constrangimento e viola a liberdade de consciência dos alunos", diz Roseli Fischmann, da Universidade Metodista de São Paulo e da USP.
A Folha não conseguiu localizar o prefeito.


"Não se pode acreditar que é possível ser feliz procurando a infelicidade alheia".

Sêneca

"JUSTIÇA É CEGA!"

"JUSTIÇA É CEGA!"

"DEFESA DA HONRA = SIM !

VINGANÇA = NÃO !

"Encontrei muitas pessoas tristes, desaprendendo como conversar" (ANTES):

(DEPOIS E ATUAL): "MAIS ALTO, CORAÇÃO!!! "Sonho de Ícaro"


Labor Improbus Omnia Vincit / Audax in Intelectu et in Labore
Omnes Similes Sumus



Santo Antônio de Posse:

Santo Antônio de Posse

Gnome-searchtool blue.png Santo Antônio de Posse é uma pequena cidade desconhecida. Você pode estar perdendo seu tempo à-toa ao ler sobre essa joça. É a única cidade do mundo com apenas um CEP.

Sciences de la terre.svg.png
Cquote1.pngVocê quis dizer: Santo Antão do PóCquote2.png Google sobre Santo Antônio de Posse

Cquote1.png Graças a Deus que existe! Cquote2.png Engenheiro Coelho sobre Santo Antônio de Posse Cquote1.png Pelo menos temos o Aterro Mantovani Cquote2.png Santo Antônio de Posse sobre Engenheiro Coelho Cquote1.png Beije minha mão safado Cquote2.png Coronel A. Bertinho sobre qualquer um em Santo Antônio de Posse Cquote1.png Suma da minha propriedade! Cquote2.png Coronel A. Bertinho sobre qualquer um que entre em Santo Antônio de Posse sem ser convidado Cquote1.png O Neto fraayy mehagahgak 10 do corahkjbaakj Cquote2.png Carlitos Tevez sobre Neto, cidadão Possense Cquote1.png Cidade idiota! Cquote2.png Eustáquio sobre Santo Antônio de Posse Cquote1.png Nunca vi cidade mais linda do que essa Cquote2.png Stevie Wonder sobre Santo Antônio de Posse

Índice

[esconder]

[editar] Sobre

O Coronel A. Bertinho

Santo Antônio de Posse disputa pau a pau com Engenheiro Coelho, o título de cidade mais caipira do estado de São Paulo.

A cidade é comandada atualmente pelo Coronel A. Bertinho, também conhecido apenas como Coroné, ou ainda como Dotô Coroné, pela população com renda inferior à meio salário minimo (o que representa 99,99% da população).

[editar] Origem

Típico cidadão Possense

A origem dessa roça cidade, está perdido nos anais do tempo, mas as teorias mais aceitas são as seguintes:

  1. Um fazendeiro rico que possuia terras onde hoje fica a cidade de Santo Antônio de Posse, arrumou uma briga com o Sub-Prefeito de Martim Francisco. O fazendeiro começou a soltar gatos no distrito de Martim Francisco, e em retaliação, o Sub-Prefeito soltou um casal de baianos na fazenda, o que originou a cidade.
  2. Seria um presente divino, para que as piores cidades do mundo tivessem em que se consolar, já que hoje podesse dizer que Santo Antonio de Posse, pertence a Bahia e não mais a São Paulo.

[editar] Economia

Toda a economia da cidade gira em torno de A. Bertinho. Ele é o prefeito, dono da única empresa da cidade, do único ponto de venda de garapa e do único prostíbulo da cidade, conhecido como Fumaça.

Qualquer pessoa que quiser abrir um negócio em Santo Antônio de Posse, tem que pedir autorização para o Coronel A. Bertinho, pedindo "A benção" para ele, e beijando sua mão.

[editar] Geografia

Área Verde. Local de entretenimento da cidade.

[editar] Taxa de Natalidade

A cidade esta em pleno progresso nesse quesito, afinal de contas, não possui nenhum cinema, nem teatro, nem casa noturna, nem shopping, nem nenhuma outra porra de opção de entretenimento. Energia elétrica e água encanada são conquistas recentes do município. A baianda por não ter o que fazer, e por não terem dinheiro para sairem da cidade, só tem a opção de fazer sexo para passar o tempo.

[editar] Briga pela posse da Posse

Atualmente ocorre uma briga pela posse de Santo Antônio de Posse. O arquiteto, engenheiro, professor de Português, Matemática, Física, Química e Ricaço, Valdir "Dono da Posse" Palmeira Corinthiano, de 43 anos está em uma grande disputa com o Coronel A. Bertinho. Dizem pela cidade que Valdir se recusou a pedir "A benção" e não beijou a mão do Coronel A. Bertinho. Este, por sua vez, ficou emo resolveu expulsá-lo da cidade. Mas não se sabe como nem porque, Valdir se tornou um ricaço e voltou para a cidade jurando vingança pelo acontecido e atualmente seu maior sonho é comprar a cidade depois demolir tudo e criar uma única mansão imensa, só que o Coronel A. Bertinho não quer que isso aconteça, então não vende a cidade, o que obriga o senhor supracitado a brigar com unhas e dentes pela conquista da Posse (Ou não). Enfim, é uma briga para saber quem será o verdadeiro "Dono da Posse".

[editar] Renda per Capita

ai ele corre corre e corre mais ainda

[editar] Pontos Turísticos

A cidade ficou conhecida nacionalmente, por possuir o Aterro Mantovani, o local mais poluído do planeta. Os moradores da cidade, fazem romaria e pic-nic nos arredores do Aterro.

[editar] Curiosidades

O jogador Neto, ainda no colo do Vovô
  • É a cidade natal do jogador Neto, ao contrário do que afirma Merchan Neves, que diz que Neto é gaúcho de Erechim.
  • É a cidade natal do Coronel A. Bertinho
  • É a capital da poluição da Ditadura Democrática do Brasil
  • É a cidade com maior concentração de baianos por metro quadrado do mundo.
  • É a cidade com a maior porcentagem de Kombis per capita do mundo
  • É a única cidade do Estado de São Paulo que ainda tem leis de trânsito para carroças e para os burros que as guiam.
  • Ultimo farol de transito instalado recentemente no Pais foi em Santo Antonio de Posse.
  • Um projeto de lei visa alterar o nome da cidade para São Bertinho de Posse ou Santo Antonio de Grimaldi, mas ainda está sendo estudado se o voto válido será como sempre o do coronel ou o voto dele mesmo, essa é a dúvida.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Uma palavrinha sobre JEJUM:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

In hoc signo vinces

ver: http://www.arautos.org.br/view/show/6678-in-hoc-signo-vinces

História da Igreja
In hoc signo vinces
Publicado 2009/07/30
Author : Clara María Morazzani


De figura da ignomínia e da derrota, a Cruz passou a ser o centro da espiritualidade católica,o sinal distintivo dos seguidores de Cristo, o ponto para o qual convergem todas as aspirações, todos os amores, toda a ternura e o respeito da alma verdadeiramente cristã.

Clara María Morazzani

A mais conturbada das manhãs de toda a História.

O sol já havia nascido, deitando o calor de seus raios sobre a praça do Pretório, cujo tribunal, formado com pedras multicolores, era chamado em grego Lithostrotos, que significa lajedo ou montículo de pedras. Nada melhor para aquecer-se, sob o calor do sol, do que a pedra. Nem a água tem a capacidade de guardar os ardores do astro-rei como a pedra. Debaixo daquela luz criada por Deus, estava o próprio Deus a ser julgado.

Todavia, não eram só as manifestações minerais que ali se faziam sentir. A ordem da natureza emanada das mãos do Onipotente, as criaturas inconscientes e sem vida, cumprem seu desígnio por uma determinação divina. Há seres que possuem livre arbítrio, mas nem sempre usam retamente desse dom recebido do Senhor de toda a Criação. Pior ainda, às vezes o utilizam maldosamente em sentido contrário. Ao longo da História, entretanto, nunca houve tamanha carga de ódio contra o Criador, no mau emprego do livre arbítrio.

A Cruz que dividiu a História

Naquela praça, sol e pedra mantinham- se fiéis à ordem de Deus. Porém, um governador romano - que passou para a História e até hoje é nomeado todos os dias no Credo que rezamos - não se deixava influenciar pela voz da consciência e da graça no seu interior: ele não deveria condenar, mas, como todo aquele que relativiza o absoluto da Lei de Deus, estava querendo encontrar uma solução intermediária entre a condenação e a adoração.

O povo exigia...

Quantas vezes o povo agiu bem, pedindo a condenação de um réu! No entanto, se alguma vez o povo errou - e quanto deve ter acontecido - nunca se equivocou tanto como naquela ocasião. Era só o povo? Não... Ali estavam os fariseus e os escribas, incentivando todos a gritar contra o próprio Criador uma sentença, não só injusta, mas deicida: "Crucifica- O! Crucifica-O!"

Nada fazia calar o populacho, até um determinado momento em que o símbolo que marcaria mais tarde as coroas e o frontispício das igrejas, entrou na praça: era a Cruz! A própria figura da vergonha, da ignomínia e da derrota começava agora sua marcha triunfal através dos séculos.

Aquela Cruz que seria abraçada e osculada pelo Divino
A Cruz, sinal de ignomínia, foi abraçada e osculada pe-
lo Divino Redentor (Via-Sacra, Igreja de Santa Maria de
Týn, Praga) Victor Toniolo
Redentor, e com tanto amor carregada nos seus adoráveis ombros até o Calvário, além de produzir um grande silêncio, fendeu a multidão de um lado e de outro, revelando simbolicamente qual o seu papel ao longo da História: diante dela a impiedade sorrirá, a devoção a venerará; à sua vista uns escarnecerão, outros se prostrarão, uns proferirão palavras de desprezo, outros derramarão lágrimas de ternura; por sua causa muitos tremerão de pavor, enquanto outros desfalecerão de amor. Até o dia supremo em que aparecerá "no céu o sinal do Filho do Homem" (Mt 24, 30), e dividirá também a humanidade reunida no Vale de Josafá: à direita os que ressurgem em corpo glorioso; à esquerda aqueles que retomam seus corpos para serem ainda mais atormentados no inferno. "Separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda" (Mt 25, 32-33).

E a cruz figurará para sempre no esplendoroso trono de Jesus Cristo, transformada de lenho de tortura em árvore de luz.

O mais humilhante suplício

Entre os homens da Antigüidade, a crucifixão era conhecida como o mais atroz e humilhante dos castigos - "maldição de Deus", como nolo refere o próprio Livro do Deuteronômio (21, 23) - reservado sobretudo aos escravos e também aos malfeitores, assassinos e ladrões cuja punição pública deveria servir de exemplo para todo o povo. Mais tarde, com a dominação de Roma, a lei isentava de tal pena os cidadãos romanos, por mais grave que fosse o seu delito, não permitindo, deste modo, que a dignidade do Império ficasse manchada. E esta foi, precisamente, a morte que Cristo permitiu para Si, assumindo a condição de escravo, não só para redimir-nos da escravidão do pecado, mas até para fazer-nos reis: um suplício usual do código penal, com o procedimento que era aplicado vulgarmente aos bandidos; sem dúvida, o pior.

Descrição de um médico

Segundo interessantes estudos realizados no século passado por conceituados médicos europeus, a morte de cruz possui como causa determinante a asfixia. Logo após a crucifixão, o condenado apresenta violentas contrações, generalizadas, o rosto fica violáceo, abundante suor corre- lhe da face e de todo o corpo, tornando-se especialmente profuso nos poucos minutos que precedem a morte. Os crucificados morriam, em média, ao fim de três horas, após atroz período de luta.

Em sua obra "A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o cirurgião", o Dr.Pierre Barbet afirma: "Toda a agonia se passava na alternativa de abatimentos e soerguimentos, de asfixia e respiração. Disso temos a prova material no Santo Sudário, onde podemos assinalar um duplo fluxo de sangue vertical que sai da chaga da mão, com um afastamento angular de alguns graus. Um corresponde à posição de abatimento e o outro à de soerguimento. Percebe-se logo que um indivíduo esgotado, como estava Jesus, não poderia prolongar essa luta por muito tempo".

O mistério da Cruz

A partir de um olhar humano e materialista, o Cordeiro imolado no alto da Cruz não passava de um pobre ser maltratado e injuriado por todos, um homem falido e derrotado para sempre; debaixo da luz sobrenatural, porém - e esta é a única visualização verdadeira - Jesus achava- Se ali elevado como um Rei em seu sólio de glória, atraindo para Si todas as criaturas. Este divino mistério, os Apóstolos, sobretudo São Paulo, compreenderam-no com profundidade: "Julguei não dever saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado" (1Cor 2, 2). E ainda: "Quanto a mim, porém,de nada me quero gloriar, a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl 6, 14).

O lento despontar da Cruz

Mas para os primitivos cristãos, embebidos dos conceitos e tradições antigas, a cruz conservava ainda seu terrível significado, a ponto de se terem passado vários séculos antes de aparecerem as primeiras representações do Salvador pregado nela. Tal repulsa via-se acrescida pelo fato de muitos membros da Igreja nascente terem visto em Roma parentes próximos sofrer este tipo de martírio, durante as sangrentas perseguições promovidas pelos imperadores pagãos.

Nos séculos segundo e terceiro, os fiéis preferiram, pois, adotar a imagem do peixe (em grego Ichthys), como representação de Cristo. Nesta simbologia, as letras da palavra Ichthys contêm as iniciais da frase: Iesous Christos Theou Yios Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador). A partir do século quarto, após o reconhecimento da religião católica, por Constantino o Grande, o simbolismo do peixe diminuiu gradualmente, cedendo lugar à cruz, que começou a aparecer esculpida sobre os sarcófagos, os cofres e outros objetos, tornando- se o principal emblema da Cristandade. Uma das primeiras expressões artísticas ocidentais do sacrifício do Calvário é a famosa porta de cipreste da Basílica de Santa Sabina, no monte Aventino, em Roma, construída nas primeiras décadas do século quinto.

Foi nessa mesma época que se instituiu o atual sinal-da-cruz, embora já antes existisse o piedoso costume de fazer a tríplice marca sobre a fronte, os lábios e o peito, pois as três partes superiores do homem - inteligência, amor e força - ficavam assim sob a proteção da cruz.



Da esquerda para a direita: peixes da Catacumba de Domitila (Roma); monograma cristão
do séc. IV (Museus Vaticanos, Roma); cruz da Basílica de San Vitale (Rávena, Itália); cruz
processional bizantina do séc. XI (Metropolitan, Museum of Art, Nova York); cruz do conven-
to carmelita de Tri-en-Bigorre (Metropolitan Museum of Art - The Cloisters, New York)

Santa Helena resgata a verdadeira Cruz

No início do século quarto, um inconcebível abandono pesava sobre os Santos Lugares a ponto de achar-se coberta de escombros a própria colina do Gólgota. Movida por forte impulso da graça, a imperatriz Helena - que acabara de obter por suas maternais preces o esplêndido milagre da Ponte Mílvio e a impressionante conversão de seu filho Constantino, com a conseqüente liberdade para o Cristianismo (28 de outubro de 312) - decidiu empreender uma longa viagem até Jerusalém, no intuito de descobrir a verdadeira Cruz de Nosso Senhor. Santa Helena penetrava intimamente no significado dos mistérios: aquela cruz luminosa que brilhara nos céus, circundada pelos dizeres In hoc signo vinces (Com este sinal vencerás), ante o olhar maravilhado do jovem César, não era uma clara manifestação dos desígnios da Providência, prenunciando um triunfal ressurgimento da Igreja, por meio do escândalo da cruz?

Buscar a Cruz era empresa árdua e difícil. Não, porém, para o caráter enérgico da velha imperatriz que não se abatera com os azares da fortuna nem com as duras provações da vida. Após algumas semanas de penoso trabalho e de muita terra removida, durante as quais Helena alentou com seu ânimo e suas orações os numerosos operários, foram encontradas num fosso, em meio ao espanto e à comoção geral, três cruzes!

Apresentava-se, então, uma perplexidade: como reconhecer o Lenho sagrado sobre o qual o Redentor padecera sua dolorosa agonia, banhando- o com as últimas gotas de Sangue? Instado por Helena, São Macário, Patriarca de Jerusalém, logo acudiu em seu auxílio. Reuniu o povo e orou fervorosamente, suplicando ao Senhor uma intervenção que esclarecesse os fiéis, de forma evidente. Mandou em seguida trazer uma pobre mulher que se achava desenganada pelos médicos e prestes a morrer. Em contato com as duas primeiras cruzes, a moribunda permaneceu insensível; mas, ao tocar a terceira, levantou- se logo, completamente curada, louvando a Deus entre os gritos de alegria da multidão entusiasmada.

A notícia do prodígio espalhou-se com rapidez por todo o mundo cristão. Deu-se início, assim, a uma grande devoção às relíquias da Paixão.

Ao retornar de sua peregrinação, após erigir várias igrejas em honra da Paixão do Senhor, a virtuosa imperatriz levou consigo para a Cidade Eterna um pedaço considerável da Santa Cruz, conservando-se em Jerusalém a parte mais importante. Trouxe também os cinco cravos que encontrara na mesma ocasião, e os deu de presente a seu filho Constantino, o qual mandou colocar um deles na armação do diadema imperial. Talvez esteja esse piedoso gesto na origem do belo costume de encimar com uma cruz as coroas dos soberanos católicos.

Entrada triunfal da Santa Cruz em Jerusalém

Três séculos após esses admiráveis acontecimentos, Cosroes II, rei da Pérsia, saqueou a Cidade Santa, matou grande número de cristãos e apoderou- se do precioso Madeiro, levando- o entre as muitas riquezas que compunham seus despojos de guerra.

Grande foi a consternação daqueles fiéis do Oriente, ao saberem estar o mais inestimável de seus tesouros em poder de idólatras. O imperador Heráclio iniciou então uma campanha para recuperá-lo, o que conseguiu após quinze longos anos de esforços e aventuras. Finalmente, chegava Heráclio diante de Jerusalém, dando graças ao Senhor pela vitória alcançada.

Organizou-se uma grande cerimônia, com a maior solenidade e pompa possíveis. De todas as partes acorriam os fiéis para venerar a relíquia felizmente recuperada. Em companhia do patriarca Zacarias e rodeado dos grandes de sua corte, de incontáveis clérigos e de uma fervorosa multidão, o imperador carregou sobre seus ombros a verdadeira Cruz, dispondose a entrar na cidade pela porta que conduz ao Calvário. Mas ao chegar diante dela ficou subitamente imóvel, sentindo-se incapaz de avançar um passo sequer. Zacarias, que caminhava a seu lado, inclinou-se para ele e lhe fez ver que a púrpura imperial e suas suntuosas vestes não estavam em conformidade com o exemplo de humildade de Jesus, o qual carregara a sua Cruz às costas, por aquelas mesmas ruas, todo chagado e coberto de opróbrios. Ouvindo isto, Heráclio depôs as insígnias reais e a coroa de ouro. Coberto de saco e descalço, continuou sem dificuldade a piedosa procissão. A Cruz foi triunfalmente restituída ao patriarca Zacarias, em meio às aclamações de júbilo da multidão enlevada e reverente.

O tempo confundiu a data dos dois acontecimentos: a descoberta da Cruz pela imperatriz Santa Helena e o resgate desta pelo augusto Heráclio. Mas em todo o Ocidente cristão, há séculos, celebra-se no dia 3 de maio a descoberta do sagrado Lenho e a 14 de setembro a sua Exaltação.

A Cruz, sinal de salvação

Pouco a pouco, por entre as obscuras ruínas do paganismo podre e decadente, surgia um mundo novo, todo ele "cruciforme", banhado pela luz pura e coruscante das doutrinas do Evangelho, fazendo sentir de modo suave e misterioso a dulcis praesentia d'Aquele que, no alto da Cruz, com o divino rosto coberto de escarros e feridas, deixara escapar de seus chagados lábios o brado lancinante que haveria de ecoar pelos céus da História: "Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonastes?" (Mc 15, 34). Agora, porém, uma inefável nota de paz e de júbilo, decorrente de um forte imponderável de vitória, impregnava o progressivo desenvolvimento da Esposa Mística de Cristo.


Se não houvesse a Cruz, a morte não teria sido vencida e
não teria sido derrotado o inferno (Crucifixo do Mosteiro da
Batalha, Portugal) Timoty Ring
A Cruz passou a ser o centro da espiritualidade católica, o sinal distintivo dos seguidores de Cristo, o ponto para o qual convergem todas as aspirações, todos os amores, toda a ternura e o respeito da alma verdadeiramente cristã.

Por toda parte o nobre símbolo da Redenção projeta sua sombra protetora, lembrando-nos as dores suportadas com infinita paciência pelo Homem- Deus em favor da pobre humanidade mergulhada nas trevas do erro, do pecado e da morte, ao mesmo tempo que transmite a muda - porém, quão eloqüente! - mensagem de esperança: "O Bem vencerá! Eu colocarei teus adversários como escabelo de teus pés" .

Com inspiradas palavras, exclama Santo André de Creta: "Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada no lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o Paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno.

"É, portanto, grande e preciosa a cruz. Grande sim, porque por ela grandes bens se tornaram realidade; e tanto maiores quanto, pelos milagres e sofrimentos de Cristo, mais excelentes quinhões serão distribuídos. Preciosa, também, porque a cruz é paixão e vitória de Deus: paixão, pela morte voluntária nesta mesma paixão; e vitória porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo."

Essa cruz, vemo-la ornar ricamente as coroas dos monarcas, brilhar com esplendor no peito dos bispos, presidir gloriosa as solenes liturgias; vemo-la elevada sobre as torres dos templos - quer de imponentes basílicas e imensas catedrais, quer das mais modestas e desconhecidas capelas e oratórios -, arvorada nas bandeiras militares, plantada no meio de silenciosos claustros; vemo-la ainda agitada pelas mãos incansáveis do missionário, carregada sobre os fatigados ombros do penitente, osculada pelos lábios trêmulos do moribundo... Em seu louvor, canta a Igreja no ofício da Semana Santa, este belíssimo hino:

Ó Cruz fiel, és a árvore
Mais nobre em meio às demais,
Que selva alguma produz
Com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces,
Um doce peso levais. (...)

Só tu, ó Cruz, mereceste
Suster o preço do mundo
E preparar para o náufrago
m porto em mar tão profundo.
Quis o Cordeiro imolado
Banhar-te em sangue fecundo.

Uma só Cruz! Entretanto, no Calvário havia três. Sim, uma só, porque daqueles três condenados, um só era Inocente! Nunca passou pela mente de ninguém a idéia de levantar uma segunda cruz, apesar de ter sido São Dimas canonizado em vida pela própria voz do Salvador. Nunca, porque somente o sangue sem mácula é merecedor de veneração, assim como adorado só pode ser o de Deus. Uma só atraiu todos os povos, uma só marcou os tempos e a eternidade!

Unamo-nos, na adoração da Santa Cruz, Àquela que estava de pé, venerando seu Filho, naquele instrumento de suplício: Stabat Mater dolorosa juxta crucem lacrimosa. Estejamos pois, cheios de esperança, recolhendo também as puríssimas lágrimas de Nossa Senhora, que são para nós penhor de confiança e de certeza de perdão.

(Revista Arautos do Evangelho, Set/2006, n. 57, p. 17 à 23)

sábado, 18 de julho de 2009

DICAS DE ORAÇÃO

Uma das grandes vantagens dos meios rápidos de comunicação é que a gente aprende rápido, pode aprender muito, e também passar tudo isso rápido a outros que precisam.

Nestes tempos de arrancada final, penso que devemos ir largando aos poucos de nossa vida tudo aquilo que pode nos atrapalhar e onerar na caminhada, porque ela não será entre um jardim florido, e sim no Calvário, junto com Pedro e a Igreja. Assim, é importante ir passando as coisas necessárias, aprendendo o que é útil, largando o inútil e livrando-se dos penduricalhos.

Nos últimos tempos tenho passado aos amigos algumas experiências na oração, que servem para todos e quem quiser fazer uso delas certamente se sentirá bem.

Durante muitos anos, ouvi pregadores e li artigos sobre a oração, e todos me diziam que a oração deve ser meditativa, contemplativa, lenta e pausada. Diziam-me que a Ave Maria deve ser meditada, senão não tem valor. Fiquemos com a Ave Maria de exemplo!

Diziam que durante o Terço, o Rosário, se deve meditar no Mistério que se contempla, senão tal oração não tem valor nem sentido.

Mais ainda, me diziam também que uma Ave Maria, se rezada com muita devoção basta, porque Deus não é surdo e não precisa que fiquemos repetindo-a insistentemente.

Diziam que Deus não gosta destas Orações longas, nem de rezas alto, porque isso é coisa de fariseu, que gosta de aparecer. “Fecha-te no teu quarto e reza oculto”, diziam!

Diziam que se deve participar é de grupos de reflexão, para ler a Palavra de Deus e a comentar, aplicando-a as situações da nossa vida, inclusive política.

Diziam enfim, que Deus não gosta de orações decoradas, que quando você reza deve falar com Deus, como se estivesse falando com um amigo. Será mesmo?

Bem! Nada como achar o rabo do capeta para desmentir tudo isso. Eu descobri que as pessoas que falam isso tudo, são exatamente as que não rezam mais, que não sabem rezar, que nada sabem de oração, pois passam semanas sem rezar uma só Ave Maria. Ou você ainda duvida que seja assim? Agora sei e vou lhes passar alguns segredos:

A Ave Maria é nossa grande canção de batalha! Ela não somente deve ser repetida e em tom firme e decidido, como deve ser repetida milhares de vezes e todos os dias.
A Ave Maria deve ser rezada num só pulso de voz, em cada um dos coros, tanto o que puxa a primeira parte, como o que responde a segunda, sem respirações no meio.
A Ave Maria é uma oração que se reza em forma de marcha, como um hino de soldado que segue para a guerra, mas não com ódio inflamado e sim com ternura.
A Ave Maria, se rezada em tom firme e decidido, de marcha, responde a cada passada com um esmagar na cabeça do demônio e é como uma marretada que se lhe desfere.
A Ave Maria, se rezada muito devagar, se rezada sem firmeza, com muitas paradas para respiração no meio, torna-se cansativa, sonolenta, e no fim improdutiva.
A Ave Maria, se rezada lentamente, não produz efeito de decisão, é se torna como se a gente desferisse os golpes no inimigo, com um saquinho de penas.
A Ave Maria é uma oração poderosa e certamente uma das que mais enternece o coração do Pai Celeste, pois foi Ele quem colocou tais palavras na boca do arcanjo São Gabriel.
A Ave Maria deve ser rezada não em disparada, mas relativamente rápido, a fim de não dar tempo para as distrações, tão comuns quando ela é rezada lentamente.
A Ave Maria é rezada pelos anjos e santos do Céu, na metade do tempo real em que nos a rezamos na terra, mesmo se rezada aqui num pulso de voz.
A Ave Maria é bíblica e deve ser rezada pensando exatamente nas palavras da Ave Maria, e não em meditando os mistérios, que devem ser apenas anunciados.
A Ave Maria deve ser rezada com o coração de Maria, para que Maria nos leve para o Coração de Jesus e ao Pai.
A Ave Maria é coração, alma, pulsação, ardor, decisão, firmeza e ao mesmo tempo ternura e amor. É o filho pedindo á Mãe, que implora ao seu Filho Jesus, que pede ao Pai.

POR QUE A AVE MARIA?

A Ave Maria é uma das orações mais indulgenciadas da Igreja. O demônio a teme como a nenhuma outra, por uma série de motivos:

1 – É uma oração feita pelo próprio Deus Pai, para a defesa de seus filhos!
2 – É uma oração Bíblica, portanto deve ser rezada por todos os cristãos.
3 – A cada vez que você pronuncia a palavra “Maria”, ou “Jesus”, você recebe dos tesouros da Igreja uma indulgência parcial de 7 dias de remissão de pena. Assim, cada Ave Maria rezada com amor e coração, resulta em 21 dias a menos de Purgatório.
4 – Se você rezar no Terço, em família ou em grupo, a Ave Maria em dois coros de vozes – um puxa outro responde – acrescente indulgência de mais 100 dias de remissão de pena.
5 – Se você rezar em grupo, pelo efeito poderoso da comunhão dos santos, cada uma destas indulgências é aplicada a você, multiplicada pelo número de orantes.
6 – Assim, se 10 pessoas rezam o Terço ou o Rosário, a cada vez que o grupo pronuncia “Maria ou Jesus”, recebe 70 dias de indulgência parcial, a cada Ave Maria, mais 700 dias pelo efeito do duplo coro de vozes. Faça as contas e se pergunte: por que mesmo é que as pessoas vão ao Purgatório? A resposta é: porque não rezaram Ave Marias suficientes.
7 – A Ave Maria é poderosa porque clama por Maria e esta palavra é o terror dos demônios. Na verdade é a única palavra que não se pronuncia no inferno, Sabiam? Então, quanto mais você a repete, mais treme o báratro nefando. É por isso que ele não gosta que seja repetida. Porque lembra a Lúcifer de que ele será esmagado por Maria. E cada vez que você repete esta palavra é como se lhe dissesse mil vezes: a Mulher te esmagará! A Mulher te esmagará! A Mulher te esmagará! Então ele foge apavorado, porque acha o cúmulo dos absurdos que uma pessoa repita mil vezes a mesma coisa, pois repetir e pedir e implorar pelo auxílio divino é sinal de humildade, e o maldito é orgulhoso. Isso para o orgulho dele é demais! É por isso que humildade mil vezes repetida o derrotará!

Então é justamente por isso, que ele tem ensinado certas pessoas que não rezam a Ave Maria esta conversa mole de que “uma só chega”, ou “uma só rezada com amor vale mais que mil repetições”, e ainda “deve ser rezada meditada”, sim para dar bastante sono. É por isso que tantas pessoas têm tremenda dificuldade com o Terço e um horror do Rosário, porque o sono as derruba. Pergunta para mim se me deixo vencer pela moleza.

DISTRAÇÕES:

Acima mencionei que a distração durante as orações, em especial do Terço e do Rosário, é algo muito comum, eu diria, é um problema de 100% de todos nós. Mas vamos analisar por partes: Que é uma distração? Distração é um desvio de atenção de algo que se está fazendo, para uma outra situação simultaneamente. Quando você reza, seu pensamento divaga, e acaba se voltado para outra coisa, enquanto MECANICAMENTE, sua boca repete a oração decorada. Mas será que sempre é distração?

Naturalmente que, quando você reza, o demônio tenta evitar isso, de todas as formas. Então, ele se planta entre o consciente e o inconsciente e sugere ao orante um desvio de pensamento. Sugere coisas “boas” e sugere coisas más. Entre as coisas “boas”, aponta primeiro para aquilo que você gosta, seu hoby, a pescaria, os planos de viagem, o lazer e até o prazer. Claro que isso não é ruim, mas é uma distração que dilui a oração.

Aponta também coisas más como pensamentos libidinosos, e coisas mais. Neste caso, não só o valor da oração se dilui, como se torna nulo, zero. Ou quase?

Por que este quase? Porque Deus sabe de nossas limitações e sabe de nosso esforço. E o primeiro fator de soma em uma oração, é a simples presença, o simples desejo da pessoa de estar ali. Quero dizer: o simples fato de a pessoas se dispor a rezar, já é um ato de fé, que tem seu mérito e Deus bondoso reconhece isso. O desejo dela conta como prece! É afinal um ato de humildade, e mesmo que seu pensamento esteja voltado para coisas nem sempre boas, Deus não perde nada e a premia com graças equivalentes.

Sentir o desejo de rezar, ter a graça mesmo insipiente do dom da Piedade é algo que a pessoa que tem deve agradecer diariamente e de joelhos. Sim, porque milhões de pessoas, em todo mundo não sentem este desejo, nem tiram tempo de se colocar aos pés de Deus. E isso os priva de muitas graças. A elas, aos seus, e ao mundo que precisa de orações.

Mas vejam, nem tudo é distração. Muitas vezes, o pensamento da pessoa está voltado para as situações da vida, está meditando em coisas difíceis de resolver, em situações de família e que a angustiam, de maridos, esposas e filhos, de amigos, especialmente quando se trata de conversão e salvação de suas almas. Meus caros amigos, neste caso não se trata de distração e sim de uma obra do Espírito Santo, que faz a pessoa meditar nestas situações, e muitas vezes deste pensar resulta a chave para a solução daquele problema.

De fato, nossa mente é muito ágil, diz Nossa Senhora, e tantas vezes é incontrolável devido às limitações da carne, dentro da qual nossa alma se aprisiona. Então, quando durante as orações, o seu pensamento foge e divaga nestas situações normais da vida, mesmo que apenas a sua boca, ou sua mente esteja pronunciando a Ave Maria, quase mecanicamente, disso pode resultar uma oração quase perfeita, e fonte de inumeráveis graças. Aliviado(a)?

Então, não se angustie e continue rezando. Comece a testar a oração do Terço mais rápido, tanto individualmente como em grupo. Um coração apegado em Maria, com um mínimo de distrações, individualmente pode rezar o terço em sete minutos, portanto na metade do tempo normal. E tudo isso sem perder graças nem efeitos. Isso evitará que tenha aquele sono incontrolável, ou que se enfastie de rezar achando que é muito longo o Rosário, quando na verdade não é.

Uma última coisa: caso você reze apenas uma Ave Maria, então você a pode rezar com calma fazendo soar aos ouvidos as batidas do próprio coração. No mais é fazer da vida uma Oração. Isso quer dizer, convidar a Deus para começar seu dia e ficar junto e fazer tudo, mesmo o pior e mais difícil, como se o estivesse fazendo com Deus e PARA Ele.

E você, esposa e mãe de família tão atarefada, convide Maria para ajudá-la nas lides domésticas. Verá que o serviço rende mais, logo acaba e dará ainda tempo para rezar, pelo menos o tanto que a Mãezinha pede a seguir.

A Ave Maria é importante, mas todas as orações feitas com amor, são queridas por Deus, pois o AMOR é a medida de todas s coisas.

ALGUMAS DICAS DE NOSSA SENHORA:

Em 16 de junho de 1983, Nossa Senhora ditou a Iélena em Medjugorge as regras para o grupo de oração, que seria totalmente abandonado a Jesus:

1. Renunciem a todas as paixões e aos desejos desordenados. Evitem a televisão, principalmente os maus programas, esportes em excesso, satisfação irracional com alimento, bebida, álcool, fumo, etc.

2. Abandonem-se a Deus sem quaisquer restrições.

3. Definitivamente, eliminem toda a angústia. Aquele que se abandona a Deus não tem espaço em seu coração para angústia. As dificuldades persistirão mas servirão para o crescimento espiritual e renderão glória a Deus.

4. Amem seu inimigos. Banam de seus corações todo ódio, inveja, julgamentos preconcebidos. Rezem pelos seus inimigos e peçam a benção Divina para eles.

5. Jejuem duas vezes por semana a pão e água. Reúnam o grupo pelo menos uma vez por semana.

6. Dediquem pelo menos 3 horas diariamente à oração, das quais ao menos meia hora pela manhã e meia hora à noite. A Santa Missa e a oração do Rosário estão incluídas neste tempo de oração. Reservem momentos de oração no curso do dia e, a cada vez que as circunstâncias o permitirem, recebam a Santa Comunhão. Rezem com grande concentração. Não olhem para o relógio o tempo todo, mas permitam-se ser guiados pela graça de Deus. Não se envolvam demais com as coisas deste mundo, mas confiem tudo isso a nosso Pai Celestial através da oração. Se alguém estiver muito preocupado, não será capaz de rezar bem porque faltar-lhe-á a serenidade interior. Deus contribuirá para a obtenção de um feliz resultado, na condução das suas obrigações, quando alguém se dedica ao trabalho dEle.

Aqueles que vão à escola ou ao trabalho precisam rezar por meia hora pela manhã e à noite, e, se possível, participar da Missa. É necessário estender o espírito de oração ao trabalho diário, o que significa acompanhar o trabalho com a oração.

7. Sejam prudentes porque o Demônio tenta todos aqueles que tomaram a resolução de se consagrarem a Deus, muito particularmente esses. Ele irá sugestioná-los por estarem rezando e jejuando demais. Dirá que devem ser como os outros jovens e irem à busca de prazeres. Não o escutem nem obedeçam. É à voz da Virgem Santíssima que devem prestar atenção. Quando estiverem firmes na fé, o demônio não mais será capaz de seduzi-los.

8. Rezem muito pelo Bispo e por aqueles que detêm posições na Igreja. Não menos da metade de suas orações e sacrifícios devem ser dedicadas a esta intenção.

Nossa Senhora disse: As pessoas que seguirem estas regras serão consagradas, qualquer que seja o seu estado de vida.

aarão

INDIFERENÇA

Você certamente já deve ter ouvido que o maior inimigo do amor é a indiferença, e muito provavelmente já tenha sofrido isso na pele. Isso dói muito, não é mesmo? O pior de tudo é que na maioria das vezes a dor da indiferença é causada pelas pessoas que nós amamos e que procuramos chamar a atenção.

Às vezes nós nos produzimos, para ficarmos mais bonitos e chamar a atenção de alguém. Você muda a cor do cabelo, muda o tipo de penteado, o perfume, o tipo de roupa, enfim, muda tudo, só pra receber um olhar da pessoa por quem você esta apaixonado(a). E quando este alguém passa por você, nem um olhar você recebe.

Muitas vezes, nós é que somos indiferentes e nem percebemos isso, pois estamos “sofrendo” pelas indiferenças que recebemos. Precisamos ter consciência de que os indiferentes, de uma forma ou de outra, ferem, rejeitam, excluem, matam. Está correta a conclusão: o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença.

Cito somente duas passagens bíblicas. Primeiro a história de Jonas, ele foge da sua missão. No navio, dormiu. Ficou indiferente à tempestade que ameaçava a vida dos marinheiros. Enquanto fugiu da sua missão ficou indiferente a tudo e a Deus. Cito, ainda, a parábola do bom samaritano (Lc 10). O sacerdote e o levita passaram ao largo da vítima do assalto. Preferiram a indiferença e negaram-lhe socorro e cuidado. O samaritano, uma pessoa simples, atendeu aos gritos da vítima. Com facilidade verificamos que a indiferença das pessoas causou sofrimento e morte na história da humanidade.



Para reflexão:



Quando saías esta manhã de tua casa levando pela mão o teu filhinho, fiquei admirando os seus sapatos novos, o seu lindo capote de lã, a sua pasta de couro cheia de livros e a farta merenda que ele levava para o colégio.

Tu me olhaste com desprezo e seguraste o braço do teu filho, com receio que ele me tocasse.

Pensaste, por acaso, no meu infortúnio, no meu abandono, nos meus pés descalços e na minha roupa toda rasgada?

Será que eu poderia contagiar teu filho?

É claro que te esqueceste imediatamente do incidente; subiste no teu automóvel e te perdeste no tráfego louco da cidade, como se perdem sempre todos os meus sonhos.

Ali, só e abandonado dei asas à minha imaginação e fiquei pensando: que diferença existe entre mim e aquele garoto?

Temos mais ou menos a mesma idade, nascemos na mesma pátria; enquanto ele joga futebol com bolas coloridas, eu chuto pedras; ele dorme agasalhado em sua cama macia, e eu me deito no chão sobre jornais velhos; ele tem comida gostosa e variada, e eu tenho que catar algo nas latas de lixo; ele vai ao colégio para aprender a ler e escrever, enquanto eu vivo na rua aprendendo a roubar e a me defender.

São essas, por acaso, as nossas diferenças?

Será que a culpa é minha?

Será que sou culpado de ter nascido, sorrir sem saber quem é meu pai e tendo por mãe uma mulher sofrida e ignorante?

Não fui eu que decidi não ir à escola e também não é minha culpa não ter casa para morar e nem comida para me alimentar.

Alguém resolveu assim e eu nem sei quem foi!

Não posso culpar ninguém porque a minha ignorância nem isso permite.

Não posso sair desta situação sozinho, porque sou incapaz de fazê-lo sem uma generosa ajuda.

Então, como nada é feito, cada vez se acentua mais a diferença entre mim e o menino que levavas pela mão.

No futuro ele será como tu.

Um homem de bem e de conceito respeitado pela sociedade.

E eu? Serei um reles vagabundo que se torna ladrão e caminha em direção ao cárcere.

E até possível que, dentro de alguns anos, o menino e eu voltemos a nos encontrar.

Ele como Juiz de Direito, e eu como réu delinqüente, ele para purificar a sociedade de tipos como eu, e eu para cumprir o meu desgraçado destino; ele para julgar os meus atos, e eu para padecê-los.

Como posso ser condenado ao cárcere, quando jamais tive uma escola para freqüentar?

E quando fiz as coisas à minha maneira chega o peso da lei e a força da justiça para me aniquilar?

Será que tudo isso é justo?

Amigo, não peço a tua mão, pois ela é do teu filho; nem a roupa, nem a cama, nem o livro e nem a comida que só a ele pertencem.

Somente te peço que quando me encontrares na rua, sujo, esfarrapado e abandonado, grave a minha imagem em tua mente e, se sobrar um minuto na tua atribulada vida diária, meditas amigo..., meditas... como podes me salvar?

Sem indiferença, com certeza, poderemos fazer alguma coisa!



Será que não estamos sendo indiferentes ao Amor de Deus, indiferentes a sua Palavra, a sua Igreja?

É importante fazermos esta pergunta para nós mesmos, pois tenha certeza de uma coisa, Deus tem feito muitas coisas para chamar sua atenção. Creia nisto!





De seu irmão



Nei

Notícia de 2008: A Aventura do Capitão -Poço de Jacó

A Aventura do Capitão e a Misericórdia Divina

Quem atualmente está participando, visitando o Poço de Jacó, com certeza conheceu ou, ao menos, ouviu falar do Capitão. Até o dia 06 de outubro de 2008 foi um dos Filhos acolhidos. Figura ímpar, quando você se aproximava de sua pessoa, você percebia algo nele que o diferenciava. Muito comunicativo, procurava contato com as pessoas e sempre indagando algo para estabelecer uma interação através de perguntas, afirmações, etc.
Fica aqui o registro desta história que conseguimos captar através da Aliança de Misericórdia, aliás, um corte no qual vislumbramos a Vontade do Pai através de nossas histórias.
Residindo na capital paulista com sua família, ocorre que ele teve um mal súbito andando pelas ruas próximas à sua residência. Pessoas perceberam a situação e chamaram por socorro. Veio a ambulância e ninguém acompanhou. Socorrido em um hospital, ficou internado até obter alta, ocasião em que foi liberado. Porém, o Capitão não se lembrava de nada, nem como retornar para os seus. Iniciou assim uma aventura diferente pelas ruas de São Paulo. “Deu um rolê”, nas palavras do Missionário Leandro Marçal. Durante estes dias, sua família o procurava em todos os lugares possíveis, não desistindo nunca de obter informações.
Eis que o Capitão chega até a Casa “Restaura-me” há três meses atrás. Feita sua Triagem, foi encaminhado imediatamente para Piracicaba, Casa de Acolhida “Poço de Jacó”, onde, Graças a Deus, temos vagas. Foi retirado do perigo das ruas da vida, para conviver conosco e receber o carinho merecido.
Nestes últimos dias, uma combinação de paciência para ouvir, caridade do Robson, (Ehh Robson), dos Missionários, perguntando, ouvindo muito, sobrenome, algumas informações que o Capitão foi encaixando sobre locais, nomes, “eles mudaram para Osasco”, “mas eles estão em S. Paulo, bairro tal, rua tal”, resultou que, num lampejo, ligação para o 102, “o Pronto-Socorro das Informações”, segundo a Missionária Denise, conseguiu-se entrar em contato com a família do Capitão.
Segunda-feira, dia 06 de outubro de 2008, Poço de Jacó: desembarcam pessoas da família do “Capitão”, seu irmão, que aliás, fala do mesmo jeito e no mesmo tom: “O senhor não poderia...”, gracejos: “Ohh! Mas você deixou o bigode! Sabe que ficou boom!”.
E assim esta história teve final feliz. Todos, ao ouví-la em reunião, ficamos tocados pela singeleza do toque do Amor Divino para cada um de nós. DEUS QUER SERVIR-SE DE NÓS, PARA CUMPRIR SEUS SANTOS DESÍGNIOS. Vamos ouví-Lo?
“Ah! Mas eu não consigo fazer muita coisa!”. Que tal aproximar-se das pessoas? Sair um pouco de si mesmo! Acolher o outro! Ouvir o outro! Quebrar a estrutura de só falar, falar, mas ouvir, ouvir, ouvir! Jesus, nas pessoas dos Filhos da Aliança de Misericórdia, está nos falando!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Não tenham medo de se tornarem os santos do novo milênio, se vocês vêm a se tornar aquilo que são, vocês vão incendiar o mundo"







(Ir.João Paulo Maria ex-Paddy Kelly)
Vejam e ouçam o que Maria, nossa Mãe Santíssima
faz a quem abre seu coração e busca Deus sinceramente:

Aos 20 anos ele já era uma sensação, um grande astro do rock e vivia num castelo do século 17 na Europa. Tinha 'tudo': fama, fortuna e adulação de milhões de fãs. Seu grupo vendeu mais de 50 milhões de cópias. O álbum "Over the Hump" vendeu mais de 4,5 milhões de cópias na Europa. Na Alemanha foi o álbum mais vendido de todos os tempos tendo sido o primeiro a superar a marca de venda dos Beatles.

DE PADDY KELLY A
IRMÃO JOÃO PAULO MARIA

http://www.youtube.com/watch?v=wBYEWRnJm4Q

Antes de Medjugorje ele era uma lenda...


Leia neste artigo a história
de Paddy Kelly apresentada
no vídeo acima e
traduzida a seguir:

Em 1994 o seu álbum
"Over the Hump"
vendeu mais de 4 milhões
e meio de cópias na Europa.
E na Alemanha é o álbum de
maior venda de todos os
tempos. Maior que
a dos Beatles.


Vendeu mais de 50 milhões de
CDs em todo o Mundo.


Aos 20 anos ele era uma
sensação, um grande astro
do rock e vivia num castelo
do século XVII na Europa...
Ele tinha todas as riquezas, fama e
fortuna e a adulação de
milhões (de fãs)...


Seu nome é Paddy Kelly


No mesmo ano eles (sua banda) lotaram o
Westfallenhalle em Dortmund (Alemanha),
nove vezes seguidas, uma proeza
que nenhum músico antes
conseguira realizar. Eles encheram
estádios de futebol em alguns shows
com mais de duzentos
e cinquenta mil fãs.


Ele nasceu na Irlanda, filho de pais
americanos. Ele era o astro
principal da grupo musical "The Kelly Family"
(Família Kelly). Eram 11 (entre irmãos
e irmãs) e a maior parte deles
cantava na banda.


Eles começaram cantando ao ar livre
(pelas ruas) da Europa mas, logo o
seu incrível talento os levou ao topo. Paddy Kelly
se tornou um grande ídolo adorado pelas fãs.
Ele precisava de guarda-costas em público.


Ele era rodeado de paparazzis e viajava
de jatinhos e helicópteros particulares.
Era reconhecido onde quer que ele fosse.


Ele tinha tudo... este jovem prodígio tinha
tudo... mas apesar da fama e do dinheiro ele
começou a se sentir vazio, isolado...
Ele sentia-se perdido..sentia
que sua alma estava morrendo


Ele tinha perdido sua mãe com 5 anos
de idade, mas viajou pelo mundo com
sua família que lhe deu amor e apoio.
Mesmo com o amor de sua família ele
entrou em depressão e desespero.


Ele tinha tudo... mas tudo começou a
desmoronar. Ele perdeu o sentido de
quem ele era e todos os seus ideais
e falsas seguranças começaram
a desmoronar. Ele sentia vontade
de dar um fim a sua vida


Nada mais lhe fazia sentido. Os bens materiais,
o dinheiro...nem mesmo a música o fazia feliz.


E assim foi que uma grande sede pela
verdade começou. Ele se perguntava: "Se tudo
isso não faz sentido qual é o sentido
da vida? Por que eu existo?"


Então ele fez a pergunta:
"Quem pode me dizer quem eu sou?
Quem tem as respostas
verdadeiras para as minhas perguntas?
Quando ele começou a fazer estas perguntas
ele percebeu que não tinha amigos verdadeiros.
Ele sentiu-se solitário e vazio.


Num momento de crise profunda ele
sentiu uma voz interior lhe dizendo:
"Aguarde,aguarde" e depois disso ele chorou
amargamente por tudo o que ele já tinha feito


Logo em seguida ele começou a buscar
o seu lado espiritual... Ele leu sobre as
religiões orientais como o Budismo,
e mesmo o Alcorão, mas era o Evangelho
que parecia puxá-lo numa nova direção.
Ele sentia que o Evangelho estava vivo.


Numa ocasião encontrando-se com sacerdotes
que se reuniram perto de seu pálácio do
século XVII ele sentiu um crescimento espiritual.
Ele ainda lutava com a depressão e tristeza e
então, certo dia...


Ele estava mudando os canais de sua TV
e por acaso se deparou um programa
sobre Lourdes, um Santuário dedicado
a uma aparição de Maria a Mãe de Jesus.
Seu primeiro pensamento foi que aquilo
era "apenas para vovós grisalhas e ...


e para pessoas ingênuas que acreditam
em bobagens. Mas ele sentiu-se puxado
para Lourdes como um imã.
Ele decidiu ir, mas ele estava certo de que
aquela cidade cheia de 'estátuas horríveis'
não seria o lugar para um
astro de rock encontrar a Deus.
Então, ele foi e para sua surpresa não
havia apenas gente de cabelo branco rezando o
rosário, mas muitos jovens que gostavam
de rock'n roll. E assim ele começou
a participar do programa da juventude


Então, naquela noite com o grupo de jovens
houve um momento de oração e silêncio
e naquele momento ele sentiu uma paz
simples e profunda em seu coração.
Ele estava experimentando
uma presença profunda
de alguém dentro de si.



"Uau! Deus é acessível"..ele pensou
"E isto veio através da Bem Aventurada
Virgem Maria". Ele compreendeu que
Maria não era algum tipo de mito
cristão ultrapassado , não, ela era uma
pessoa. Ele sentiu que ela lhe
pedia para que ele desse uma
segunda chance à vida.



Ele sentiu que ela queria ajudá-lo
e logo sentiu-se sozinho.
Ele tinha crescido como católico,
mas agora sabia que poderia encontrar
a Deus e naquela noite ele deu
uma nova chance à sua vida.
Ele iria viver a sua vida de
acordo com a Vontade de Deus.


Ele sabia que Maria havia plantado
a semente da fé em Lourdes e agora
ele também sabia que somente
através da oração a sua fé
poderia crescer. Enquanto a sua busca
espiritual progredia ele
entendeu que seus irmãos
e irmãs também viram
que o dinheiro e a fama...


não traziam felicidade. E no verão do ano
2000 (na Europa) ele e dois de seus irmãos
e irmãs decidiram ir ao Festival da
Juventude em Medjugorje.
Lá encontraram Padre Jozo e
rapidamente através de suas palavras...


Conselhos e abundância de graças uma profunda
mudança de conversão para Deus veio para
seus irmãos e irmãs nos meses e anos para seguir...


Através de Maria, através de Medjugorje ele
finalmente conheceu a Jesus. Ele acreditou que
Deus existe mas ele não tinha experimentado o
Espírito Santo de forma profunda e poderosa.
Ele desejava saber se Ele (Jesus)
era verdadeiramente o Filho de Deus


Ele queria acreditar por ele mesmo
e não apenas dizer por
que a Igreja disse que é.
Ele queria sentir a confirmação
interior pelo Espírito Santo.
Então, numa manhã o Espírito
Santo entrou em seu coração
de uma maneira real...


Ele chamou seus irmãos e irmãs
a quem ele muito amava e lhes disse:
"Jesus é Deus, Jesus é Deus, Jesus é Deus!"


Vamos encontrar Paddy Kelly
hoje em Medjugorje:
http://www.youtube.com/watch?v=qD1FPStihNI

"Não tenham medo de se tornarem os santos
do novo milênio, se vocês vêm a se tornar
aquilo que são, vocês vão incendiar o mundo."

(Ir.João Paulo Maria ex-Paddy Kelly)


Irmão João Paulo Maria (ex-Paddy Kelly)
no Festival da Juventude - Medjugorje 2008

"Obrigado, Santa Maria, pela Luz Divina!"


Irmão João Paulo Maria

PAZ

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Receita de dona Cacilda

Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda,
e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida,
bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão.

E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela
viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela
ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu
quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao
elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das
cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de
ganhar um filhote de cachorrinho.

- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...
- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você
decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não
depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como
eu preparo minha expectativa.

E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.

Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades
que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um
certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso
dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos.

Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou
focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei
para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só
retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar
um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E,
aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como
você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais
complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.

Depois me pediu para anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o
peso e a altura.
Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo.
(Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre:
Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que
seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.

'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!

4. Aprecie mais as pequenas coisas

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar.
E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem
Aguente, sofra e ultrapasse.
A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios.
VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama:
Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja.
O seu lar é o seu refugio.

8. Tome cuidado com a sua saúde:
Se é boa, mantenha-a.
Se é instável, melhore-a.
Se não consegue melhora-la , procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até
a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A ORAÇÃO CRISTÃ



A oração cristã, cujo modelo nos é oferecido pelos Salmos e pelas preces litúrgicas, é essencialmente uma resposta à palavra de Deus. Seu princípio é a fé na iniciativa dessa palavra e se desenvolve como meditação, contemplação e louvor das maravilhas de Deus.
Na Bíblia a oração é inseparável da vida do povo de Deus. A consideração do que Deus fez pelos seus leva a pedir-lhe que prossiga sua obra e a conduza à plenitude.
A vida de oração do Cristão deve estar necessariamente em relação com a oração e o ensino de Jesus Cristo, pois ele se apresenta como mestre de oração. Foi na obediência ao Espírito (Mc 1,12) que Jesus fez de sua vida uma entrega total ( Hb 9,14 ) ao Pai e aos seres humanos. Vitorioso sobre o pecado e a morte, ele é a plenitude do que a fé cristã entende por salvação: a realização definitiva e perfeita do ser humano, em todas as suas dimensões.
A oração acompanha as grandes decisões e os eventos mais importantes da vida de Jesus. Os evangelistas muitas vezes o apresentam em atitude de oração – quando o Pai lhe revela sua missão ( MT 7,34 ), ao aproximar-se a paixão ( Jo 12,27 ). Sua atividade cotidiana está muito ligada à oração – retira-se ao deserto e ao monte para orar ( Lc 5,16 ), passa a noite em oração a Deus ( Lc 6,12 ). Ademais insistiu-nos sobre as necessidades da oração ( Lc 18,1 ). Para ele, humildade e confiança na misericórdia do Pai são as condições da verdadeira oração.
A oração vocal é o meio de dirigir-se a Deus quer por meio de orações formais, quer simplesmente compartilhando com ele nossos pensamentos e preocupações.
A meditação, ou oração mental, é um exercício ativo e consciente da nossa memória, inteligência e vontade. Trata-se de uma reflexão sobre a palavra de Deus, e não de se deixar levar espontaneamente por pensamentos.
Já a contemplação é a atenção amorosa à presença misteriosa de Deus. É o dom de Deus por excelência, a experiência privilegiada que fazemos de sua graça, de sua presença tomando posse de nós e restituindo-nos ao desígnio primitivo de nossa criação à sua imagem e semelhança.
Embora sob várias formas, basicamente toda oração é uma abertura de nós mesmos a Deus. Cada um de nós tem sua maneira de orar e nenhuma forma de oração é superior às outras. O único critério da qualidade espiritual da oração é que a pessoa, ao sair dela, viva mais da vida de Cristo. Minha fé, esperança e caridade são mais vigorosas após a oração? Sim? Então, tudo bem, mesmo que a oração tenha sido árida, distraída ou desoladora.
A oração cristã é sempre trinitária: rezamos ao Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo. A ação do Espírito consiste em fazer de nós outros Cristos, filhos do Filho, assumindo existência concreta de Jesus, professando o Deus por Ele invocado, acolhendo os valores que marcaram sua vida e a práxis que constituiu sua história. Sendo Espírito de amos, abre o ser humano a seu semelhante (Rm 13,8 ), fazendo-o assim encontrar-se com o próprio Cristo ( Mt 25,40 ). O dinamismo vital do Espírito tende sempre a levar os seres humanos a participar da vida plena, que é Deus. Toda a ação do Espírito é a de nos levar à verdade plena que é Cristo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PADRE GABRIELE AMORTH



Famoso Exorcista da diocese de Roma.


O Poder de Satanás.


Na verdade tudo o que Deus criou segue um desígnio unitário, em que cada parte influencia o todo e cada sombra tem uma repercussão de obscuridade sobre todo o resto. A teologia será sempre imperfeita e incompreensível, até que se decida por a claro tudo o que se refere ao mundo angélico. Uma cristologia que ignore satanás é raquítica e não poderá nunca compreender o que a Redenção trouxe.
Voltemos ao nosso tema sobre Cristo, centro do universo. Tudo foi feito para Ele e por causa d’Ele: nos céus (anjos) e na terra (o mundo sensível cuja cabeça é o homem). Seria belo falar só de Cristo; mas seria contra todos os Seus ensinamentos e contra a Sua obra. Por aí nunca chegaríamos a compreendê-lo.
A escritura fala do Reino de Deus, mas também do Reino de Satanás, e fala do poder de Deus, único criador e Senhor do Universo; mas também fala do poder das trevas; fala dos filhos de Deus e dos filhos do diabo. É impossível compreender a obra redentora de Cristo sem ter em conta a obra desagregadora de Satanás.

Satanás era a criatura mais perfeita saída das mãos de Deus; foi-lhe dada uma reconhecida autoridade e superioridade sobre os outros anjos e, pensava ele, também, sobre tudo quanto Deus estava a criar e que ele procurava compreender, mas que na realidade não compreendia.
Todo o plano unitário da criação, com efeito, estava orientado para Cristo: não poderia ser revelado em toda a sua clareza antes do aparecimento de Cristo no mundo. Daí a rebelião de Satanás, que queria continuar a ser o primeiro absoluto no centro da Criação, ainda que em oposição aos desígnios que Deus estava a realizar.

Por isso os seus esforços para dominar o mundo, (Todo o mundo está sob o poder do Maligno, 1 Jo 5,19) e de sujeitar o homem ao seu serviço desde os nossos primeiros pais, querendo que lhe obedeçam a ele, em oposição ás ordens de Deus. Conseguiu-o com os nossos primeiros pais Adão e Eva, e contava consegui-lo também com todos os outros homens ajudado pela terça parte dos anjos que, segundo o Apocalipse, o seguiram na rebelião contra Deus.

Deus nunca renega as suas criaturas. É por isso que Satanás e os anjos rebeldes, embora distanciando-se de Deus, continuam a conservar o seu poder e a sua categoria (Tronos, Dominações, Principados, Potestades...) embora façam mau uso dele. Não exagera Santo Agostinho ao afirmar que, se Deus desse toda a liberdade a Satanás, nenhum de nós ficaria com vida. Não nos podendo matar, procura fazer de nós seus sequazes, em oposição a Deus, tal como ele está em oposição a Deus.


Surge então a obra do Salvador.

Jesus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3,8), para libertar o homem da escravidão de Satanás e instaurar o Reino de Deus, depois de ter destruído o reino de Satanás. Mas entre a primeira vinda de Cristo e a Parusia (a 2ª vinda triunfal como juiz) o demônio procura atrair para si o maior número de pessoas possível: é uma luta desesperada que ele conduz, sabendo-se antecipadamente vencido e sabendo que lhe resta pouco tempo (Ap 12,12).
É por isso que Paulo declara com toda a clareza que não é contra adversários de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os Principados, contra as Potestades, contra as Dominações deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos (os demônios) espalhados pelos ares. (Ef 6,12).

Repare-se ainda que a Escritura fala sempre de anjos e demônios (aqui em particular refiro-me a Satanás), como seres espirituais sim, mas também pessoais, dotados de uma inteligência, de uma vontade, de uma liberdade, de um espírito empreendedor.
Eram completamente aqueles teólogos modernos que identificam Satanás com a idéia abstrata do mal: isto é heresia autêntica, ou seja está em aberta oposição à Bíblia, à patrística, ao magistério da Igreja. Trata-se de verdades que nunca foram postas em dúvida no passado, e, por isso mesmo, privadas de definições dogmáticas, excetuando as do IV Conílio de Latrão: O diabo (isto é, Satanás) e os outros demônios foram criados bons por Deus, mas tornaram-se maus por sua própria culpa. Aquele que ignora Satanás nega também o pecado e não percebe nada da obra de Cristo.


Sejamos ainda mais claros:

Jesus venceu Satanás através do Seu sacrifício; mas, antes deste, pelo Seu ensinamento: se Eu, pelo dedo de Deus, expulso os demônios, significa que chegou até vós o Reino de Deus (LC 11,20). Jesus é o mais forte, aquele que amarrou Satanás (Mc 3,27) espoliou-o e sufocou o seu reino que está a caminhar para o seu fim (Mc 3,26).
É assim que Jesus responde, aqueles que o avisaram da intenção de Herodes de O matar: Ide dizer aquela raposa: vede, Eu expulso os demônios hoje e amanhã; no terceiro dia terminarei (Lc 13,32). Jesus dá aos Apóstolos o poder de expulsar os demônios, em seguida estende este poder aos 72 discípulos e, por fim, confere-o a todos os que acreditarem n’Ele.

O livro dos Atos dos Apóstolos, testemunha como os apóstolos começaram a expulsar os demônios depois da descida do Espírito Santo; e assim continuaram os cristãos.
Já os mais antigos Padres da Igreja, como por exemplo Justino e Ireneu, expõem com clareza o pensamente cristão sobre o demônio e sobre o poder de o expulsar, sendo seguidos por outros padres, entre os quais cito Tertuliano e Orígenes. Basta citar estes 4 autores para envergonhar tantos teólogos modernos que praticamente não acreditam nos demônios ou não falam absolutamente nada sobre eles.

O vaticano II lembrou fortemente os ensinamentos contidos na Igreja. Toda a história humana é marcada por uma luta tremenda contra o poder das trevas, uma luta começada desde a origem do mundo (GS 37). O homem tentado pelo Maligno desde a origem da história, abusou da sua liberdade levantando-se contra Deus e desejando conseguir os seus fins sem ter em conta o próprio Deus. Receando reconhecer Deus como seu principio, o homem violou a ordem estabelecida em vista ao seu fim último (GS 13).
Mas Deus enviou o Seu Filho ao mundo, para, por Seu intermédio, libertar o homem do poder das trevas e do demônio (AG 1,3). Como é que aqueles que negam a existência e a atuação ativíssima do demônio podem compreender a obra de Cristo? Como poderão compreender o valor da morte redentora de Cristo? Baseando-se nos textos das Escrituras, o Vaticano II afirma: Cristo pela sua morte libertou-nos do poder de Satanás (SC 6); Jesus crucificado e ressuscitado venceu Satanás (GS 2).

Vencido por Cristo, Satanás combate contra aqueles que o seguirem, os fiéis; a luta contra os espíritos malignos continua, e durará, como diz o Senhor, até ao último dia (GS 37). Até lá todo o homem é envolvido na luta, sendo a vida terrena uma prova de fidelidade a Deus; por isso, os fiéis devem esforçar-se por resistir as tentações do demônio e fazer-lhe frente nos dias mais difíceis.
Antes de reinar com Cristo glorioso, no fim da nossa vida terrestre que é uma só (não existe outra prova), compareceremos todos diante do Tribunal de Cristo, para dar contas do que cada um fez de bem ou mal durante a sua existência mortal, e no fim do mundo seremos conduzidos: os que fizeram o bem para a ressurreição da vida, os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação (Cf. LG 48).

Embora esta luta contra Satanás, abranja todos os homens e todos os tempos, não há dúvida de que, em certas épocas da história, o poder de Satanás se faz sentir mais fortemente, pelo menos a nível comunitário e de pecados em massa. Por exemplo, quando fiz os meus estudos sobre o Império Romano do tempo da decadência, foi-me posto em destaque o descalabro mortal daquela época. A carta de Paulo aos Romanos é testemunho fiel e inspirado desse fato.
Ora, encontramo-nos no mesmo nível devido, entre outras coisas, ao mau uso dos meios de comunicação social (que em si mesmo são bons), assim como ao materialismo e ao consumismo que envenenaram o mundo ocidental. Creio que Leão XIII, durante uma visão, recebeu uma profecia relativa a este ataque demoníaco específico.


De que modo o demônio se opõe a Deus e ao Salvador?

Querendo para si o culto devido ao Senhor e macaqueando as instituições cristãs. É por isso que é anti-Cristo e anti-Igreja. Contra a Encarnação do Verbo, que redimiu o homem fazendo-Se Ele próprio homem, Satanás serve-se da idolatria do sexo, que degrada o corpo humano e faz dele um instrumento de pecado. Por outro lado, macaqueando o culto divino, tem as suas igrejas, o seu culto, os seus consagrados, (muitas vezes com pactos de sangue), os seus consagrados, os seguidores das suas promessas.
Do mesmo modo, tal como Cristo deu poderes específicos aos Apóstolos, e seus sucessores, destinados ao bem das almas e dos corpos, também Satanás dá poderes específicos aos seus seguidores, que visam a perdição das almas e as doenças dos corpos. Adiantaremos mais sobre estes poderes quando falaremos do malefício.

Ainda uma reflexão acerca de um tema que merece ser aprofundado:

Se por um lado é falso negar a existência de Satanás, também é errôneo, segundo a opinião mais seguida, afirmar a existência de outras forças ou entidades espirituais, ignoradas na Bíblia e inventadas pelos espíritas, pelos que cultivam as ciências esotéricas ou ocultas, pelos adeptos da reencarnação ou pelos que defendem a existência das chamadas almas errantes.

Não existem espíritos bons fora dos anjos: nem existem espíritos maus fora dos demônios. As almas dos defuntos vão logo para o paraíso, ou para o inferno ou para o purgatório, como foi definido nos dois Concílios (Lyon e Florença). Os defuntos que se apresentam nas sessões de espiritismo, ou as almas dos defuntos presentes nos seres vivos, para os atormentar, não são senão demônios. As raríssimas exceções permitidas por Deus, são exceções que confirmam a regra. Reconhecemos porem que, neste campo, ainda não foi dada a última palavra, é um terreno cuja problemática ainda se encontra em aberto.
O Pe. La Grua fala de várias experiências verificadas por ele com almas de defuntos em poder do demônio e avança algumas hipóteses tendentes a explicar este fenômeno. Repito: é um terreno ainda a estudar a fundo; proponho-me fazê-lo noutra ocasião.

Alguns admiram-se da possibilidade que os demônios tem de tentar o homem ou o direito de possuir o corpo (embora a alma, nunca, a não ser que o homem lha entregue livremente), através da possessão ou vexação. Será bom recordar aquilo que diz o Apocalipse (12,7 e seguintes): E travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão: e este pelejava também, juntamente com os seus anjos, Mas não prevaleceram, e não se encontrou para eles mais lugar no céu. O grande dragão, a antiga serpente, o diabo ou Satanás como lhe chamam... foi precipitado na terra juntamente com os seus anjos. O dragão vendo-se precipitado na terra perseguiu, A mulher vestida de sol de que nasceu Jesus (é claríssimo que se trata da SSma. Virgem) mas os esforços do dragão foram em vão. Foi então fazer guerra ao resto dos Seus filhos, os quais guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.

Através de tantos discursos de João Paulo II sobre Satanás, refiro uma passagem que disse em 24 de Maio de 1987, durante a visita ao Santuário de S. Miguel Arcanjo: Esta luta contra o demônio que trava o Arcanjo S. Miguel, é atual ainda hoje, porque o demônio ainda está vivo e operante no mundo. Na verdade, o mal que existe, a desordem que reina na sociedade, a incoerência do homem, a divisão interior da qual o homem, a divisão interior da qual o homem é vítima, não são só a conseqüência do pecado original, mas também efeito da ação devastadora e obscura de Satanás.

Esta última frase é uma clara alusão á condenação de Deus em relação à serpente, conforme vem narrado no Gênesis (3,15): Porei inimizade entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a descendência dela: esta esmagar-te-á a cabeça.


O demônio já está no inferno? Quando se travou a luta entre os anjos e os demônios?

São interrogações às quais não se pode responder sem ter em conta pelo menos dois fatores: que estar no inferno ou não, é mais uma questão de estado do que de lugar. Anjos e demônios são puros espíritos; para eles a noção de lugar tem um sentido diferente da que nós lhe atribuímos. A mesma coisa vale para a dimensão do tempo; para os espíritos tem um sentido diferente do que tem para nós.

O Apocalipse conta-nos que os demônios foram precipitados na terra; a sua condenação definitiva ainda não se verificou, embora seja irreversível a escolha feita que separou os anjos dos demônios. Conservam ainda um poder autorizado por Deus embora seja por pouco tempo. É por isso que gritaram a Jesus: Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? (Mt 8,29).
O único juiz é Cristo que associará a Si o Seu Corpo Místico. É assim que se devem interpretar as palavras de São Paulo: Não sabeis que julgaremos os anjos? (2 Cor 6,8). É em razão deste poder que os possessos de Gerasa se dirigiram a Cristo e suplicaram-lhe que não os mandasse ir para o inferno, mas que lhes permitisse entrar nos porcos (Lc 8, 31.32).

Quando um demônio deixa uma pessoa e é precipitado no inferno, isso é para ele como uma morte definitiva. É por isso que ele se opõe com todas as suas forças. Vai ter ainda que pagar todos os sofrimentos que causa ás pessoas com um aumento da sua pena eterna. Ao afirmar que o juízo definitivo, no que se refere aos demônios, ainda não foi pronunciado.
São Pedro é muito claro quando escreve: Deus não perdoou aos anjos que pecaram, e os precipitou nos abismos tenebrosos do Inferno para serem reservados para o Juízo (2Pd 2,4). Paralelamente, os anjos verão a sua glória aumentar pelo bem que fizerem; é por isso que é muito útil invocá-los.


Que espécie de incômodos é que o demônio pode causar aos homens, enquanto vivos?


Não é fácil encontrar obras que tratem de tal tema porque não existe, entre outras coisas, uma linguagem comum, aceite unanimemente.
Há uma ação vulgar do demônio que toca a todos os homens: consiste em os atrair para o mal. O próprio Jesus aceitou a nossa condição humana, deixando–Se tentar por Satanás. (Esta é a ação nefasta ordinária a mais comum.)
Há também (a ação nefasta extraordinária de Satanás), isto é, aquela que Deus lhe consente somente em determinados casos. Esta ação pode assumir cinco formas diferentes como:
1º - Os sofrimentos físicos causados por Satanás externamente.
2º - A possessão diabólica.
3º - A vexação diabólica.
4º - A obsessão diabólica.
5º - As infestações diabólicas.


Descrição a ação extraordinária de Satanás, (isto é, aquela que Deus lhe consente somente em determinados casos).

1º - Os sofrimentos físicos causados por Satanás externamente. Estes são os fenômenos que lemos em tantas vidas de santos. Sabemos como S. Paulo da Cruz, o Stº Cura de Ars, o Pe. Pio e tantos outros forma feridos, flagelados, sovados por demônios.
Não me alongarei sobre este tipo de ação porque nestes casos, como as vítimas não estando sujeitas a uma influência interna do demônio, não têm necessidade de recorrer a exorcismos. São pessoas conscientes da situação que intervêm pela oração. Prefiro descrever as outras quatro formas de ação, que interessam diretamente aos exorcistas.

2º - A possessão diabólica. É a tormento mais grave e surge quando o demônio toma posse de um corpo (não de uma alma), fazendo-o agir ou falar como ele quer não podendo a vítima resistir e não sendo moralmente responsável por isso. Esta forma de ação é também a que mais se presta a fenômenos sensacionalistas do tipo daqueles que se vêem no filme O exorcista ou do tipo dos sinais mais espetaculares indicados no ritual: falar línguas desconhecidas, demonstrar uma força amoral, revelar coisas escondidas.
O Evangelho dá-nos um exemplo como possesso de Gerasa. É preciso compreender, que existe toda uma gama de possessões, apresentando grandes diferenças quanto à sua gravidade e aos seus sintomas. Seria um grande erro fixar-se num único modelo. Entre tantos pacientes, exorcizei duas pessoas totalmente possessas que durante a sessão de exorcismo estavam perfeitamente imóveis, sem dizer uma única palavra. Poderia citar vários exemplos de possessão com fenomenologias muito diferentes.

3º - A vexação diabólica designa distúrbios e doenças muito graves ou menos graves que, embora não cheguem à possessão, ocasionam uma perda de consciência, acompanhadas de atos ou de articulação de palavras de que a vítimas não é responsável.
A Bíblia fornece-nos alguns exemplos. Job não era vítima de uma possessão diabólica, mas os seus filhos, os seus bens e a sua saúde foram duramente afetadas. Também a mulher encurvada e o surdo mudo curados por Jesus, não tinham uma possessão diabólica total, mas a presença de um demônio estava na origem dos seus problemas físicos.
S. Paulo não era com certeza um endemoninhado, contudo era vítima de uma vexação diabólica que consistia num distúrbio maléfico: E para que a grandeza das revelações me não enobrecessem, foi-me dado um espinho na carne (tratava-se evidentemente de um mal físico), um anjo de Satanás para me esbofetear (2 Cor 12,7); não há dúvidas de que a origem deste mal era maléfica.
As possessões ainda hoje são muito raras; contudo os exorcistas deparam-se com um grande número de pessoas feridas pelo demônio na saúde, nos bens, no trabalho, na vida afetiva.... É preciso ficar claro que o fato de diagnosticar a origem maléfica destes males (isto é, de saber se trata de uma causa maléfica ou não) e de a curar, não é de modo nenhum mais simples do que o de diagnosticar e curar as verdadeiras possessões; pode ser diferente o nível de gravidade, mas não a dificuldade em interpretar o fenômeno, nem o tempo necessário para o curar.

4º - A obsessão diabólica. Trata-se de ataques de improviso, por vezes contínuos, de pensamentos obsessivos podendo ir até ao racionalmente absurdo; mas de tal modo que a vítima não tem capacidade para se libertar. Por causa disto, a pessoa cativa vive num contínuo estado de prostração, de desespero, de tentação de suicídio.
As obsessões também influem quase sempre sobre os sonhos. Dir-me-ão que se trata de estados mórbidos, da competência da psiquiatria. Todos os outros fenômenos também se podem explicar pela psiquiatria, pela parapsicologia ou ciências similares; no entanto, existem casos que escapam totalmente a estas ciências e que revelam, pelo contrário, sintomas concretos de causas maléficas ou presenças maléficas. Só um trabalho teórico e pratico permite aprender a distinguir estas diferenças.

5º - Falemos por fim das infestações diabólicas: das casas, dos objetos, dos animais. Não me vou deter sobre este tema, uma vez que vou fazer alusão a ele ao longo do livro. Basta frisar o sentido que dou ao termo infestação; prefiro não o aplicar ás pessoas, em relação ás quais prefiro utilizar os termos: possessão, vexação, obsessão.


Como é que nos podemos defender contra todos estes males possíveis?


Diga-se de imediato que, e muito embora a consideremos uma norma imperfeita, os exorcismos só são necessários, em rigor, segundo o Ritual, para os casos de possessão diabólica propriamente dita. Ora nós, os exorcistas, na realidade ocupamos-nos de todos os casos de influência maléfica.

No entanto, para os outros casos que não sejam os de possessão, deveriam bastar os meios de graça comuns: a oração, os sacramentos, a caridade, a vida cristã, o perdão das ofensas, o constante recurso ao Senhor, à Virgem Maria, aos santos e aos anjos. E é sobre este último ponto que desejo deter-me.

É com agrado que terminamos esta parte sobre o demônio, adversário de Cristo, falando dos anjos: são os nossos grandes aliados; devemos-lhes tanto que é um erro falar-se tão pouco deles. Cada um de nós tem o seu Anjo da Guarda, amigo fidelíssimo 24 horas por dia, desde o nascimento até a morte. Protege-nos incessantemente a alma e o corpo; e nós, a maior parte do tempo nem sequer pensamos nisso.
Sabemos também que as nações têm o seu anjo particular, assim como, sem dúvida, também há um para cada comunidade e por certo para cada família, ainda que não tenhamos certezas. Sabemos no entanto que os anjos são númerosíssimos e estão desejosos de nos fazer bem, um bem superior ao mal que os demônios se esforçam por nos infligir e pelo qual nos tentam arruinar.

A Escritura fala-nos muitas vezes acerca dos anjos nas várias missões que o Senhor lhes confia. Conhecemos o nome do príncipe dos anjos, São Miguel: há também entre os anjos uma hierarquia baseada no amor e regida por aquele influxo divino em que a sua vontade é a nossa paz como dizia Dante.
Conhecemos também o nome de outros dois Arcanjos: Gabriel e Rafael. Um apócrifo acrescenta um quarto nome: Uriel. Através da Escritura conhecemos a subdivisão dos anjos em nove coros: inações, Potestades, Tronos, Principados, Virtudes, Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins.
O crente que sabe que vive na presença da Ssma. Trindade anseia por tê-la dentro de si; sabe que é continuamente assistido por uma mãe, que é a própria Mãe de Deus; sabe que pode contar com a ajuda dos anjos e dos santos; como é que se pode sentir só, ou abandonado, ou mesmo oprimido pelo mal?
Na vida do crente há lugar para a dor, porque é a via da cruz que salva; mas não há lugar para a tristeza. Está sempre pronto a dar testemunho a quem quer que o interrogue sobre a esperança que o anima (Cf. 1 Pd 3,15).

É claro que, embora o crente deva também ser fiel a Deus, deve temer o pecado. É este o remédio em que se fundamenta a nossa força, a ponto de S. João não hesitar em dizer: Sabemos que todo aquele que nasce de Deus guarda-o e o Maligno não lhe toca (1 Jo 5,18). Se a nossa fraqueza nos faz cair de vez em quando, devemos levantar-nos rapidamente através desse meio formidável que a misericórdia divina nos concedeu: o arrependimento e a confissão.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Quebra-cabeça da vida


Ganhei de um amigo, há dois meses, um quebra-cabeças de 1.500 peças. Eu não montava um quebra-cabeça desde que era criança.
É engraçado como nós deixamos de fazer certas coisas quando crescemos: quebra-cabeças, colorir, brincar de bonecas, pular corda, pique de esconder...
Coisas que nos trouxeram tanta alegria quando criança, nós paramos de fazer quando alcançamos uma certa idade,
- é uma vergonha, não é?

Devo admitir, eu realmente aproveitei o quebra-cabeças. Embora muito frustrante às vezes, era um bom desafio. Cada vez que eu achava uma peça que se encaixava, era extremamente recompensador.
Bom, e daí?
Você já percebeu quantas semelhanças existem entre um quebra-cabeças e a vida?
Num quebra-cabeças, cada peça é parte muito importante no grande quadro.
Na vida, são as pessoas e os acontecimentos as partes importantes.
Como peças de um quebra-cabeças, cada um de nós é único, especial em seu próprio jeito. Embora semelhantes, não há dois iguais. IRONICAMENTE SÃO NOSSAS DIFERENÇAS que nos fazem “encaixar”.

Enquanto eu trabalhava no quebra-cabeças, havia uma peça que eu estava certa de pertencer à um ponto em particular. Mas não encaixava. Acabava voltando a ela tentando encaixá-la, me esquecendo que já havia tentado.
Eu tinha meu pensamento focado no fato de que eu sentia que a peça era daquele espaço.
Penso em quantas vezes eu fiz a mesma coisa em minha vida: tentando fazer acontecer coisas que simplesmente não era prá ser. Tentava várias vezes, chegava ao ponto de forçar, mas não era prá ser, E NADA DO QUE EU FIZ MUDOU ISSO.
Se você já montou um quebra-cabeças, sabe como é perder tempo procurando um pedaço específico.
De repente parece tão óbvio... mas eu não conseguia achar.
Consegui foi embaralhar ainda mais as peças.
Fiquei frustrada e decidi deixar prá lá e ficar longe dele. Quando voltei mais tarde, eu achei a peça imediatamente. Estava bem na minha frente desde o começo.
MINHA VIDA FOI ASSIM MUITAS VEZES:
Tentava entender por que certas coisas aconteciam e do jeito que aconteciam.
Procurava as respostas por todos os lados e às vezes as respostas estavam bem na minha frente.
Era só dar uma paradinha, um pequeno passo atrás, respirar e acalmar que as respostas me encontravam.
Olhando as peças deste quebra-cabeças, eu penso nas “peças” de minha vida: minha família, meus amigos, acontecimentos, marcos e celebrações.
Uma mistura de bom e ruim, alegria e lágrima, felicidade e tristeza.
Penso em todas as peças que imaginei sem importância e sem propósito.
Reflito em todas as peças que em minha vida me fizeram perguntar:

“Por que, meu Deus?...

“Por que isto?”

E repentinamente percebi que por causa dessas peças outras peças se encaixaram tão bem.
Tudo em nossa vida acontece por uma razão.
Cada acontecimento, bom ou mau, é como um peça do quebra-cabeças. Deixe uma peça de fora e se quebra a harmonia inteira do produto final.
Talvez ainda não possamos entender o papel importante de cada peça em nossa vida, ainda existem muitos buracos e o quadro ainda não está claro. Mas sei que quando minha viagem nesta vida estiver concluída, e a peça final estiver em seu lugar, eu entenderei.
E serei capaz de ver o quadro completo e a beleza de cada peça.
Até lá, eu continuarei a viver com fé.
Sabendo e confiando que todas as peças que eu preciso estão aí e que é só uma questão de tempo até que se encaixem bem.
Lembrarei de que há um grande quadro, um plano para mim, e que sou incapaz de ver agora.
Acreditarei que cada peça em minha vida, mesmo as dolorosas, têm propósito e cumprem papel importante,. E quando estiver fraca, procurarei força pela oração.
Farei isto até que a obra-prima de Deus em mim estiver finalmente completa, e Ele então cochichará;

“Muito bom! Está feito”.


Autora: Amy Toobill - Tradução: Sérgio Barros

Colaboração: Lupercio Reis Neto- morador do Sítio Santa Rita – Tupi – Piracicaba - SP